Candidíase: mitos e verdades sobre a doença
Deseja compreender as causas da candidíase e seus principais sintomas? Confira este conteúdo!
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A candidíase é uma enfermidade tratável. Contudo, essas infecções requerem atenção médica imediata para evitar risco de agravamento. Essa doença surge do crescimento excessivo de Cândida, frequentemente desencadeado por fatores internos como antibióticos ou imunossupressão. Os seus sintomas podem se assemelhar a outras condições; por isso, é importante uma avaliação profissional.
De modo geral, a população não tem conhecimentos profundos sobre essa enfermidade e existem muitas informações inverídicas que circulam nas comunidades. A conscientização sobre esses mitos e verdades permite que as pessoas gerenciem melhor sua saúde e busquem o tratamento para candidíase quando for necessário. Neste artigo, forneceremos mais detalhes sobre o tema.
Quer descobrir quais são as causas da doença, seus sintomas e como ela pode ser evitada? Acompanhe a leitura!
Saiba o que é a candidíase
Candidíase é uma infecção causada por fungos do gênero Cândida, sendo o Candida albicans o mais comum. Esta condição pode afetar diversas partes do corpo humano, variando de infecções superficiais da pele até formas sistêmicas e potencialmente fatais em pessoas imunocomprometidas. Veja a seguir os principais tipos dessa doença:
- candidíase oral: afeta a boca e a garganta com placas brancas e cremosas que aparecem na língua, bochechas internas ou garganta, geralmente acompanhadas de dor ou sensação de queimação;
- candidíase vaginal: bastante comum em mulheres, causa ardor e corrimento espesso e branco;
- candidíase cutânea: atinge a pele, especialmente em áreas quentes e úmidas, como axilas, virilha ou entre os dedos gerando vermelhidão, coceira e erupção cutânea, normalmente com pequenas pústulas;
- candidíase sistêmica ou invasiva: ocorre quando o fungo entra na corrente sanguínea ou atinge órgãos internos de pessoas imunocomprometidas, por exemplo, com câncer, HIV/AIDS ou submetidas a quimioterapia ou transplantes de órgãos.
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Confira alguns dos mitos e verdades a respeito da candidíase
A candidíase, como muitas condições de saúde, é cercada por mitos e equívocos. Compreender a diferença entre mentiras e verdades pode ajudar a gerenciar e prevenir essa infecção fúngica comum. Observe abaixo informações relevantes sobre essa enfermidade!
Apenas mulheres têm candidíase?
Não é verdade. Embora a candidíase vaginal seja mais frequente em mulheres, infecções por cândida podem ocorrer em qualquer pessoa, independentemente do gênero.
A principal causa da candidíase é a má higiene?
Mito. A higiene tem um papel importante no processo de prevenção e cura, mas a candidíase é geralmente causada por um desequilíbrio no microbioma do corpo ou por um sistema imunológico enfraquecido. Antibióticos, diabetes, alterações hormonais e alta umidade são fatores importantes.
Candidíase é uma infecção sexualmente transmissível (IST)?
Esse é outro mito, pois a candidíase não é classificada como uma IST. No entanto, ela pode ocasionalmente ser transmitida por contato sexual se um dos parceiros tiver uma infecção ativa. As causas principais são internas, e não externas.
Você pode “pegar” candidíase de outra pessoa?
Verdade. A Cândida é um fungo naturalmente presente no corpo humano. A candidíase resulta de um crescimento excessivo desse fungo e não de contágio na maioria dos casos. Porém, é possível que ela seja transmitida entre os parceiros e, por este motivo, ambos precisam fazer o tratamento médico.
Comer muito açúcar causa candidíase diretamente?
Essa informação está incorreta. Altos níveis de açúcar podem promover o crescimento do fungo, especialmente em diabéticos, mas a ingestão de açúcares não causa a enfermidade diretamente.
Probióticos podem curar a candidíase?
Os probióticos podem ajudar a restaurar o equilíbrio natural de bactérias e fungos no corpo, contudo, eles não promovem a cura isoladamente. Medicamentos antifúngicos são necessários para tratar infecções ativas.
