Doenças crônicas em idosos: como tratar esses pacientes
Você sabe como tratar pacientes idosos acometidos pelas doenças crônicas mais prevalentes? Leia este artigo e descubra agora!
Está se preparando para o Vestibular de Medicina e gostaria de revisar os temas importantes e mais cobrados nas provas? Hoje, vamos explicar como tratar doenças crônicas em idosos e as melhores alternativas para melhorar a qualidade de vida deles.
Veja o que são doenças crônicas, como elas funcionam e quais são as mais comuns durante o envelhecimento. Ainda, saiba quais são os principais tipos de tratamentos e as alternativas de prevenção para essas doenças em idosos.
Afinal, o que são as doenças crônicas?
Essas enfermidades podem ser definidas como condições de saúde que surgem por diversas causas e persistem por longos períodos de tempo. Mesmo que a etiologia de algumas ainda não esteja bem esclarecida, a maioria delas está associada a uma combinação de fatores genéticos, comportamentais e ambientais.
Uma das principais características das doenças crônicas é que elas tendem a progredir lentamente. Entre as mais comuns e que acometem idosos, destacam-se o diabetes, a hipertensão arterial, as doenças cardiovasculares, as doenças respiratórias crônicas, a artrite, as doenças renais crônicas e alguns tipos de câncer.
Em qualquer idade, a existência dessas doenças está associada a alguns fatores de risco predominantes. Porém, fatores como o tabagismo, o consumo abusivo de álcool, o sedentarismo e os níveis elevados de colesterol são determinantes para o surgimento desses males durante o envelhecimento.
Como é o panorama das doenças crônicas no Brasil?
Recentemente, a Universidade Aberta do SUS, (UNA-SUS) publicou um relatório com as estatísticas das doenças crônicas no Brasil. Ainda que ocorram em ambos os gêneros, a maior parte delas atinge, principalmente, as mulheres.
Assim, o perfil da população idosa no Brasil sugere mais atenção a esses riscos. Exceto hipertensão e diabetes — que têm surgido em pessoas cada vez mais jovens — as outras doenças crônicas costumam aparecer após os 50 anos de idade.
Destacamos, na íntegra, um fragmento do relatório. Confira os números e as informações mais relevantes:
Cerca de 40% da população adulta brasileira, o equivalente a 57,4 milhões de pessoas, possui pelo menos uma doença crônica não transmissível (DCNT), segundo dados inéditos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Os dados revelam que essas enfermidades atingem principalmente o sexo feminino (44,5%) – são 34,4 milhões de mulheres e 23 milhões de homens (33,4%) portadores de enfermidades crônicas.
As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por mais de 72% das causas de mortes no Brasil. A hipertensão arterial, o diabetes, a doença crônica de coluna, o colesterol (principal fator de risco para as cardiovasculares) e a depressão são as que apresentam maior prevalência no país.
Quais são as doenças crônicas mais comuns na população idosa?
Listamos as doenças crônicas que mais atingem os indivíduos após os 60 anos de idade. Veja quais são.
Hipertensão arterial sistêmica
Comumente conhecida como pressão alta, essa é uma condição em que a pressão sanguínea nas artérias se mantém persistentemente elevada. Nessas circunstâncias, existe o risco de causar graves prejuízos ao coração, aos vasos sanguíneos e aos rins.
Listamos as causas mais comuns que levam ao surgimento da hipertensão. Confira:
- dieta não saudável: consumo excessivo de sal (sódio) e gorduras saturadas;
- falta de atividade física: sedentarismo, que leva ao aumento do peso corporal;
- obesidade: o excesso de peso coloca maior pressão sobre o sistema circulatório;
- abuso de álcool: danifica as células e expõe o organismo a diferentes doenças;
- estresse crônico: o mau gerenciamento do estresse aumenta a pressão arterial;
- tabagismo: produtos químicos presentes no tabaco podem danificar as paredes dos vasos;
- diabetes: taxas descontroladas de glicose no sangue estão associadas à hipertensão;
- apneia do sono: o ronco e a má higiene do sono contribuem para a hipertensão;
- idade: incidência de hipertensão aumenta com a idade e é mais comum em homens e mulheres após os 45 anos.
Hipertensão não controlada: riscos à saúde do idoso
Destacamos algumas condições associadas a complicações da pressão alta não controladas. Em idosos, essa condição pode gerar os seguintes problemas:
- insuficiência cardíaca: são complicações comuns associadas à pressão alta não tratada adequadamente;
- doenças renais: pode levar à insuficiência renal crônica;
- aneurisma: dilatação e enfraquecimento das paredes das artérias;
- Acidente Vascular Cerebral: o AVC pode levar à ruptura de um vaso sanguíneo e reduzir a oxigenação cerebral.
Diabetes
O diabetes é uma condição crônica em que o corpo não consegue produzir insulina suficiente. Em alguns casos, o corpo não consegue utilizá-la adequadamente, o que aumenta os níveis de glicose no sangue.
Quem quer cursar Medicina precisa saber que existem dois principais tipos de diabetes. Confira:
Diabetes Tipo 1
Nessa condição, o sistema imunológico do indivíduo ataca e destrói as células beta do pâncreas, que são responsáveis pela produção de insulina. Assim, a causa exata dessa reação autoimune ainda não é completamente clara, mas acredita-se que esteja relacionada intrinsecamente a fatores genéticos e ambientais.
Diabetes Tipo 2
O diabetes tipo 2 está associado a duas condições: ou as células do corpo não respondem adequadamente à insulina ou o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente para manter os níveis de glicose sob controle.
Fatores de risco do diabetes
Destacamos alguns determinantes que podem influenciar diretamente no desenvolvimento desse desajuste metabólico. Observe quais são:
- obesidade: o excesso de peso desencadeia o acúmulo de gordura abdominal, condição que está intimamente ligada à resistência à insulina;
- sedentarismo: a falta de atividade física regular também pode contribuir para o desenvolvimento do diabetes, principalmente em adultos jovens;
- dieta: o consumo excessivo de alimentos ricos em açúcares e gorduras saturadas também elevam as chances de desenvolver a doença;
- envelhecimento: quanto maior a idade, maior o risco de desenvolver diabetes tipo 2;
- etnia: os afrodescendentes, hispânicos, asiáticos e grupos indígenas americanos têm maior predisposição à doença.
Como tratar doenças crônicas em idosos?
Devido às suas peculiaridades, as doenças crônicas em idosos frequentemente exigem cuidados contínuos. Assim, as opções de tratamentos incluem medicamentos, terapias, estímulo a mudanças no estilo de vida e o monitoramento regular a fim de gerenciar os riscos.
Portanto, isso requer um trabalho multidisciplinar e centrado na vigilância dos fatores de risco. Contudo, a prevenção continua sendo um dos elementos mais relevantes para diminuir o risco de desenvolver essas doenças e frear as complicações à saúde.
Como prevenir doenças crônicas em idosos?
Entre as medidas de prevenção mais eficazes destacam-se:
- vigilância e controle dos fatores de risco;
- incentivo a prática de exercícios físicos;
- adoção de uma dieta mais equilibrada;
- redução do álcool e do cigarro;
- cuidar melhor da saúde mental;
- visitas mais regulares ao geriatra;
- prioridade na qualidade do sono.
Vale destacar, por fim, que as doenças crônicas em idosos podem ter um impacto bastante significativo na qualidade de vida das pessoas nessa faixa etária. Por isso, essas enfermidades exigem mais atenção com vistas à redução dos efeitos que representam para os sistemas de saúde.
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