Carreira e Mercado

O que é o IDH e quais são os desafios da saúde no Brasil para subir no ranking?

Veja agora o que é o IDH e como esse índice revela a necessidade de estratégias para superar os desafios da saúde no Brasil.

6
minutos de leitura

Você já ouviu falar sobre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)? Neste material, vamos explicar o que ele representa e quais são os principais critérios utilizados pelas Nações Unidas para calcular esse indicador. Embora o Brasil venha apresentando um avanço tímido em comparação com outros países da América do Sul, ainda enfrenta importantes desafios.

Se você está se preparando para o vestibular de Medicina e quer reforçar seus estudos com temas relevantes da atualidade, este artigo é uma ótima oportunidade para entender melhor o IDH, seus parâmetros e o que o país precisa enfrentar para melhorar sua posição no ranking. Boa leitura!

IDH do Brasil nos últimos anos

Em vias gerais, um dos objetivos do IDH é avaliar — e monitorar — o desenvolvimento básico de uma nação. A ONU e seus parceiros dimensionam, segundo critérios bem estabelecidos, a posição do país em termos de crescimento econômico, quando comparado a outras nações do globo.

Quem está se preparando para o vestibular de Medicina ou Enem deve ficar atento a essas atualizações do IDH, pois temáticas centradas em economia e globalização são abordadas todos os anos nas provas.

Entre 2017 e 2018, o Brasil caiu da 78ª para a 79ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). No relatório anterior, que considerava dados de 2022, o país ocupava a 89ª colocação. Já no relatório mais recente, divulgado em maio de 2025, o Brasil subiu cinco posições, alcançando o 84º lugar no ranking.

Brasil é destaque na América Latina

Na 84ª posição, o Brasil continua inserido no grupo de países que, segundo a ONU, apresentam crescimento constante. Apesar de a economia brasileira ter enfrentado momentos de aparente estagnação, o país mantém o PIB em um patamar significativo, o que contribui para sua estabilidade relativa na América Latina.

Na América do Sul, o Brasil segue em uma posição de destaque, ocupando o 4º lugar entre os países com maior IDH na região. Apenas Chile, Argentina e Uruguai apresentam índices superiores aos do Brasil. No entanto, as projeções do PNUD são promissoras, o que gera uma expectativa positiva em relação ao desenvolvimento do país nos próximos anos.

Em nota, a BBC Brasil publicou um fragmento do relatório da ONU, que destaca a posição do Brasil em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da América Latina e do Caribe. Confira o texto, na íntegra:

Na lista anunciada pela ONU, que compara os índices de 189 países e territórios reconhecidos, o IDH do Brasil ficou praticamente estável, subindo, de 0,760 em 2017 para 0,761 em 2018.
Uma nota de 0.786 no IDH coloca o país numa classificação de desenvolvimento humano considerada "alta", um pouco acima da média mundial e dos resultados da América Latina e do Caribe.

Nações no topo do ranking

Quando comparada a outras nações do Globo, a posição do Brasil no ranking demonstra a necessidade de implementação de políticas públicas mais eficientes para melhorar o IDH. Confira os dados extraídos do link anterior, com adaptações:

Outras nações da América Latina ainda aparecem bem à frente do Brasil, como Chile (45ª posição, IDH de 0.878), Argentina (47ª posição, IDH de 0.865) e Uruguai (48ª posição, IDH de 0.862).
Entre 1990 e 2018, o índice do Brasil aumentou de 0,613 para 0,761, alta de 24,2%.
Nos países desenvolvidos, o topo do ranking global é liderado por Islândia (IDH de 0.972), Noruega (0.970), Suíça (0.970), Dinamarca (0.962), Alemanha (0.959) e Suécia (0.959).
Já as últimas colocações são ocupadas por Sudão do Sul (0.388), Somália (0.404), República Centro-Africana (0.414), Chade (0.416), Níger (0.419) e Mali (0.419).

Critérios de IDH avaliados pelo PNUD

Com o objetivo de mensurar o desenvolvimento das nações e classificá-las conforme os padrões da ONU, em 1990, foi criado o Índice de Desenvolvimento Humano. Assim, o PNUD — e outras instituições parceiras — estabeleceu os critérios que definem o IDH.

Vale destacar, no entanto, que o IDH é uma medida bem técnica, cuja análise envolve três importantes fatores:

  • saúde da população: pela expectativa de vida quando as pessoas nascem;
  • acesso à educação: pelo número médio de anos de estudo da população;
  • padrão de vida: medido pela renda, poder de compra e acesso ao bem-estar.

Os desafios da saúde no país

Como parâmetro de comparação do crescimento local, estabeleceu-se que o IDH varia de 0 a 1. Nessa análise, os valores mais próximos de 1 indicam maior desenvolvimento humano. Nesse quesito, os entraves na saúde pública contribuem bastante para a redução do IDH.

Mesmo que o Governo Federal tenha investido em políticas que ampliam o acesso à saúde, como o Programa Mais Médicos, ainda há lacunas que precisam de soluções urgentes. A demanda cada vez mais crescente por atendimento no SUS e o aumento da expectativa de vida, que eleva as taxas de doenças crônicas, são os fatores mais relevantes nesse contexto.

Vale destacar que esse índice foi elaborado como um contraponto ao Produto Interno Bruto (PIB), outro tema bastante cobrado no vestibular de Medicina. O PIB reflete o crescimento da economia do país, mas também evidencia os investimentos e resultados no setor da saúde.

A ONU criou esse modelo de avaliação justamente para não se basear apenas na renda per capita. Há outros parâmetros igualmente relevantes, como as condições de saúde e o bem-estar da população, o que torna inadequado considerar apenas os aspectos econômicos.

Indicadores apontam as falhas no IDH do Brasil

Segundo dados apresentados nos últimos anos, o retrocesso na economia e no bem-estar do povo brasileiro ficou mais evidente na disparidade de renda média anual. Observe a lentidão no crescimento do IDH brasileiro e a estagnação desde 2014, conforme destacado pela BBC Brasil:

Em uma das medidas que compõem o IDH, a renda nacional bruta per capita, que estima a renda média ajustada ao poder de compra de cada país, o Brasil registrou em 2018 US$ 14.068, nível próximo ao que era em 2012.
Em 2015, início da recessão econômica, tal indicador era de US$ 14.490. Em 1990, era de US$10.082.

Vale ressaltar, ainda, que o IDH reflete, contextualmente, outras questões que envolvem a qualidade de vida no país. Entre elas, destacam-se os determinantes sociais da saúde e os investimentos na educação, bem como em aspectos estruturais, como saneamento básico, transporte e segurança.

Como vimos, a economia brasileira apresentou retrocessos nos últimos anos, apesar de avanços pontuais em alguns setores. Além disso, ainda há muito a ser feito nos indicadores de saúde e educação, que são critérios fundamentais na composição do Índice de Desenvolvimento Humano.

Gostou do texto? Assine nossa newsletter e receba mais conteúdos interessantes diretamente no seu e-mail!

Tags
Nenhuma TAG relacionada.