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Como é realizado o diagnóstico de Síndrome de Asperger?

O diagnóstico de Síndrome de Asperger não é algo fácil. Ele é essencialmente clínico e tem alguns pontos importantes. Confira!

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 Caracterizada principalmente por dificuldades sociais e comportamentos repetitivos, a Síndrome de Asperger é um transtorno que passou por diferentes classificações nos últimos anos. A seguir, explicamos o que é esta síndrome, quais são suas classificações, características e como o diagnóstico de Síndrome de Asperger é essencialmente clínico. Confira!

O que é a Síndrome de Asperger?

A Síndrome de Asperger é definida hoje como um transtorno dentro do espectro do autismo. Mas antes passou por outras classificações. De acordo com a Autism Society of America, ela foi descrita pela primeira vez na década de 1940 pelo pediatra austríaco Hans Asperger. O médico observou comportamentos semelhantes ao autismo e dificuldades em habilidades sociais em meninos que tinham bons níveis de inteligência e desenvolvimento de linguagem. Mas seu estudo sobre a síndrome só recebeu reconhecimento internacional nos anos 1980, quando foi traduzido para o inglês.

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Já em 1994, a Síndrome de Asperger foi incorporada ao Manual Estatístico e Diagnóstico de Transtornos Mentais 4 (DSM-4), da Associação Psiquiátrica Americana. Neste período, ela foi descrita como um subtipo de transtorno global de desenvolvimento, isto é, separado do autismo. Mas em 2013, o DSM-5 foi atualizado e hoje ele substitui o Transtorno Autista, o Transtorno de Asperger e outros transtornos invasivos do desenvolvimento pelo diagnóstico abrangente de transtorno do espectro do autismo (TEA).

Hoje, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de uma em cada 160 crianças tem TEA.

“Muitos indivíduos anteriormente diagnosticados com transtorno de Asperger atualmente receberiam um diagnóstico de transtorno do espectro autista sem comprometimento linguístico ou intelectual”, afirmam no DSM-5.

Apesar desta mudança de classificação em 2013, a expressão “Síndrome de Asperger” ainda é usada em alguns países.

Como realizar o diagnóstico de Síndrome de Asperger?

O diagnóstico de Síndrome de Asperger não é algo fácil, pois pode ser confundido com outros transtornos. Ele é essencialmente clínico e tem alguns pontos importantes:

Avaliação dos sinais e sintomas

As características podem variar, mas a National Autistic Society UK afirma que os principais sintomas aparecem na infância e são:

  •         Dificuldades persistentes ou diferenças na comunicação e interação social;
  •         Padrões restritos e repetitivos de comportamentos, atividades ou interesses desde a primeira infância, na medida em que impactam negativamente na vida cotidiana.

Já a Autism Society of America reforça que quando Asperger e autismo foram considerados transtornos separados no DSM-4, os sintomas da Síndrome de Asperger que foram listados eram os mesmos de autismo. Mas, a principal diferença é que as crianças com Asperger não apresentam atrasos na área de comunicação e linguagem.

“Difere do autismo principalmente pelo fato de que não há atraso ou retardo geral na linguagem ou no desenvolvimento cognitivo. Esse distúrbio é frequentemente associado a uma falta de jeito acentuada. Há uma forte tendência para que as anormalidades persistam na adolescência e na vida adulta. Episódios psicóticos ocorrem ocasionalmente no início da vida adulta”, afirma a Organização Mundial da Saúde.

Portanto, o primeiro passo para o diagnóstico é uma avaliação, incluindo análise sobre desenvolvimento e observação.

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Equipe multidisciplinar

Outro ponto importante para o diagnóstico de Síndrome de Asperger é que ele requer uma equipe multidisciplinar. Ou seja, a equipe diagnóstica é composta por profissionais de várias áreas, como psiquiatria, neurologia, psicologia, terapia ocupacional e fonoaudiologia.

O diagnóstico de Síndrome de Asperger de forma precoce é importante, pois as crianças diagnosticadas e com acesso a serviços de suporte no início da vida têm uma chance maior de terem mais qualidade de vida. Além disso, ter o diagnóstico ajuda familiares, cuidadores, professores e amigos a entenderem melhor a pessoa com Síndrome de Asperger.

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