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Tipos de medicamentos: conheça os principais

Você sabe a diferença entre medicamentos de referência, similares e genéricos? Acesse o artigo e descubra!

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Conhecer os tipos de medicamentos é importante para orientar os pacientes e profissionais de saúde sobre o uso correto, além de esclarecer as principais diferenças entre os produtos disponíveis nos estabelecimentos de saúde.

É importante destacar que, perante aos órgãos sanitários, existem diversos tipos de medicamentos, que são registrados conforme a comprovação dos requisitos de eficácia, segurança, qualidade e conveniência.

Além disso, os órgãos sanitários também regulamentam o tipo de embalagem, o rótulo e as condições para a comercialização, o que impacta no acesso e dispensação dos diferentes tipos de medicamentos.

Ficou curioso sobre o assunto? Então fique por aqui e aprenda!

Afinal, o que são medicamentos?

Medicamentos são produtos técnicos fabricados pelos laboratórios farmacêuticos e têm a finalidade curativa e profilática e são comercializados em diversos estabelecimentos de saúde.

Nessa categoria, se encaixam os fitoterápicos, antroposóficos e os produtos manipulados, excluindo as plantas medicinais e compostos sem comprovação científica ou registro sanitário.

O termo remédio é usado de forma popular, porém, na farmacologia, apresenta um significado mais amplo, sendo qualquer intervenção utilizada para melhorar a condição de saúde de uma pessoa e compõe a grade curricular de diversos cursos na área da saúde: Medicina, Farmácia, Odontologia, Medicina Veterinária etc.

Portanto, se enquadram na categoria de “remédios” uma massagem nos pés, um chazinho calmante, uma sessão de Reik, um banho morno e até mesmo o uso de medicamentos fabricados.

Quais são os tipos de medicamentos?

Os medicamentos podem ser classificados de diferentes maneiras, desde em relação ao seu registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária até na forma de comercialização dos produtos nos estabelecimentos de saúde. Acompanhe.

Medicamentos de referência, similares e genéricos

Os medicamentos de referência são aqueles registrados na Anvisa como produto inovador mediante à comprovação da eficácia, segurança e qualidade do principio ativo e dos excipientes.

Os critérios de eficácia e de segurança são comprovados por meio de ensaios clínicos realizados previamente, além dos estudos de farmacovigilância pós comercialização com o nome e rótulo determinados pelo laboratório fabricante.

Os medicamentos similares, são aqueles registrados na Anvisa como equivalentes ao produto de referência, desde que comprovem mediante testes laboratoriais os requisitos de equivalência farmacêutica.

Os medicamentos similares apresentam nome comercial diferente do produto de referência e são produzidos por outros laboratórios fabricantes e, por comprovarem a equivalência farmacêutica, são chamados de intercambiáveis.

Os medicamentos genéricos são aqueles idênticos ao produto de referência, quanto ao princípio ativo, excipientes, forma farmacêutica e via de administração, com a diferença apenas na embalagem, que possui uma tarja amarela com os dizeres “medicamento genérico”.

Outro ponto importante é que, como os medicamentos de referência e genéricos são intercambiáveis, ou seja, podem ser substituídos um pelo outro, o farmacêutico pode fazer essa troca nas farmácias.

Isso significa que, se a prescrição médica contiver o nome do medicamento de referência e o paciente optar pelo de referência, o farmacêutico fará essa observação no documento antes de dispensar.

Destaca-se que, desde a criação da Lei dos Genéricos, o Brasil passou a produzir esses produtos em grande escala, aumentando a oferta de medicamentos e garantindo mais acesso aos pacientes.

A Lei do Genéricos pressupõe que, após a quebra da patente do medicamento de referência, já estaria autorizada a produção de genéricos por outros fabricantes, desde que garantidas as características farmacológicas idênticas, como os critérios de eficácia e de segurança.

Medicamentos psicotrópicos

Medicamentos psicotrópicos são aqueles que atuam no sistema nervoso central e são regulamentados pela Portaria SVS 344/98 e suas atualizações, determinando os critérios para a prescrição e dispensação.

Nesse sentido, os profissionais de saúde habilitados a prescrever medicamentos da Portaria SVS 344/98 devem se cadastrar na vigilância municipal e obter o formulário de notificação de receita de controle especial.

Além desses formulários, os profissionais devem prescrever o medicamento em receituário de duas vias, porém haverá retenção de uma cópia da receita nas farmácias e drogarias regulamentadas a comercializar esses produtos.

Nessa categoria, se enquadram os antidepressivos, ansiolíticos, antipsicóticos, etc. que são usados para diversas indicações conforme um diagnóstico clínico bem estabelecido no paciente.

A grande questão em relação aos psicotrópicos é a capacidade deles de causar dependência, por isso o uso deve ser racional e seguro, evitando perda da qualidade de vida pessoal e profissional do paciente.

Medicamentos hospitalares e não hospitalares

Os tipos de medicamentos hospitalares são aqueles com características para serem utilizados em ambientes clínicos controlados e disponíveis apenas nas farmácias hospitalares. Nessa categoria, se enquadram os medicamentos para uso emergencial, os antibióticos endovenosos e alguns antídotos.

Os medicamentos hospitalares são adquiridos pelos gestores administrativos nos laboratórios fabricantes ou distribuidores mediante a comprovação sanitária de estabelecimento terciário em saúde.

Nessa categoria, se enquadram os produtos emergenciais, tais como adrenalina, dobutamina, noradrenalina na forma de ampolas, além dos soros antiofídico, antilonômico, entre outros.

Os produtos não hospitalares são aqueles comercializados em farmácia e drogarias. Nesses locais, são vendidos os medicamentos isentos de prescrição, além dos psicotrópicos e antibióticos que exigem receita médica válida.

Medicamentos injetáveis e não injetáveis

Medicamentos injetáveis são aqueles que foram fabricados para serem administrados via parenteral (endovenoso, intramuscular, subcutâneo e intradérmico) e que precisam de suporte material, como agulhas, seringas e outros equipamentos.

Os medicamentos de administração parenteral incluem alguns antibióticos, anti-hipertensivos, ansiolíticos e cardiotônicos, hipoglicemiantes (como a insulina) com aplicação endovenosa e subcutânea.

Dessa forma, é imprescindível olhar de forma atenta a bula da medicação para obter as orientações necessárias antes, durante e após a administração parenteral e também quais são as vias de administração compatíveis.

Outras orientações são importantes, como a assepsia do local a ser administrado, o nível de consciência ou agitação do paciente, a sensação dolorosa já esperada e a experiência do aplicador.

Para administrar as medicações injetáveis é preciso treinamento da equipe de enfermagem, da família e do próprio paciente em situações em que elas são realizadas na residência no regime home care.


E aí, entendeu tudo sobre os tipos de medicamentos?

Existem tipos de medicamentos que são classificados conforme o registro na ANVISA, as formas de comercialização no estabelecimento de saúde e as possibilidade de administração do produto. Por isso, é importante conhecer os principais tipos de medicamentos e buscar orientações específicas sobre a classe farmacológica, o mecanismo de ação e as possíveis reações adversas.

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