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Dica Cultural AFYA: filmes e livros de vozes negras

No último Mês da Consciência Negra, algumas unidades AFYA utilizaram as redes sociais para indicar filmes e livros de vozes negras. Confira a lista!

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No último Mês da Consciência Negra, a equipe AFYA liderou duas campanhas. Aqui no BlogVest, nós publicamos um artigo sobre o papel do Direito no combate ao racismo em nosso país. E para que ninguém, aspirante ou estudante, dos demais cursos se sentisse preterido, nós também utilizamos as redes sociais em apoio ao movimento antirracista, solicitando que as unidades indicassem filmes, séries e/ou livros de vozes negras. Abaixo você pode saber mais sobre as obras indicadas antes de colocá-las na sua lista. Confira!

Mulheres, raça e classe & Corra!

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Sofia Andrade, aluna do 5º período de Medicina da FACIMPA, fez duas indicações de peso. A primeira é para quem gosta de filosofia e abordagens teóricas profundas sobre a sociedade Ocidental em que vivemos e a História que acompanha a evolução humana.

Mulheres, raça e classe é um livro de 1981, escrito pela filósofa e teórica feminista Angela Davis, no qual ela aborda diversos movimentos, como o abolicionista, o sufragista e o antiescravagista, entre outros. Nesse sentido, esta obra literária é uma importante fonte de conhecimento para a percepção do racismo mesmo em pequenos gestos e de como o papel social da mulher foi moldado através das décadas.

Em segundo lugar, Sofia indicou um filme que, embora seja de mais fácil apreciação por ser um produto artístico, não deixa de ser altamente relacionável a fatos e a situações da vida real. Corra! (2017) é um longa-metragem que mescla dois gêneros cinematográficos muitos distintos: comédia e terror, colocando as críticas sociais em primeiro plano.

A trama se desenvolve com uma viagem durante a qual Rose, interpretada por Alisson Williams, pretende apresentar o namorado Chris, protagonizado por Daniel Kaluuya, à sua família no interior dos Estados Unidos. Mas nem tudo sai como o esperado para o casal depois que eles chegam lá.

À Procura da Felicidade

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Outra superdica que veio de longe foi a do Maciel Alves de Oliveira, colaborador da UNINOVAFAPI, localizada em Teresina (PI). Para passar uma boa sexta-feira de filme, regada a pipoca e críticas sociais bem feitas, ele sugeriu À Procura da Felicidade (2006).

Protagonizado por Will Smith, este longa-metragem conta a história de um pai tentando sustentar o filho após perder o dinheiro que tinha em maus investimentos e ser abandonado pela esposa devido à situação financeira apertada que a família passa a enfrentar. Embora a história seja contada na cidade de São Francisco em um período posterior ao movimento por Direitos Civis conquistar suas maiores vitórias, várias cenas mostram como os obstáculos que a personagem precisa enfrentar são fruto do racismo sedimentado na sociedade.

Depois de tanto sofrimento, o espectador é levado a desacreditar que um final feliz possa acontecer. E saber que o roteiro foi baseado em fatos reais da vida do empresário Chris Gardner faz com que o filme seja ainda mais interessante. Ficou curioso para saber como essa história termina, não é mesmo? Então, aproveite que você está de férias e aperte o play.

Doutor Gama

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Para finalizar a nossa lista, a Ludymara Cardoso dos Santos, estudante do curso de Direito do UNIFIPMoc, indicou um filme que acabou de sair do forno: Doutor Gama (2021). Biográfico, este longa-metragem diferencia-se das demais obras sobre escravidão já produzidas ao apresentar a história do protagonista sem fazer de seu sofrimento uma atração.

Luiz Gama foi o primeiro homem negro a conseguir autorização do Poder Judiciário do Império para advogar, embora não houvesse feito uma graduação. Assim, ele tornou-se o primeiro advogado negro do Brasil e liderou o movimento abolicionista no país, libertando mais de 500 pessoas nos tribunais.

Dirigido pelo cineasta Jefferson De e roteirizado por Luiz Antônio, Doutor Gama não é um filme somente sobre vozes negras, mas feito por elas também. Vale a pena conferir esta obra cinematográfica nacional, cujo conteúdo histórico serve de combustível para os atuais movimentos sociais.

Apoio e ativismo pelo ano inteiro

Datas comemorativas são muito importantes para trazer à luz pautas que precisam ser mais debatidas, para educar as pessoas e, ao fim ao cabo, transformar a sociedade por meio de impactos positivos. Porém, como todas as demais causas sociais vigentes, o combate ao racismo não pode acontecer apenas durante o mês de novembro. Afinal, as injustiças originadas dele não têm hora para acontecer e somente quando todo mundo internalizar a conduta antirracista, oportunidades e direitos serão verdadeiramente igualitários.

Gostou das dicas culturais deste artigo? Veja também a nossa lista sobre autocuidado.