Cremes vendidos sem prescrição curam todas as formas de candidíase?
Tratamentos vendidos em farmácia e indicados por farmacêuticos sem prescrição médica podem ser eficazes para infecções localizadas, como candidíase vaginal ou cutânea. No entanto, infecções sistêmicas requerem medicamentos antifúngicos prescritos e supervisão médica.
A candidíase sempre causa sintomas perceptíveis?
Alguns casos de candidíase, especialmente formas leves ou orais, podem ser assintomáticos. Portanto, algumas pessoas podem ter a infecção, não apresentar sintomas e, ainda assim, transmiti-la para seus cônjuges.
Todas as manchas brancas na boca são candidíase?
Manchas brancas na boca podem resultar de outras condições, como leucoplasia, líquen plano ou câncer oral. Um diagnóstico adequado por um profissional de saúde é essencial para identificar a causa dessa alteração.
A candidíase sempre volta após o tratamento?
A candidíase pode voltar se as condições subjacentes como diabetes, efeitos colaterais devido ao uso de antibióticos ou desequilíbrio hormonal não forem tratadas. Entretanto, tratamentos eficazes e medidas preventivas podem evitar recorrências.
Compreenda as causas da candidíase
A candidíase é causada pelo crescimento excessivo de Cândida, um tipo de fungo que está presente em pequenas quantidades no corpo humano. Diversos fatores determinantes podem desequilibrar os microrganismos naturais, permitindo que esses fungos se multipliquem e causem infecção. Confira alguns deles:
- doenças crônicas como HIV/AIDS, câncer ou distúrbios autoimunes;
- uso de medicamentos imunossupressores, como corticosteroides ou quimioterapia;
- ingestão de antibióticos de amplo espectro eliminam tanto bactérias nocivas quanto benéficas, desregulando o microbioma;
- gravidez, uso de anticoncepcionais orais ou terapia de reposição hormonal de testosterona podem alterar o pH vaginal;
- altos níveis de açúcar no sangue podem criar um ambiente propício para a proliferação do fungo;
- suor excessivo, roupas apertadas ou áreas úmidas podem promover o crescimento dos fungos na pele;
- dieta pobre, rica em açúcar e carboidratos refinados ou falta de probióticos podem desequilibrar os microrganismos;
- cateteres, linhas intravenosas ou próteses podem servir como pontos de entrada para o fungo na corrente sanguínea;
- estresse, distúrbios de sono ou má nutrição;
- fumar ou consumir álcool em excesso.
Entenda como é o tratamento para candidíase
O tratamento para candidíase depende do tipo, localização e gravidade da infecção. A maioria dos casos pode ser tratada por quem estudou ginecologia ou obstetrícia, com medicamentos antifúngicos e com a eliminação das causas subjacentes. Os principais tratamentos para essa enfermidade são:
- aplicação de antifúngicos tópicos que são utilizados para infecções localizadas, como candidíase vaginal, oral ou cutânea;
- uso de composições como Clotrimazol, Miconazol e Nistatina em forma de cremes, óvulos ou suspensão oral;
- antifúngicos orais prescritos para infecções mais persistentes ou generalizadas, por exemplo, Fluconazol e Itraconazol;
- antifúngicos intravenosos são necessários para infecções graves ou sistêmicas, tais como Anfotericina B, Caspofungina e Micafungina;
- manter as áreas afetadas limpas e secas;
- uso roupas soltas e respiráveis para reduzir o acúmulo de umidade;
- eliminação de produtos perfumados, duchas ou sabonetes agressivos que desregulem o microbioma natural.
Esses são os principais mitos e verdades sobre essa doença. Um diagnóstico adequado e tratamento para candidíase são essenciais, especialmente para tratar casos graves ou recorrentes. Com os cuidados apropriados, a maioria das infecções por Cândida é facilmente tratável e controlável. Aposte na prevenção, regras de higiene e gerenciamento de problemas de saúde.
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