Bebê prematuro: conheça as causas, as fases de cuidado após o nascimento e mais
Um bebê prematuro merece cuidados especiais! Descubra como garantir um início de vida saudável para esses pequenos.
A maioria das pessoas sabe que o tempo de gestação de uma pessoa é de 9 meses, ou, em outra “linguagem”, entre 40 e 42 semanas. Mas o que acontece quando o bebê chega antes do tempo?
A essa questão, é dado o nome de bebê prematuro. A chegada precoce de uma nova vida implica em cuidados específicos e, claro, atenção especializada para que o desenvolvimento da criança não seja prejudicado e ela não corra riscos.
Mas, afinal, como tudo isso é feito? Continue a leitura para tirar as suas dúvidas e descubra quais são as principais causas do nascimento de um bebê prematuro e as formas de cuidar desse paciente!
O que é um bebê prematuro?
No Brasil, há mais de 300 mil casos anuais de prematuridade. Ou seja: são mais de 800 bebês nascendo antes do tempo em todo o território nacional, todos os dias.
Mas o que define um bebê prematuro?
Para que um nascimento seja considerado prematuro, é preciso que ele ocorra antes de 37 semanas de gestação. Eles podem nascer em diferentes estágios de prematuridade, e esses estágios são frequentemente classificados da seguinte forma:
- prematuro tardio ou próximo ao termo (entre 34 e 36 semanas);
- moderadamente prematuro (entre 32 e 33 semanas);
- muito prematuro (entre 28 e 31 semanas);
- extremamente prematuro (antes de 28 semanas).
Quais são os riscos da prematuridade?
Os bebês prematuros podem apresentar desafios de saúde adicionais devido à imaturidade de seus órgãos e sistemas. Eles podem necessitar de cuidados especiais, como assistência respiratória, monitoramento intensivo e alimentação especial.
A taxa de sobrevivência e o prognóstico para um bebê prematuro variam dependendo do tempo de gestação em que ocorre o parto e das condições específicas de saúde do paciente.
Quais são as causas dos nascimentos prematuros?
Os nascimentos prematuros podem ter diversas causas e, muitas vezes, a causa específica não é completamente compreendida. No entanto, algumas das razões mais comuns para os nascimentos prematuros incluem:
Infecções e doenças maternas
Infecções, como do trato urinário e do colo do útero, podem aumentar o risco de parto prematuro. Condições de saúde crônicas, como diabetes e hipertensão, também podem contribuir.
Problemas no colo do útero e no útero
Anomalias cervicais ou uterinas podem levar ao parto prematuro. Por exemplo, se o colo do útero não permanecer fechado como deveria durante a gravidez, pode ocorrer um parto prematuro.
Gravidez múltipla
Gravidez múltipla, como a de gêmeos, trigêmeos etc., costuma aumentar o risco de parto prematuro por conta da pressão adicional no útero e ao aumento do risco de complicações.
Descolamento prematuro da placenta
Quando a placenta se decola do útero antes do parto, isso pode levar a um parto prematuro.
Problemas com o líquido amniótico
Baixo volume de líquido amniótico pode ser associado ao parto prematuro.
Idade da mãe
Tanto a gravidez em adolescentes quanto em mulheres mais velhas pode aumentar o risco de parto prematuro.
Estresse e fatores socioeconômicos
Altos níveis de estresse, condições socioeconômicas desfavoráveis e falta de acesso a cuidados pré-natais adequados podem contribuir para o risco de parto prematuro.
História de partos prematuros anteriores
Mulheres que tiveram histórico de partos prematuros têm um risco aumentado em gestações subsequentes.
Tabagismo, consumo de álcool e drogas ilícitas
Hábitos como o tabagismo, consumo de álcool e outras substâncias durante a gravidez está associado a um maior risco de parto prematuro, assim como do surgimento de outros problemas no feto e no bebê.
É importante observar que, em muitos casos, o parto prematuro resulta de uma combinação de fatores e não só da presença de um deles. Assim, o acompanhamento pré-natal regular com um médico especialista em Ginecologia e Obstetrícia e a adoção de um estilo de vida saudável durante a gravidez podem ajudar a reduzir o risco de parto prematuro.
Se uma mulher estiver em risco, os profissionais de saúde podem tomar medidas preventivas para ajudar a garantir uma gestação saudável. Por isso o acompanhamento é muito importante!
Quais são os cuidados necessários com o bebê prematuro?
Os cuidados certos para cada paciente vão depender do quadro dele, como acontece em todos os casos. Mas, de modo geral, há algumas medidas importantes. Vamos conhecer cada uma delas a seguir!
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
Bebês prematuros, especialmente os muito prematuros, frequentemente precisam de cuidados intensivos e ficam internados na UTI Neonatal.
Monitoramento contínuo
Os bebês prematuros são frequentemente monitorados de perto para avaliar a função cardiorrespiratória, a temperatura corporal, a oxigenação do sangue e outros parâmetros.
Suporte respiratório
Muitos bebês prematuros têm sistemas respiratórios imaturos e podem precisar de suporte respiratório, como ventilação mecânica.
Nutrição especializada
Bebês prematuros muitas vezes têm dificuldade em sugar e engolir, então podem receber alimentação por tubo nasogástrico. Fórmulas especiais ou leite materno fortificado podem ser usadas para ajudar nessa fase.
Controle da temperatura
Bebês prematuros têm dificuldade em regular a temperatura do corpo, por isso são mantidos em incubadoras ou berços aquecidos para evitar a perda de calor.
Prevenção de infecções
Como o sistema imunológico dos bebês prematuros é menos desenvolvido, são tomadas medidas rigorosas para prevenir infecções. Isso inclui práticas de higiene, restrição de visitas e monitoramento cuidadoso dos sinais de infecção.
Apoio emocional para os pais
A hospitalização de um bebê prematuro pode ser estressante para os pais. Então eles também precisam e merecem cuidado nesse período!
A prematuridade pode trazer sequelas?
Sim, o nascimento prematuro pode aumentar o risco de sequelas devido à imaturidade dos órgãos e sistemas do bebê. As possíveis sequelas incluem problemas respiratórios, dificuldades alimentares, atrasos no desenvolvimento, comprometimentos neurológicos, e maior suscetibilidade a infecções.
No entanto, muitos bebês prematuros se recuperam bem com cuidados especializados e acompanhamento médico adequado.
Apesar disso, mesmo após a alta hospitalar, bebês prematuros podem precisar de acompanhamento médico contínuo para monitorar seu desenvolvimento e tratar possíveis complicações a longo prazo.
Gostou de saber mais sobre as causas, os desafios e os cuidados de um bebê prematuro?
Esperamos que sim! Como podemos ver, os cuidados com um bebê prematuro são muito importantes para garantir que ele se recupere bem e tenha um bom desenvolvimento ao longo de sua vida. Se você for um futuro médico, fique de olho nesses assuntos e sempre incentive as futuras mamães a se cuidarem!
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