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Fake News: saiba como identificar desinformação nas redes sociais

Será que você anda espalhando fake news por aí? É hora de descobrir como não cair nessa!

6
minutos de leitura

Vivemos na era da informação, mas também da desinformação. Com o crescimento das redes sociais, as fake news se espalham mais rápido do que nunca, influenciando desde decisões pessoais até políticas públicas. Mas como saber se uma notícia é verdadeira ou falsa?

Neste artigo, você vai aprender o que são fake news e por que elas se espalham tão rápido, os riscos da desinformação na sociedade, como identificar as notícias falsas e as melhores ferramentas e sites para checar fatos.

Se você quer navegar pelas redes sociais com mais segurança, continue lendo!

O que são fake news?

Fake news são informações falsas ou distorcidas criadas e compartilhadas de propósito para enganar as pessoas, manipular opiniões ou até causar confusão na sociedade. Elas são como vírus digitais e se espalham rápido e podem causar muitos danos antes que a verdade corrija o estrago.

Há três principais disfarces das fake news. Confira!

Manchetes bombásticas

Aqueles títulos exagerados que parecem muito bons (ou muito ruins) para serem verdade, como "Cientista descobre cura definitiva para o câncer!" ou "Novo imposto vai acabar com a classe média". São feitas para provocar reações imediatas, fazendo você clicar e compartilhar sem checar.

Vídeos manipulados

São imagens reais editadas de forma maliciosa, como cortes que mudam completamente o sentido de uma fala, legendas adulteradas ou até deepfakes (aqueles vídeos ultrarrealistas gerados por inteligência artificial). Um político dizendo "vamos melhorar a educação" pode virar "vamos acabar com a educação" com alguns cortes estratégicos.

Fotos enganosas

Desde montagens grosseiras até imagens verdadeiras usadas no contexto errado. Uma foto de enchente de 2010 pode circular como se fosse de um temporal recente, ou uma imagem de protesto em outro país pode ser compartilhada como se fosse na sua cidade.

Por que as fake news se espalham tão rápido?

O fenômeno das fake news não é por acaso. Ele se aproveita de falhas humanas e sistemas digitais para se disseminar em velocidade impressionante. Vamos entender os principais motivos por trás desse processo!

Fatores emocionais

Notícias falsas costumam ser criadas para provocar reações intensas, medo, indignação, surpresa ou até euforia. Quando algo nos choca ou confirma nossos medos, nosso cérebro prioriza aquela informação e temos um impulso quase automático de compartilhar.

É por isso que manchetes exageradas ou teorias conspiratórias ganham tanto alcance: elas exploram nossos instintos mais primitivos.

Viralização

Os algoritmos que organizam o que vemos online não foram feitos para checar a verdade. Na prática, eles priorizam conteúdos que geram interação (likes, comentários, compartilhamentos).

Ou seja: uma notícia falsa, mas polêmica, pode ser impulsionada muito mais que uma informação correta, porém menos "emocionante". Quanto mais pessoas reagem, mais o sistema acha que aquilo é relevante e mostra para outras.

Aceitação da verdade

Aqui entra o viés de confirmação: tendemos a aceitar como verdade o que já está alinhado com nossas crenças, mesmo sem evidências. Se uma fake news confirma algo que você sempre desconfiou, a chance de compartilhar sem verificar é grande.

E pior: quando alguém tenta corrigir, muitas vezes a pessoa se apega ainda mais à mentira, porque admitir o erro é psicologicamente doloroso.

Efeito manada

Quando vemos uma notícia sendo repassada por amigos, familiares ou até figuras públicas, nosso cérebro interpreta: "se tantas pessoas estão falando, deve ser verdade". Esse efeito manada é perigoso porque substitui a checagem por um falso consenso social coletivo.

Além disso, as fake news muitas vezes são apresentadas com linguagem simples e conclusões definitivas. Isso é algo que nosso cérebro adora, pois evita o trabalho de pensar em nuances.

Quais são os perigos da desinformação?

As consequências das fake news vão muito além de uma simples mentira. Algumas delas incluem:

  • política, pois há manipulação de eleições e aumento da polarização;
  • relacionamentos, pois causam brigas entre amigos e familiares;
  • saúde pública, com boatos sobre vacinas ou tratamentos falsos que colocam vidas em risco.

Quer um exemplo? Em junho de 2025, uma notícia foi divulgada por veículos como a BBC, contando a história da jovem Paloma Shemirani, de 23 anos. Ela perdeu a vida em 2024, devido ao avanço de um quadro de leucemia.

Os irmãos de Paloma, Gabriel e Sebastian, afirmam que a morte da irmã foi culpa da mãe deles, Kate. Segundo eles, a mulher seria contra qualquer tipo de tratamento médico convencional, como a quimioterapia. Assim, fez com que a filha fizesse uso de tratamentos alternativos e sem embasamento científico.

Esse tipo de atitude e divulgação de procedimentos não validados pela ciência — com curas “milagrosas” e normalmente acompanhados do descrédito científico — são bem comuns. Por isso, é preciso ficar de olho e informar as pessoas sempre que possível.

Como identificar fake news?

É hora de aprender a reconhecer as fake news e conferir se o que você está lendo é realmente verdade. Vamos lá?

Desconfie de manchetes bombásticas

Quando vir um título bombástico como "Cientista descobre cura definitiva para o câncer!", acenda o sinal de alerta. Notícias verdadeiras costumam ser mais moderadas. Uma boa prática é verificar se portais jornalísticos conhecidos (como BBC, G1 ou UOL) também estão reportando o fato.

Analise a fonte

Preste atenção no site que publicou a notícia. Sendo assim, endereços suspeitos como "notíciasurgentes.net" devem levantar suspeitas.

Outro ponto: notícias confiáveis sempre citam fontes específicas, como especialistas reconhecidos ou instituições oficiais. Se o texto só diz "especialistas afirmam" sem nomes, desconfie.

Procure a notícia em outros lugares

Copie o título da notícia e jogue no Google. Se só aparecer em blogs desconhecidos ou sites suspeitos, é grande a chance de ser falsa. Notícias verdadeiras costumam ser reproduzidas por vários veículos de comunicação.

Cheque a data

Muitas fake news usam imagens ou vídeos antigos fora de contexto. Sempre cheque quando o conteúdo foi originalmente publicado. Afinal, aquela "notícia urgente" pode ser um fato antigo sendo reapresentado como se fosse novo.

Veja se há provas

Dados oficiais de órgãos como Ministério da Saúde ou IBGE são muito mais confiáveis do que testemunhos vagos. Se a notícia cita pesquisas, verifique se menciona qual instituição realizou o estudo e com que metodologia.

Use ferramentas de checagem de fatos

Felizmente, existem sites especializados em desmentir fake news:

Não compartilhe sem certeza

Se você não tem 100% de certeza que uma informação é verdadeira, o melhor é não repassar. Lembre-se: quando compartilhamos fake news, mesmo sem querer, estamos ajudando a espalhar mentiras.

A desinformação prejudica a sociedade, mas cada um pode fazer sua parte quando o assunto é combater as fake news. Por isso, sempre cheque antes de compartilhar e não deixe de ensinar os amigos e os familiares a identificar fake news.

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