Engenharia Química: conheça a matriz curricular e curiosidades sobre o curso
Saiba quais disciplinas precisam ser estudadas na Engenharia Química para se tornar um profissional essencial para a vida na Terra como conhecemos.
A gente não costuma parar para refletir sobre como a Engenharia Química está fortemente presente dentro do nosso cotidiano. Todos os alimentos que não são in natura na sua geladeira estão corretamente conservados, pré-cozidos e/ou envasados graças aos conhecimentos técnicos de um engenheiro químico que cuidou de todo o seu processo de produção.
Além dessa atuação minuciosa nos bastidores, há também a vertente que projeta e cria soluções inovadoras para a indústria e não para o produto. Por exemplo, o design de reatores químicos conta com a sua participação.
Mas quais disciplinas precisam ser estudadas para se tornar um profissional capaz de fazer tudo isso? A seguir, listamos as matérias mais frequentes em cada semestre dessa graduação que leva cinco anos para ser concluída.
Ao final, você também descobrirá algumas curiosidades que vão te encher de motivação e orgulho por escolher ser um engenheiro químico. Confira!
Matriz curricular: saiba o que esperar em cada semestre
1º período
- Programação de computadores
- Introdução à Engenharia Química
- Física experimental básica: mecânica
- Cálculo diferencial e integral
- Geometria analítica e álgebra linear
- Química geral B
- Química geral experimental
2º período
- Cálculo numérico
- Estatística e probabilidades
- Fundamentos de mecânica
- Cálculo diferencial e integral II
- Química inorgânica I
3º período
- Fundamentos de eletromagnetismo
- Cálculo diferencial e integral III
- Equações diferenciais A
- Físico-química I
- Química orgânica I
- Introdução à Sociologia
4º período
- Física experimental básica: eletromagnetismo
- Equações diferenciais B
- Físico-química II
- Química orgânica II
- Química analítica I
5º período
- Eletrotécnica geral C
- Análise instrumental
- Fenômenos de transporte I
- Química de processos
- Termodinâmica física
6º período
- Economia para Engenharia
- Termodinâmica química
- Fenômenos de transporte II
- Ciências dos materiais
- Planejamento e análise de experimentos
7º período
- Organização industrial para Engenharia
- Desenho técnico F
- Transferência de massa
- Operações unitárias A
- Cinética e cálculo de reatores I
- Engenharia de corrosão
8º período
- Cinética e cálculo de reatores II
- Operações unitárias B
- Laboratório de fenômenos e operações
- Processos industriais I
- Oficina de língua portuguesa: leitura e produção de textos
9º período
- Laboratório de operações e processos
- Otimização e análise de processos
- Projeto de processos
10º período
- Direito e legislação
- Avaliação econômica de projetos
- Processos para proteção ambiental
- Instrumentação e engenharia de controle e processos
- Estágio supervisionado
Curiosidades sobre o curso de Engenharia Química
Há fatos curiosos sobre todos os cursos e profissões, podendo ser relacionados à sua origem, personalidades famosas e áreas de atuação “exóticas”. Para fazer seus olhos brilharem pela Engenharia Química, decidimos falar sobre três grandes contribuições que essa graduação fez e faz para a humanidade.
A otimização da produção de plástico
O plástico é um material polimérico sintético que foi criado a partir da Teoria dos Polímeros, descoberta ainda no século 19. Mas levou muito tempo até a sua fabricação se tornar vantajosa em relação a outras matérias-primas naturais como a madeira, o ferro, a areia — da qual é produzido o vidro — e o cobre, entre outros.
Foram engenheiros químicos que desenvolveram métodos mais baratos para produzir os mais variados tipos de plástico, que servem como embalagem para alimentos, como materiais descartáveis para produção de EPI hospitalar e até como base para peças de carro. Sem falar na sua forte aplicação na construção civil.
Os canos e conexões feitos de PVC e que compõem a tubulação de prédios e casas pelo mundo afora foram uma verdadeira revolução. Isso porque a sua instalação é muito mais prática, o que ajuda a economizar com a mão de obra para instalação, sendo também muito mais leves e resistentes a umidades do que seus concorrentes à base de metais.
O boom da agricultura com fertilizantes
A produtividade das terras agricultáveis pelo mundo aumentou muito graças à aplicação de adubos e fertilizantes sintéticos — que contém propriedades e função diferente dos defensivos agrícolas ou agrotóxicos, como são popularmente conhecidos. Na prática, esses produtos servem para alimentar a plantação com os nutrientes que precisa para crescer e se desenvolver.
Naturalmente, as plantas coletam do solo tudo que elas precisam. No entanto, para que isso aconteça sem intervenção humana, a terra precisa de um tempo de repouso para se recuperar. Caso fossemos respeitar esse processo, a quantidade de alimentos disponível no mercado seria menor e, consequentemente, seus preços seriam mais elevados.
Em alguns países, a contribuição dos fertilizantes à produção nacional chega a 50%. Em sua forma sintética, eles são produzidos a partir de processos químicos, que foram descobertos e experimentados por cientistas ao longo de toda a história.
A versatilidade das fibras químicas
As fibras químicas podem ser divididas entre artificiais e sintéticas. Ao primeiro grupo, pertencem todas aquelas que têm como base uma matéria-prima natural, como a viscose, que é obtida a partir da celulose. Já ao segundo, pertencem o náilon e o poliéster, por exemplo, que estão muito presentes em peças térmicas que substituíram o uso de peles e do couro como vestimenta.
Assim, a Engenharia Química contribuiu para a redução das mortes de vários animais para a confecção de roupas e o barateamento de peças essenciais para quem vive em climas muito frios. Também foi possível, a partir do trabalho em laboratório, fabricar redes de pesca mais resistentes e itens de segurança, como os coletes à prova de balas.
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