Produção científica: como inserir no currículo na graduação

Assim como as demais áreas de conhecimento, a medicina exige que o estudante que visa uma vaga no mercado de trabalho dedique-se a produzir um bom currículo. Com tantas horas a serem empregadas nos estudos, no entanto, o futuro médico nem sempre tem o tempo necessário para participar de atividades que possam enriquecer o documento.

Nesse sentido, vale conhecer como utilizar os recursos com os quais já se tem que lidar no dia a dia, a exemplo da vida acadêmica, para então enriquecer o histórico profissional. Para isso, uma boa medida é recorrer à produção científica. Continue a leitura para saber como!

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O que é considerado trabalho científico?

Antes de esclarecer como enriquecer o currículo com uma produção científica, vale saber o que são considerados trabalhos científicos.  Em geral, toda a produção original ou revisional resultante da vida acadêmica, se feita de acordo com os padrões estabelecidos pelas normas estabelecidas, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) no Brasil, por exemplo, pode ser considerada uma produção científica.

Sendo assim, os materiais podem incluir não apenas o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), mas também teses, artigos e resumos escritos ainda durante a graduação. Veja alguns tipos de trabalhos acadêmicos em detalhe:

• Projeto de pesquisa – consiste em uma proposta de trabalho a ser desenvolvido que precisa preencher alguns pré-requisitos como: introdução, o que será pesquisado, tema específico, justificativa de pesquisa, problema, hipótese, objetivos geral e específico, metodologia, cronograma e referências.
  
  
• Resumo – ferramenta utilizada para apresentar de maneira concisa os pontos relevantes de um documento. Ele deve destacar objetivos, métodos, resultados e conclusões de modo que um leitor interessado não necessite da leitura completa do texto para compreender do que o autor quis tratar.
  
  
• Pôster – costuma ser bem popular em apresentações e congressos e mostra de modo mais visual os resultados, sejam preliminares ou não, de pesquisas científicas. A vantagem está na objetividade da apresentação das informações. Em geral, é recomendado que o pôster siga os padrões do evento no qual será apresentado ao ser formatado.
  
  
• Artigo científico – segundo a NBR 6022 da ABNT os artigos científicos podem ser de revisão ou originais. Eles têm o objetivo de apresentar e discutir ideias, métodos, técnicas e resultados obtidos a partir de pesquisas de campo (ou não). No caso dos artigos de revisão, o objetivo é analisar informações já publicadas por outros autores. Já os originais, apresentam pesquisas e temas originais. Eles contribuem fortemente para a criação de uma autoridade no meio científico/ acadêmico.

Agora que você já conhece alguns dos principais tipos de produção científica, entenda como usá-las em seu favor na elaboração do seu currículo.

3 dicas para melhorar o currículo

1. Transforme trabalhos da faculdade em projetos de pesquisa. Em geral, vale a pena aproveitar trabalhos de temas pelos quais você tenha bastante interesse e formatá-lo para se aprofundar na área.
   
   
2. Avalie se suas experiências durante o internato, e os desfechos clínicos, podem ser levadas a Congressos. Para isso, fale sobre seu interesse com orientadores e desenvolva um case que possa ser apresentado.
   
   
3. Use pesquisas nas quais esteja envolvido para criar pôsteres. Essa é uma boa medida visto que os pôsteres permitem a inclusão de dados de resultados preliminares. 

Como citar a produção científica no currículo?

• Liste seus trabalhos na ordem cronológica, iniciando pelo mais recente;
  
  
• Inclua o título do trabalho e onde ele foi publicado (volume, jornal/ revista/ URL);
  
  
• Fique à vontade para listar artigos que tenham sido enviados para publicação, mas não deixe de informar que ele foi apenas enviado;
  
  
• Se desejar, liste materiais que estejam em preparação e que serão concluídos em breve. Do mesmo modo, informe o status do projeto.

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