Psicologia: a importância do uso das artes no tratamento de doenças
Como a arte apoia a saúde mental e física: efeitos no cérebro, benefícios da arteterapia e exemplos em depressão, ansiedade, Alzheimer e câncer!

As artes acompanham a humanidade desde os primórdios, seja como forma de expressão, ritual religioso ou entretenimento. Pinturas rupestres, esculturas e danças fazem parte da história cultural dos povos, revelando que criar e se expressar artisticamente está enraizado em nossa essência. Com certeza você já viu algo assim por aí, não é mesmo?
Com o passar dos séculos, a arte passou a ser reconhecida não apenas como manifestação cultural, mas também como recurso terapêutico. Hoje, cresce o interesse pelo uso das artes no tratamento de doenças, especialmente por meio da chamada arteterapia.
Neste artigo, vamos explorar como a arte evoluiu, seus efeitos no cérebro e de que forma trabalhos manuais e expressões artísticas podem auxiliar no tratamento de condições como depressão, ansiedade, Alzheimer e até câncer.
Como se deu a evolução e valorização da arte ao longo dos anos?
A arte sempre foi uma forma de comunicação universal. Desde símbolos gravados em pedras até grandes obras renascentistas, ela traduz sentimentos, valores e visões de mundo. Com o tempo, estudiosos começaram a observar que a prática artística, além de cultural, tinha impacto direto no bem-estar humano.
Na contemporaneidade, a arte passou a ser integrada também em processos educacionais, terapêuticos e de saúde. Se antes era vista como entretenimento ou talento individual, hoje já sabemos que pode ser um instrumento poderoso de autoconhecimento e cura.
Quais são os efeitos da arte no cérebro humano?
Você já parou para pensar por que nos sentimos tão bem quando pintamos, ouvimos música ou simplesmente admiramos uma obra de arte? A ciência tem uma boa explicação para isso.
De modo geral, a arte ativa diferentes áreas do cérebro e provoca efeitos que vão muito além do simples entretenimento. Pintura, escultura, música e até o artesanato manual estimulam regiões ligadas à emoção, à memória, à coordenação motora e, claro, à criatividade.
Continue para saber mais sobre o assunto.
Combate o estresse
Quando estamos envolvidos em atividades artísticas, nosso corpo e mente entram em um estado de relaxamento. Trabalhos manuais, por exemplo, desaceleram os pensamentos e ajudam a diminuir a ansiedade. É como se a arte funcionasse como uma pausa no meio da correria do dia a dia, permitindo que a gente respire fundo e volte mais leve.
Concentração e foco
Outro efeito poderoso está na atenção plena que a criação exige. Ao pintar um quadro ou tocar um instrumento, você precisa estar ali, no presente, sem distrações. Essa prática melhora a concentração e pode até ajudar a treinar o cérebro a lidar melhor com tarefas complexas do cotidiano.
Química do bem-estar
Quando apreciamos ou produzimos arte, o cérebro libera neurotransmissores como dopamina e serotonina, substâncias diretamente associadas ao prazer, à motivação e ao bem-estar. Não é à toa que ouvir uma música favorita ou terminar um projeto criativo traz aquela sensação de felicidade imediata.
Estímulo cognitivo e memória ativa
A arte também é uma grande aliada do envelhecimento saudável. Atividades criativas estimulam a cognição, ajudando a manter a memória e outras funções mentais ativas. Por isso, oficinas de pintura, música ou artesanato são tão indicadas para idosos: além de divertidas, elas fortalecem o cérebro.
Percebe como a arte pode ser uma forma de autocuidado? Ao dedicar um tempo para criar ou apreciar algo bonito, você não só relaxa, como também nutre o cérebro. É uma prática que une saúde mental, bem-estar e desenvolvimento pessoal!


Arteterapia: quando a arte se torna tratamento?
A arteterapia é uma prática que utiliza recursos artísticos como pintura, desenho, música, dança ou teatro para promover saúde emocional, social e física. Ela não exige habilidades prévias: o foco está no processo criativo e não no resultado estético.
Essa abordagem vem sendo cada vez mais usada em hospitais, clínicas e centros de saúde como apoio a tratamentos médicos convencionais. O objetivo é ajudar o paciente a lidar com emoções, aliviar tensões e, em alguns casos, até melhorar a resposta imunológica.
Quais são os benefícios das artes manuais no tratamento de doenças?
As artes no tratamento de doenças podem ser aplicadas em diversas condições, com resultados positivos. Vamos ver alguns exemplos:
Depressão
Atividades criativas ajudam na expressão de sentimentos difíceis de verbalizar. A pintura, por exemplo, pode servir como canal para liberar emoções e construir novos significados.
Ansiedade
Trabalhos manuais como crochê, tricô e cerâmica promovem foco e calma, funcionando quase como uma forma de meditação ativa.
Alzheimer e demências
Para idosos, artes manuais estimulam memória, coordenação e socialização, reduzindo a progressão de sintomas. Estudos indicam que atividades criativas ajudam a preservar conexões neurais por mais tempo.
Câncer
Pacientes em tratamento relatam redução da dor, melhora no humor e maior disposição quando participam de atividades artísticas em hospitais. A arte funciona como suporte emocional em um momento delicado.
Esses benefícios reforçam como a arte pode ser usada como complemento a tratamentos médicos, ampliando o cuidado com a saúde.
Como a arte age como estímulo sociocultural?
Além do aspecto clínico, a prática artística também amplia o repertório sociocultural das pessoas. Ler, escrever, criar e experimentar diferentes linguagens artísticas aumenta a sensibilidade e fortalece vínculos comunitários.
Para quem deseja expandir esse universo, vale conferir este guia sobre jeitos de ampliar o repertório sociocultural. Também é possível se inspirar em boas leituras que atravessam gerações, como sugerido nesta seleção de livros atemporais!
Qual é o papel da Psicologia nesse contexto?
Na Psicologia, a arteterapia se consolidou como recurso eficaz para trabalhar traumas, conflitos internos e questões emocionais. O psicólogo pode orientar sessões em grupo ou individuais, escolhendo técnicas específicas de acordo com a necessidade do paciente.
Por exemplo, atividades com argila podem ajudar na expressão de raiva e ansiedade, enquanto colagens e pinturas livres favorecem a criatividade e a autoestima. Assim, a arte se torna um meio terapêutico de integração entre corpo e mente.
A arte é muito mais do que uma forma de expressão cultural: é um recurso poderoso de cuidado com a saúde. O uso das artes no tratamento de doenças já se mostrou eficaz no apoio a pacientes com depressão, ansiedade, Alzheimer e câncer, oferecendo bem-estar emocional e físico. Ao lado da Psicologia, a arteterapia comprova que criatividade e saúde caminham juntas.
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