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Engenharia Ambiental não é mais a profissão do futuro, é indispensável agora

A Engenharia Ambiental foi idealizada na Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente de 1972 para cuidar do futuro e ele já está entre nós.

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Sabe quando a Engenharia Ambiental era uma profissão do futuro? Em 5 de junho de 1972, quando aconteceu a 1ª Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente. O evento foi sediado em Estocolmo na Suécia, e um dos acordos firmados entre as nações foi sobre a criação de profissões técnicas voltadas ao estudo e à aplicação de tecnologias para proteger o planeta.

Agora, esse futuro chegou e trouxe consigo vários problemas a serem solucionados com a expertise desenvolvida por cada país desde então. A seguir, você vai entender o que podemos esperar sobre a atuação dos engenheiros ambientais frente às mudanças climáticas.

O papel da Engenharia Ambiental diante da crise climática

Antes de tudo, podemos dizer que a Engenharia Ambiental é uma ferramenta de administração que entra em cena quando existem políticas públicas a serem implementadas em prol do meio ambiente. Como assim? Calma, que já vamos explicar.

Em maio de 2024, foi promulgada uma nova lei que institui diretrizes relativas à gestão da qualidade do ar em todo o território nacional. A partir dessa nova legislação, os engenheiros ambientais têm respaldo para sugerirem inovações e implementares técnicas que contribuam para a redução da poluição atmosférica em cumprimento ao que determinou o Estado.

Sem essa parte política, infelizmente, há pouco que os profissionais da área podem fazer. Mas o debate sobre a crise climática nunca esteve tão latente quanto hoje, o que provavelmente vai desencadear mais ações como esta que citamos por outras nações e em outras frentes.

Fora o seu papel de não ceder à corrupção tanto no setor público quanto no privado, os engenheiros ambientais também lideram pesquisas importantes. Assim, ocorre o desenvolvimento de soluções tecnológicas mais sustentáveis. Um exemplo são as fontes de energia renovável.

Por fim, existe um papel essencial que pode contribuir para que empresas adiram a processos verdes sem que haja uma imposição do Estado. Chama-se valoração ambiental e acontece por meio de argumentos que demonstram o quanto proteger o meio ambiente pode ser mais lucrativo do que explorá-lo.

Falamos mais sobre esse assunto adiante, com um caso de sucesso que aconteceu aqui no Brasil. Uma intervenção “simples” que trouxe muitos benefícios para as partes envolvidas e para o planeta como um todo.

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Principais desafios ambientais que exigem soluções imediatas

A Terra possui suas sazonalidades e é sabido que, ao longo de sua existência, houve eras glaciais que duraram milhares de anos. Porém, a mudança pela qual estamos passando atualmente deve sua intensidade e principalmente sua velocidade a ações antrópicas.

Ou seja, às ações humanas que cresceram exponencialmente após a Primeira Revolução Industrial. Nesse sentido, existe o desafio nª1 que é conter a emissão de gases que causam o efeito estufa, proveniente da queima de combustíveis fosseis e da agropecuária.

Junto a ele, está impedir o desmatamento. Isso porque ambos estão diretamente relacionados à elevação da temperatura média do nosso planeta.

A contaminação dos recursos hídricos também é um dos grandes desafios que precisa de soluções imediatas. Diretrizes de controle e fiscalização são fundamentais para conter a poluição que afeta a qualidade da água, em especial dos lençóis freáticos, e garantir a sobrevivência humana.

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Como a Engenharia Ambiental já está fazendo a diferença

Enfatizamos bastante a responsabilidade do engenheiro ambiental em fazer cumprir a lei mais do que falamos sobre o seu papel de criar tecnologias por um motivo. Muitas intervenções que trazem os resultados ideais já existem e partem da própria natureza, como o projeto que apresentamos abaixo.

Trata-se de um caso claro de valoração ambiental. O Projeto Conservador das Águas de Extrema introduziu o pagamento a agricultores locais da cidade pelo “serviço ambiental” de preservar suas nascentes.

A ideia surgiu quando houve uma crise hídrica na cidade de São Paulo, sendo que boa parte do abastecimento da cidade vinha de Extrema – uma cidade do sul de Minas. Então, pesquisadores foram à montante e identificaram a necessidade de uma revitalização da mata nativa que cumpria o papel de proteger o rio naturalmente.

Após essa intervenção, a qualidade da água que abastecia a capital paulista melhorou, pois a vegetação também ajuda a diminuir a turbidez do corpo hídrico. A valoração ambiental neste caso está no fato de que houve uma redução maior dos gastos com o tratamento da água que vinha dessa região do que o que passou a ser pago aos agricultores pela preservação.

Este projeto recebeu prêmios inclusive na Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) pelo seu impacto positivo no meio ambiente. Em 2021, dois milhões de árvores já haviam sido plantadas, totalizando a recuperação de mil hectares de floresta.

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