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O que é eclâmpsia e pré-eclâmpsia?

Pré-eclâmpsia e eclâmpsia: entenda os riscos e como prevenir durante a gravidez. Confira agora mesmo!

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A gravidez é um momento de grande alegria e expectativa, mas também exige cuidados especiais com a saúde. Entre as complicações que podem surgir nesse período, a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia são algumas das mais graves, podendo colocar em risco a vida da mãe e do bebê.

Recentemente, a cantora Lexa chamou a atenção ao revelar que foi diagnosticada com pré-eclâmpsia durante sua gravidez, destacando a importância de falar sobre esse tema. Mas, afinal, o que são essas condições? Quais são os sintomas e como elas podem ser tratadas?

Neste post, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre pré-eclâmpsia e eclâmpsia. Continue para saber mais.

O que aconteceu com a cantora Lexa?

A cantora Lexa e seu marido, Ricardo Vianna, compartilharam publicamente a dolorosa experiência que viveram durante a gravidez e a perda de sua filha, Sofia. Em uma entrevista ao programa Fantástico, Lexa contou sobre os sérios problemas de saúde que enfrentou durante a gestação, que colocaram tanto sua vida quanto a de sua filha em risco.

Lexa desenvolveu uma condição chamada pré-eclâmpsia, que é uma complicação grave da gravidez caracterizada por pressão alta e danos a órgãos como o fígado e os rins. A situação dela evoluiu para uma forma ainda mais grave, conhecida como síndrome HELLP, que envolve a destruição de glóbulos vermelhos, problemas no fígado e baixa contagem de plaquetas, aumentando o risco de hemorragias e falência de órgãos.

Ela foi internada com 24 semanas de gravidez e lutou para manter a gestação o máximo possível, sabendo que cada dia a mais aumentava as chances de sobrevivência da bebê.

No entanto, sua saúde piorou rapidamente. Ela sentia dores fortes no estômago, dores de cabeça intensas e seu corpo começou a falhar, especialmente o fígado. Os médicos decidiram ser necessário realizar o parto imediatamente para salvar a vida de Lexa.

Sofia nasceu prematura, no dia 2 de fevereiro, mas já estava muito debilitada devido às complicações que Lexa enfrentou. A bebê tinha rins e fígado comprometidos, além de problemas de pressão. Infelizmente, Sofia faleceu três dias após o nascimento.

O que é a pré-eclâmpsia?

A pré-eclâmpsia é uma síndrome que afeta mulheres grávidas, geralmente após a 20ª semana de gestação. Ela é caracterizada por:

  • pressão arterial elevada (acima de 140/90 mmHg);
  • presença de proteína na urina (proteinúria);
  • inchaço (edema), especialmente nas mãos, pés e rosto.

Quais são as causas da pré-eclâmpsia

A causa exata da pré-eclâmpsia ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que esteja relacionada a problemas na formação e no funcionamento da placenta. Além disso, fatores como má adaptação do sistema vascular materno e disfunção endotelial também podem estar envolvidos.

Quais são os sintomas da pré-eclâmpsia?

Agora, veja alguns sinais que podem indicar que alguém tem pré-eclâmpsia:

  • pressão alta;
  • inchaço excessivo;
  • dor de cabeça forte;
  • alterações visuais (visão embaçada ou sensibilidade à luz);
  • dor abdominal, especialmente no lado direito;
  • náuseas e vômitos.

E os fatores de risco da condição?

Agora, é hora de você conhecer alguns fatores que podem contribuir para que uma pessoa desenvolva a pré-eclâmpsia. Eles são:

  • primeira gravidez;
  • histórico de pré-eclâmpsia em gestações anteriores;
  • gravidez múltipla (gêmeos, trigêmeos);
  • idade materna avançada (acima de 35 anos) ou muito jovem (abaixo de 18 anos);
  • obesidade;
  • doenças crônicas, como hipertensão, diabetes ou doenças renais.

O que é a eclâmpsia?

Por sua vez, a eclâmpsia é uma complicação grave da pré-eclâmpsia, caracterizada pelo surgimento de convulsões ou coma em mulheres grávidas com pré-eclâmpsia não tratada ou mal controlada. Ela pode ocorrer durante a gravidez, no parto ou até 48 horas após o nascimento do bebê.

Quais são os sintomas da eclâmpsia?

Confira os principais sintomas da eclâmpsia:

  • convulsões;
  • perda de consciência;
  • agitação intensa;
  • dores musculares.

É importante notar que a eclâmpsia é uma emergência médica e requer tratamento imediato para evitar complicações fatais, como hemorragia cerebral, insuficiência renal e descolamento prematuro da placenta.

Quais são os riscos da condição para o bebê?

Tanto a pré-eclâmpsia quanto a eclâmpsia podem oferecer riscos ao bebê, incluindo:

  • restrição de crescimento intrauterino, pois o bebê pode nascer com baixo peso;
  • parto prematuro, fazendo com que a interrupção da gravidez possa ser necessária para salvar a vida da mãe;
  • descolamento prematuro da placenta, que pode levar a sangramentos e sofrimento fetal;
  • óbito fetal, devido à falta de oxigenação adequada.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da pré-eclâmpsia é feito com base nos sintomas e em exames como:

  • medição da pressão arterial;
  • exame de urina para detectar proteína;
  • exames de sangue para avaliar a função renal e hepática.

Além disso, outros exames podem ser solicitados, dependendo do caso. É importante que você fique de olho!

Como é feito o tratamento da pré-eclâmpsia?

Agora, é hora de falarmos sobre o tratamento dessas condições, começando pela pré-eclâmpsia. Nesse caso, as dicas são:

  • reduzir a atividade física pode ajudar a controlar a pressão arterial;
  • tomar a medicação, incluindo os anti-hipertensivos e o sulfato de magnésio para prevenir convulsões;
  • acompanhamento rigoroso da mãe e do bebê.

Em casos graves, o parto pode ser induzido precocemente, mesmo que o bebê ainda não esteja totalmente desenvolvido. Isso foi o que aconteceu com a pequena Sofia, filha de Lexa.

E o tratamento da eclâmpsia?

No caso da eclâmpsia, a estabilização da pressão arterial também é fundamental. Além disso, o uso do sulfato de magnésio também é indicado para controlar as convulsões.

Assim como na pré-eclâmpsia, o tratamento pode fazer com que o parto prematuro do bebê seja recomendado.

É possível prevenir essas condições?

Embora nem todos os casos possam ser prevenidos, algumas medidas podem reduzir o risco. Confira abaixo!

Pré-natal adequado

Consultas regulares permitem o diagnóstico precoce e o controle da pressão arterial. Fique de olho.

Alimentação saudável

Além disso, uma dieta rica em alimentos saudáveis (ou seja, coisas naturais, como frutas e grãos) são essenciais para manter a sua saúde em dia.

Controle de peso

Outra dica para evitar condições é manter o seu peso em um limite considerável saudável, tanto antes quanto durante a gravidez.

Suplementação de cálcio

E isso não é tudo! Em mulheres com baixa ingestão de cálcio, a suplementação pode reduzir o risco de pré-eclâmpsia.

Aspirina em baixa dose

Por fim, em gestantes de alto risco, o uso de aspirina pode ser recomendado para prevenir a pré-eclâmpsia.

A pré-eclâmpsia e a eclâmpsia são condições sérias que exigem atenção e cuidado durante a gravidez. O relato da cantora Lexa reforça a importância do pré-natal e da conscientização sobre esses riscos. Se você está grávida ou planeja engravidar, não deixe de realizar consultas regulares e seguir as orientações do seu médico.

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