Conheça 8 áreas de atuação do profissional de Educação Física
Nos últimos anos, os educadores físicos têm conquistado cada vez mais campos de atuação. Conheça as áreas de atuação do profissional de Educação Física.
A busca pelo bem-estar e pela superação dos limites impostos pelo próprio organismo sempre foi uma preocupação do ser humano. Prova disso é o fato de que a Educação Física existe desde a Grécia Antiga, sendo até incluída na matriz de atividades da Academia de Platão. Criada em 386 a.C., esta disciplina já era dirigida pelos princípios de promoção de bem-estar e de alcance de uma vida mais saudável.
Todavia, com o passar dos séculos, muita coisa mudou graças ao desenvolvimento tecnológico e teórico, que por sua vez também fomentaram novas demandas sociais a serem alcançadas com a orientação de especialistas.
Quer conhecer as principais áreas de atuação para educadores físicos? Então, continue a leitura!
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1) Musculação e aeróbico
Esta área possui pelo menos duas formas de atuação: como professor em uma academia, orientando vários alunos ao mesmo tempo, ou como personal trainer, oferecendo atendimento individual e personalizado. Em ambos os casos, a principal atividade envolve o desenvolvimento de fichas de exercícios de acordo com as expectativas e necessidades de cada cliente.
Mas o trabalho não acaba por aí. Mais importante ainda é o acompanhamento durante a execução dos exercícios propostos, pois a repetição de movimentos de forma incorreta pode acarretar vários danos à saúde. Portanto, o educador físico precisa estar com 100% da atenção voltada aos seus alunos quando estiver trabalhando, principalmente, quando a musculação for feita por meio do CrossFit – um programa fitness, que surgiu nos anos 2000 nos Estados Unidos.
Isso porque a intensidade das sessões junto à competitividade incentivada entre os alunos durante a prática pode distraí-los da técnica correta e fazê-los ignorar os limites de seu próprio condicionamento físico, o que tende a causar lesões graves.
2) Pesquisa
Esta carreira é para quem deseja contribuir com os avanços técnicos da Educação Física. Como pesquisador, você estudará a fundo as teorias que dão suporte à área, descobrindo inovações que tragam mais saúde às pessoas e também métodos que possam ampliar ainda mais o desempenho do corpo humano.
Além disso, tudo quanto há de conteúdos novos para atualização profissional é de enorme importância para quem iniciará sua formação no futuro. Logo, ao optar pela pesquisa, você também terá a chance de ser professor universitário, lecionando sobre uma ou mais matérias da matriz curricular após completar seu mestrado. Para tanto, o diploma a ser adquirido deve ser em licenciatura e não bacharelado.
3) Esportes
Não é somente com foco em musculação que o educador físico pode ocupar o cargo de personal trainer. Há muita gente que prefere buscar um melhor desenvolvimento motor a partir da prática esportiva, por ser mais dinâmica, e os esportes de categoria individual também exigem profissionais capacitados para o estabelecimento de treinos personalizados.
E não são apenas atletas de alta performance que podem ser seus clientes. Mesmo durante a pandemia, o interesse dos brasileiros por esportes continuou em crescimento, passando de 58% em 2018 para 69% em 2020. Entre os esportes que se tornaram mais populares estão o surfe e o skate, que requerem uma boa base de aprendizado para serem praticados.
Outra modalidade praticada ao ar livre que tem sido muito procurada é a corrida. Com isso, atletas amadores começaram a investir em equipamentos, como pulseiras para medição de batimento cardíaco, vestuário adequado e preparo físico, principalmente com a orientação de um profissional competente.
4) Ensino
Quando falamos sobre pesquisa, já colocamos em pauta o exercício da docência no que se refere ao ensino superior. No entanto, existe também demanda por educadores físicos em escolas para lecionar a disciplina de Educação Física a alunos do ensino fundamental e médio.
Para quem aprecia jogos, recreação e conhecer as regras de diferentes esportes, esta é uma área bastante recomendada. Vale ressaltar que também é essencial gostar de crianças e adolescentes e saber lidar com suas necessidades específicas para ser um bom profissional nesse ramo.
Por fim, há ainda a possibilidade de ser técnico de equipe escolar, o que já traz um nível de responsabilidade e de entrega maior. Muitos colégios oferecem esportes como atividade extracurricular para os estudantes interessados em se desenvolver como atletas, inscrevendo-os em ligas regionais com a permissão dos responsáveis.
5) Artes Marciais
Muitas das artes marciais sobre as quais falaremos neste tópico já foram até incluídas dentre as modalidades olímpicas. Porém, seria errado caracterizá-las somente sob a alcunha de “esporte”, pois a priori o Caratê e o Taekwondo, por exemplo, foram criados como técnicas de combate.
Devido ao gasto calórico massivo resultante da prática de artes marciais, contudo, elas tornaram-se uma opção de atividade física aeróbica, principalmente para quem não tem paciência para academia. A exigência por disciplina e o potencial competitivo também atraem muitos praticantes no Brasil, sendo mais uma alternativa de carreira para os educadores físicos.
6) Ginástica laboral
O cuidado com a saúde dos funcionários nas empresas tem sido cada vez maior. Por isso, gestores e equipes de Recursos Humanos têm buscado melhorias para o bem-estar deles, ainda mais em consequência da pandemia. É comum que muitos trabalhadores passem longas horas sentados em frente ao computador e façam movimentos repetitivos.
Portanto, a ginástica laboral é muito recomendada nas empresas. E é nesse cenário que entram os educadores físicos. Este profissional pode atuar como prestador de serviço ou contratado de uma empresa para dar aulas de ginástica laboral.
7) Reabilitação
O educador físico pode atuar em hospitais, clínicas e instituições de saúde para ajudar no condicionamento e fortalecimento físico de pacientes. Segundo a resolução do Conselho Federal de Educação Física, na atenção primária à saúde, este profissional pode promover programas de atividade física para comunidades locais, ou orientar a prática individual em casa, por exemplo.
Além disso, em hospitais, eles trabalham reeducando pacientes para prevenir que o problema de saúde retorne ou piore.
Ainda, o educador físico também pode trabalhar na reabilitação de pacientes pós-Covid. Em dezembro de 2021, o Ministério da Saúde publicou uma portaria que modificou a Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPM) do Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, o documento também inclui o profissional de Educação Física entre as categorias atuantes na reabilitação pós-Covid.
8) Empreendedorismo em saúde
Apesar de serem bastante distintas entre si, todas as áreas listadas acima têm um pré-requisito em comum: o talento para ensinar. Ou seja, são carreiras para indivíduos com boa articulação comunicativa e habilidades interpessoais fortes. Mas, e empreender com um diploma de Educação Física, também é possível?
A resposta é: claro que sim! Além de poder investir em uma academia ou templo de luta próprio para construir um ambiente com a sua visão de negócio, existe ainda o mercado de healthtechs em ascensão.
Healthtechs são serviços digitais que têm transformado a saúde e a atuação de profissionais nesse setor por meio do oferecimento de soluções que transcendem as limitações humanas. Entre as pessoas que melhor entendem sobre bem-estar e desempenho fisiológico estão os educadores físicos, como você poderá ser em breve.
A Afya possui um projeto de empreendedorismo dentro de todas as Instituições de Ensino (IES) para que seus alunos tenham uma formação empreendedora desde a faculdade. Então, não pense duas vezes na hora de se inscrever em nosso próximo vestibular.
Abaixo estão as nossas duas IES que oferecem o curso de Educação Física para você escolher: