Dia Internacional da Igualdade da Mulher: 5 mulheres históricas para a Medicina ao redor do mundo
A Medicina é uma área que sempre contou com mulheres importantes e inovadoras. Conheça 5 delas aqui neste 26 de agosto, Dia Internacional da Igualdade da Mulher!
No dia 26 de agosto é celebrado o Dia Internacional da Igualdade da Mulher. A data reforça a importância da busca igualitária entre mulheres e homens em todos os âmbitos da vida, incluindo o profissional.
Pode não parecer, mas as mulheres brasileiras só conquistaram o direito pleno ao trabalho há 60 anos. Em 1962, foi revogada a lei em que o trabalho feminino estava sujeito à aprovação do marido.
E, se hoje há tantas mulheres quanto homens trabalhando, a luta pela igualdade ainda é importante: entre as injustiças no mercado profissional, as mulheres recebem apenas 77,7% do salário recebido por um homem com o mesmo cargo e tempo de experiência.
Como forma de celebrar e, ao mesmo tempo, reforçar a necessidade da busca pela igualdade, neste artigo você irá conhecer 5 mulheres históricas para a Medicina.
1. Elizabeth Blackwell: a primeira mulher na Medicina moderna
Elizabeth Blackwell desafiou o conservadorismo da sociedade do século XIX ao tornar-se a primeira mulher a ingressar em uma faculdade de Medicina. Nascida na Inglaterra em 1821, ela foi recusada 12 vezes até ser admitida, em 1847, na Geneva Medical College.
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Mesmo após a conquista, ela enfrentou diversos desafios nas aulas – muitas aulas práticas eram consideradas inadequadas para uma mulher. Elizabeth, no entanto, conseguiu superar as adversidades e se formou em 1849 em primeiro lugar da sua classe, tornando-se a primeira médica do mundo na Medicina moderna.
2. Florence Nightingale: a pioneira na enfermagem
Florence Nightingale nasceu em 1820, na Itália, filha de pais ingleses. Radicada na Inglaterra, desejava trabalhar como enfermeira prestando assistência aos doentes. Ingressou no Instituto de Diaconisas de Kaiserswerth, na Alemanha, e retornou a Londres para trabalhar.
Ela também atuou nos campos de batalha da Guerra da Crimeia, em 1854, onde se tornou pioneira ao elaborar sua teoria sobre como os desfechos clínicos dos soldados feridos eram diretamente influenciados pelo ambiente em que os cuidados eram prestados.
A Inglaterra estava perdendo a guerra contra a Rússia devido à grande quantidade de soldados contaminados por doenças como a cólera. Então, Florence foi enviada como enfermeira-chefe do exército e conseguiu reduzir drasticamente o número de mortes entre os feridos ao colocar em prática seu plano – prestar assistência médica aos soldados com melhores práticas de higiene e organização hospitalar.
3. Gerty Theresa Cori: a primeira mulher a receber o prêmio Nobel de Medicina
Gerty Theresa Cori foi uma médica nascida na Chéquia e radicada nos Estados Unidos. Apesar de não ter sido a primeira mulher a ingressar em uma faculdade de Medicina, ela também teve que lidar com o conservadorismo da sociedade do início do século XX.
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Tornou-se médica em 1920 e, em 1922, imigrou com seu marido, o também médico Carl Ferdinand Cori para os EUA em busca de novas oportunidades. Juntos, desenvolveram pesquisas que renderam o Prêmio Nobel de Medicina, em 1947. Seus estudos foram fundamentais para o tratamento da diabetes.
4. Nise da Silveira: médica que revolucionou o tratamento psiquiátrico no Brasil
Nise da Silveira foi uma das primeiras mulheres a se tornar médica no Brasil. Atuando como psiquiatra no Rio de Janeiro, ela questionou os métodos violentos aplicados aos pacientes manicomiais, como camisa de força, choques elétricos e lobotomias.
Por recusar-se a cumprir estas práticas, foi punida ao ser transferida para o setor de Terapia Ocupacional. Mas, o que era para ser um castigo, tornou-se uma revolução na Medicina: foi a partir dessa transferência que Nise percebeu a importância de implementar a Terapia Ocupacional no tratamento psiquiátrico e idealizou a Seção de Terapêutica Ocupacional e Reabilitação.
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5. Françoise Barré-Sinoussi: descobriu o HIV
A virologista francesa foi pioneira no combate e tratamento do HIV. Em 1983, publicou um artigo na revista Science com a descrição completa do vírus da imunodeficiência adquirida. Antes desse feito, o mundo sequer entendia o que estava causando a grave epidemia. A partir de sua descoberta, a Medicina foi capaz de encontrar meios de prevenção e tratamentos para a doença. Em 2008, Françoise recebeu o Prêmio Nobel de Medicina.
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