ENEM e Vestibular

Efeitos do tabagismo no cérebro e como ficam seus estudos

Se o tabagismo é uma toxicomania sua e você está tentando parar ou tem algum amigo nessa situação, este artigo será um divisor de águas em suas vidas. Confira!

6
minutos de leitura

Quão importante é o seu cérebro para você? Esta pergunta soa estranha e parece surreal. Impossível alguém ser capaz de colocar um preço ou dar uma medida para a importância que este órgão vital tem para si. Por outro lado, milhões de pessoas colocam seu funcionamento em risco com o tabagismo.

Um estudo da King’s College London, na Inglaterra, revelou que o cigarro “apodrece” o cérebro, pois seu uso afeta diretamente a memória, o aprendizado e o raciocínio lógico. Isso só para começar a falar do problema. Afinal, a nicotina presente no tabaco, além de outras substâncias tóxicas que você conhecerá adiante, aumenta a chance de infarto, acidente vascular cerebral e de câncer de pulmão, para citar alguns exemplos.

O declínio cognitivo é um problema que se torna comum à medida que envelhecemos. No entanto, o tabagismo é um vício que antecipa em muitos anos este processo.

Para qualquer pessoa essa é uma má notícia, pois, com a redução da capacidade de pensamento, acontece necessariamente a diminuição da sua independência. Ou seja, seu bem-estar geral acaba sendo prejudicado.

Agora, já imaginou o que isso pode significar para alguém como você? Que está na flor da idade, encarando uma rotina de estudos e/ou em início de carreira? Isso, sim, é surreal.

Se você faz uso de cigarros e está tentando parar ou tem algum amigo nessa situação, os próximos parágrafos serão um divisor de águas em suas vidas. Faça bom proveito da leitura!

Como o tabagismo afeta o cérebro

O funcionamento do cigarro é por meio da combustão. Se você pensou em monóxido de carbono (CO) quando leu, a resposta é: sim, no ato de fumar, este elemento químico tóxico é levado para dentro do seu corpo.

Após ser inalado e distribuído pela corrente sanguínea, o CO interage com a hemoglobina presente no sangue. É ela quem transporta oxigênio pelo corpo. Mas, como o monóxido de carbono tem uma afinidade 200 a 300 vezes maior com esta célula, inalá-lo interfere drasticamente na oxigenação dos tecidos.

Juntamente com ele, há cerca de 4 mil outros componentes químicos presentes, como o alcatrão e a nicotina, que faz um estrago à parte ao desencadear o vício. Ela é uma substância estimulante que atua nos receptores dos neurônios que liberam neurotransmissores, como a dopamina e a noradrenalina.

Os neurotransmissores atuam no sistema de recompensa cerebral que tem influência direta sobre as nossas emoções. Esse sistema garante a motivação para realizar certas atividades.

A liberação da dopamina em regiões específicas do cérebro causa a sensação de prazer. Só que, sem a nicotina no sangue de quem é dependente, os receptores deixam de receber o estímulo da droga que os faz liberar os neurotransmissores. Assim, ocorre a crise de abstinência.

O tabagismo é causado pelo aumento da dopamina no circuitos de recompensa do cérebro. Em longo prazo, o cérebro passa a produzir menos dopamina, com a mesma dose. Então, a pessoa passa a fumar cada vez mais, colocando sua vida ainda mais em risco.

Além de causar a dependência, a nicotina eleva a quantidade de radicais livres no corpo, cuja consequência é o envelhecimento precoce e diminuição da capacidade física e respiratória. No cérebro, o aumento do risco de AVC e derrame está diretamente relacionado à baixa da capacidade cognitiva, como mencionamos anteriormente.

Leia também: Afinal, o que é saúde?

E o cigarro eletrônico (vape)?

Não, ele não é muito melhor do que o cigarro tradicional ou o paiol. Especialistas têm visto o cigarro eletrônico como um problema, principalmente, porque as pessoas tendem a perder a noção do tempo e consumir muito mais devido à sua praticidade.

Segundo um estudo publicado no Chemical Research in Toxicology, os cigarros eletrônicos ou “vapes” contém milhares de produtos químicos desconhecidos e substâncias não divulgadas pelos fabricantes. Coisa boa não deve ser, certo?

Visto que este tipo de cigarro funciona por meio da vaporização e não da combustão, seu uso remove o monóxido de carbono na equação. No entanto, o fumante continua inalando a nicotina, que é tóxica para o organismo. Isso sem contar seus danos particulares. Em 2019, cientistas descobriram a Evali: uma doença causada por lesão pulmonar que está diretamente ligada ao uso de vapes.

Como lidar com o estresse causado pelos estudos de forma saudável

Sabemos que a maior parte das pessoas recorre ao tabagismo como uma fuga em situações estressantes. Reduzir o estresse é muito importante para manter uma boa saúde, pois, quando em excesso, ele é o causador de maiores riscos de asma, artrite, cólica estomacal, entre outras enfermidades.

Porém, fumar cigarros ou vapes, definitivamente, não é a solução. Logo, são necessários mecanismos saudáveis para conseguir lidar com as pressões sociais e autocobranças sem criar novos problemas para o seu corpo e para a sua mente.

Algumas mudanças de hábitos podem ajudar neste processo. A primeira delas é a prática de exercícios físicos, que estimula a produção de endorfina, hormônio responsável pela sensação de bem-estar na corrente sanguínea, e redução da quantidade de cortisol - hormônio liberado em momentos de estresse.


Confira estas dicas: 9 alimentos que dão mais energia para os estudos


A meditação também é uma atividade bastante recomendada. Isso porque ela promove a higiene mental, possibilitando um estado de centramento e mindfulness.

Comemorar as pequenas conquistas a fim de manter a positividade diante aos desafios também é uma ferramenta de combate ao estresse. Pesquisas já mostraram que o sentimento de gratidão é capaz de elevar as taxas de felicidade e reduzir doenças físicas.

Caso sua saúde mental esteja debilitada para sequer cogitar esta última possibilidade, buscar ajuda especializada é a medida mais indicada. Um psicólogo ou um psiquiatra são os profissionais capacitados para isso.


Dicas para abandonar o tabagismo

Antes, contudo, o mais importante é parar de fumar. Será muito mais fácil aderir aos novos hábitos quando você romper com o vício. As crises de abstinência dos primeiros dias vão testar a sua determinação.

Fique firme! Milhares de pessoas já abandonaram o tabagismo e você também é capaz. Confira abaixo 5 dicas para enfrentar este desafio de cabeça em pé e garantir a saúde do seu cérebro para toda a vida.


  • Hidrate-se bastante, bebendo vários copos de água ao longo do dia;
  • Realize refeições menores fracionadas durante o dia a fim de combater a ansiedade;
  • Evite permanecer no mesmo ambiente com outros fumantes;
  • Observe os benefícios: sua pele ficará mais bonita, o paladar mais aguçado e o olfato mais sensível.

As crises de ansiedade causadas pela falta de nicotina no sangue do dependente podem ser muito violentas. Mais uma vez, buscar ajuda profissional é a melhor decisão que você vai tomar por você e por quem você ama.

E aí, gostou deste conteúdo? Aproveite para ler nosso artigo sobre como equilibrar o sono com os estudos aqui no Blog!