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Mamografia: conheça o exame e a campanha nacional que deu destaque a ele

Mamografia: saiba mais sobre a campanha nacional que incentiva a prevenção do câncer de mama.

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Hoje, você vai saber tudo sobre o panorama do câncer de mama no Brasil e no mundo, além de dados sobre a evolução no número de casos ao longo dos últimos anos. Ainda, entenda a função da mamografia, como surgiu esse exame e a relevância desse recurso na prevenção da doença das mamas.

Aproveite para entender por que a mamografia se popularizou como um método essencial para o controle do câncer de mama. Conheça, ainda, a importância do Outubro Rosa, a campanha nacional de conscientização contra o câncer de mama.

Mamografia e sua evolução na história

A história da mamografia teve início no ano de 1913, quando saiu um estudo sobre a realização de radiografia de três mil mamas operadas. O estudo foi publicado por um cirurgião alemão, que evidenciou as principais diferenças entre as mamas normais, com lesões benignas e mamas com tumor maligno.

Inicialmente, esse procedimento era indicado somente para análise da saúde da mulheres com mamas doentes e que seriam submetidas a cirurgias. Assim, a técnica do exame foi aprimorada nos anos seguintes e logo passou a ser utilizada para a identificação de câncer de mama em mulheres.

Ao longo da história, a mamografia evoluiu para um dos métodos mais importantes para a redução dos riscos de desenvolvimento dos tumores de mama. Mesmo aquelas sem suspeita da doença eram submetidas ao rastreamento.

Nos anos seguintes, novos estudos foram publicados sobre o potencial da mamografia na identificação de câncer de mama em mulheres. Por conta disso, esse exame ganhou notoriedade e é utilizado em escala global para avaliação de diagnóstico, mediante suspeita de tumores.

Como a mamografia funciona

O aparelho de mamografia foi inventado pela General Electric (GE), no ano de 1966. Depois de sua invenção, muitos exemplares foram distribuídos para os hospitais e clínicas de todo o mundo.

Durante o seu funcionamento, o aparelho de mamografia lança feixes de raios-X, que captam as imagens do tecido mamário. Assim, essa metodologia permite capturar informações que revelam possíveis alterações no órgão.

Ao fornecer esse tipo de informações, o mamógrafo favorece a análise diagnóstica. Além disso, ele ainda se torna importante para direcionar o tipo de tratamento segundo o nível de comprometimento da doença.

Desde sua criação na década de 70, o mamógrafo passou por aprimoramentos e atualizações bastantes significativas. O objetivo era garantir imagens de qualidade superior e que auxiliasse, com maior precisão, na avaliação de cada caso suspeito de câncer.

Quando fazer o exame

De acordo com os protocolos atuais da Medicina, proposto pelos órgãos gestores da classe médica, a mamografia é recomendada para o rastreamento efetivo de câncer de mama para mulheres com idade maior que 40 anos.

No entanto, em casos de existe histórico familiar como fator de risco, o ideal é que o procedimento seja feito em idades mais precoces. A recomendação de especialistas em Mastologia, e de outras carreira médica, é que a mamografia seja realizada anualmente.

No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) recomenda que o rastreamento por meio da mamografia seja realizado a cada dois anos em mulheres com idade entre 50 e 69 anos. Mas vale ressaltar que o exame pode trazer benefícios para mulheres com idade de 40 a 49 anos.

Para melhor segurança, a orientação é que todas as mulheres façam consultas regulares e o autoexame das mamas. Independentemente da faixa etária, o autocuidado é essencial para o diagnóstico precoce, principalmente em situações mais propensas à doença..

Como interpretar uma mamografia

Em todo o globo, o método mais empregado é pela classificação BI-RADS que, em inglês significa Breast Imaging-Reporting and Data System. De modo geral, essa é uma ferramenta que utiliza uma abordagem padronizada para a avaliação de imagens mamográficas, suspeitas ou não de câncer.

Destacamos as categorias e suas respectivas interpretações no exame. O índice de classificação BI-RADS varia de 0 a 6. Confira, na íntegra, o fragmento extraído do site da Sociedade Brasileira de Mastologia:

‍BI-RADS 0 — Incompleta
Indica que o exame de mama não forneceu informações suficientes para um diagnóstico conclusivo. Pode ser necessário realizar outras mamografias e ultrassonografias para uma avaliação mais completa.
‍BI-RADS 1 — Negativa (nada encontrado)
A mamografia não revela achados suspeitos, confirmando um rastreamento mamográfico normal.
‍BI-RADS 2 — Achados benignos
Indica a presença de características mamográficas consistentes com alterações benignas, com a confirmação de que os achados não são indicativos de câncer.
‍BI-RADS 3 — Provavelmente benignos
Sugere achados que são provavelmente benignos, mas que necessitam de um acompanhamento a cada seis meses. O profissional de saúde monitorará quaisquer alterações ao longo do tempo.
‍BI-RADS 4 — Anomalias suspeitas
Subdividido em A, B e C, indicando diferentes graus de suspeição. Nesse caso, há recomendação de avaliação adicional, como biópsia, dependendo do grau de suspeição.
‍BI-RADS 5 — Alta suspeita de malignidade
Aponta para achados altamente suspeitos de malignidade. Necessita de esclarecimento definitivo, geralmente por meio de procedimentos diagnósticos invasivos.
‍BI-RADS 6 —Já existe diagnóstico do câncer
Indica que o câncer de mama já foi confirmado anteriormente por exame histopatológico. A mamografia é realizada para acompanhamento após o diagnóstico.

Outubro Rosa e a prevenção do câncer de mama

O Outubro Rosa é uma campanha mundial cujo objetivo é estimular a conscientização da população sobre a prevenção do câncer de mama. Todos os anos, a sociedade se envolve nessa meta de alertar a todos, mulheres e homens, sobre a importância do autocuidado e do diagnóstico precoce da doença.

No Brasil, essa mobilização tem grande relevância e envolvimento de empresas, hospitais, celebridades e todos que já perceberam a necessidade de participar desse evento em prol da saúde. As estatísticas da doença são preocupantes, o que serve de alerta para a maior conscientização das pessoas.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) destaca o panorama do câncer de mama entre as brasileiras. A projeção é que cerca de 73.610 novos casos de câncer de mama sejam registrados até o ano de 2025. Tais números revela uma taxa de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.

Portanto, a disseminação de informações sobre a importância da realização de exames de rastreamento, como a mamografia, é uma forma efetiva de colaborar para a redução da doença. Nesse sentido, a participação e envolvimento da sociedade nesse propósito é fundamental à promoção da saúde.

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