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Impacto da Inteligência Artificial na prática médica

Veja como a Inteligência Artificial já está presente na Medicina brasileira, algumas previsões tecnológicas e os desafios éticos neste novo cenário.

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Recentemente, foi publicada uma conquista histórica para a Medicina. Um homem tetraplégico recuperou o movimento das mãos graças à implantação de chips eletrônicos com Inteligência Artificial (IA) no seu cérebro.

Este marco foi reportado nos Estados Unidos por pesquisadores dos Feinstein Institutes for Medical Research. Foram eles que conseguiram reconectar o cérebro, o corpo e a medula espinhal do paciente Keith Thomas por meio da tecnologia do momento.

Além de conseguir controlar os dedos e as mãos como um todo, Thomas também recuperou estímulos sensoriais de tato. Mesmo com os chips desligados, houve uma manutenção dessa melhora em específico.

São histórias como essas que trazem à tona o melhor lado da Inteligência Artificial: ajudar o ser humano a transformar a vida de outras pessoas. Enquanto esse tratamento ainda está em fase de testes, vamos às aplicações da IA que você com certeza vai encontrar no seu cotidiano como médico.

Veja o que há de mais moderno no horizonte da Medicina brasileira hoje e quais serão os desafios éticos neste novo cenário. Boa leitura!

Diagnóstico e triagem assistidos por IA

A Inteligência Artificial é um formato matemático ou de algoritmos capaz de processar grandes volumes de dados em pouco tempo. Logo, sua maior contribuição reside em acelerar processos de triagem e aumentar a segurança para os pacientes.

Um indivíduo adulto provavelmente já fez muitos exames durante sua vida, e um supercomputador pode analisar toda essa informação em questão de segundos. Depois, pode passar resultados de todos os tipos: imagem, análises de laboratório e medicação. Entre outras informações relevantes, um diagnóstico mais preciso pode ser entregue para o médico.

Melhoria da eficiência e produtividade

A IA desempenha um papel crucial na otimização de processos em hospitais e clínicas, liberando os médicos de tarefas administrativas e burocráticas que consomem tempo. É possível, por exemplo, automatizar a organização de agendamentos de consultas e retornos e até reivindicações de seguros.

Isso não apenas reduz erros humanos, mas também permite aos médicos passar mais tempo concentrados na assistência direta aos pacientes. No fim das contas, quem ganha é o paciente, com profissionais mais descansados para conduzir seus tratamentos.

Healthtechs de apoio ao paciente

Engenheiros de Software têm trabalhado em projetos de Inteligência Artificial voltados para melhorias e soluções na Saúde. Elas podem abranger diferentes etapas na jornada do paciente tanto dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto da rede suplementar.

Por exemplo, healthtechs com chatbots alimentados por IA podem fornecer respostas rápidas para perguntas comuns dos pacientes. Assim, será oferecido suporte 24 horas aos pacientes, aliviando a carga sobre os profissionais de saúde.

Inovação em abordagens preventivas

Em Curitiba (PR), foi criado o primeiro robô cognitivo gerenciador de riscos do mundo, denominado Laura, em homenagem à filha do arquiteto de sistemas que o programou. Ela foi a inspiração para o projeto após nascer prematura e falecer precocemente por sepse em 2010.

Anualmente, mais de 230 mil brasileiros morrem por conta de infecções generalizadas. Hoje, a robô Laura ajuda a salvar doze vidas por dia, operando em 13 hospitais pilotos.

Tratamento personalizado e monitoramento remoto

De um único centro clínico, uma equipe especializada pode monitorar dezenas de hospitais a distância pelo país. Com o auxílio da inteligência artificial, são  identificados giros de leito, tempo de cirurgias e consultas.

Isso facilita a vida do paciente, que pode ser notificado quando abrir um horário na agenda de um médico por desistência, bem como o próprio trabalho dos profissionais de saúde, que não precisam perder tempo com furos na rotina.

Além disso, lembra que falamos sobre o supercomputador conseguir analisar o histórico inteiro de um paciente? Pois é, essa facilidade abrirá caminho para tratamentos mais personalizados de acordo com as particularidades de cada indivíduo.

Desafios éticos e legais da IA na Medicina

Quando o assunto é tecnologia e utilização de dados privados, nem tudo são flores. E com a Inteligência Artificial não é diferente. Um dos principais desafios a ser superado é em relação à equidade: será que todo brasileiro terá acesso aos mesmos recursos à medida que forem surgindo novas soluções?

A aplicação da IA deve respeitar esse pilar do SUS para que não sejam causadas mais disparidades no acesso aos cuidados de saúde no país. Também é preciso que seu uso seja feito com transparência, para que os pacientes possam acessar as informações e levá-las para uma segunda opinião, por exemplo.

Outro desafio em potencial é manter o anonimato dos pacientes nessas bases de dados, impedindo que sejam vendidos para fins publicitários. Qual farmácia não adoraria saber exatamente do que a pessoa está sofrendo para se adiantar e “impactá-la” com anúncios nas redes sociais e demais canais de marketing?

Agora que você viu o lado positivo e os pontos de atenção que devemos manter em relação à Inteligência Artificial, que tal garantir a sua vaga em uma faculdade de Medicina com tecnologia de ponta, convênios com hospitais e condições especiais de pagamento?

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