Como saber se eu tenho vocação para Medicina?

“A paixão pela Medicina deve ser a base de todo médico, pois, sem ela, não se consegue oferecer um atendimento de qualidade”. Essa foi a resposta do Dr. Nicolau Esteves, o médico idealizador da Afya – hoje maior hub de educação e soluções médicas do Brasil, quando questionado sobre o assunto.  

Quando relembramos o juramento de Hipócrates, ao qual todos os estudantes de Medicina devem se comprometer, tal frase faz todo sentido. É parte desse compromisso:

• Consagrar a vida ao serviço da humanidade;

• Priorizar a saúde e o bem-estar dos pacientes;  

• Respeitar a autonomia e a dignidade dos pacientes;  

• Respeitar a vida humana;  

• Não permitir que crenças pessoais surjam entre o dever e o paciente;  

• Respeitar os segredos confiados, mesmo após a morte do paciente;

• Exercer a profissão com consciência e dignidade;  

• Fomentar a honra e as tradições da profissão médica;

• Respeitar os mestres, colegas e alunos;  

• Partilhar os conhecimentos médicos para melhorar a saúde.

Com isso em mente, ficará fácil entender o checklist que trouxemos abaixo. Depois de ler cada um dos pontos, você certamente vai descobrir se tem vocação para a Medicina ou não.  

1. Paixão por ajudar os outros

Tudo começa com um desejo genuíno de ajudar as pessoas, pois a Medicina não é apenas uma profissão, mas um chamado nascido da necessidade de impactar positivamente a vida das pessoas. Você sente prazer em cuidar de estranhos e aliviar o sofrimento? Isso já tem um bom indicativo.  

2. Interesse pela saúde e pelo bem-estar

A Medicina é uma carreira em que o conhecimento técnico é importante, mas isso é o mínimo que se espera de qualquer profissional. Nesse âmbito, o que realmente faz a diferença é a atenção ao paciente e o interesse em tirar o máximo da biologia pelo funcionamento do corpo humano.  

3. Resiliência e capacidade de lidar com desafios

A Medicina é exigente, com desafios constantes, que vão desde o lidar com situações difíceis de vida ou morte até o convívio com a pressão e a responsabilidade do cuidado médico. Busque dentro de você a capacidade de lidar com esses desafios e continuar se dedicando antes de se comprometer com essa graduação.  

4. Habilidade de se conectar com as pessoas

Independentemente das tecnologias e inovações, no fim do dia, o que realmente importa dentro de um hospital são as conexões humanas – o que requer uma habilidade essencial: a empatia. Hoje, a Medicina humanizada não é mais um diferencial, mas um princípio básico. Assim, todo médico deve ser uma pessoa que se importa com o ser humano por trás da doença, sendo capaz de se conectar com as necessidades emocionais e físicas de seus pacientes.

5. Gostar de aprendizado constante

“É importante buscar sempre mais conhecimento e aprender continuamente", afirma o Dr. Nicolau. Isso se deve ao fato de a Medicina ser uma área em constante evolução, onde o aprendizado nunca para. É essencial, portanto, se manter atualizado e motivado pelo aprendizado contínuo para descobrir técnicas, explorar novas possibilidades e resolver problemas complexos.

6. Desejo de fazer a diferença na sociedade

A saúde de modo geral é um setor que tem impacto direto na realidade de um país. Logo, a atuação em locais com menos recursos ou em situações de necessidade é trazida aos estudantes como uma possibilidade de exercer o cerne dessa profissão, seja em uma capital, numa cidade do interior ou em meio a um desastre natural.  

7. Capacidade de lidar com a pressão e imprevistos

Já dizia o tio Ben, “com grandes poderes, há grandes responsabilidades”. Em emergências, um médico precisa agir rapidamente, e um minuto pode ser decisivo para salvar ou perder uma vida. De forma similar, essa pressão se estende até às consultas eletivas, onde qualquer descuido pode levar ao agravamento de uma doença por um sinal que passou despercebido.

8. Interesse em atuar em diversas frentes

A Medicina não é apenas clínica; envolve também ensino, pesquisa, empreendedorismo, entre outros campos. A flexibilidade e a possibilidade de se adaptar em diferentes áreas para atuar em diversas frentes faz parte da realidade de qualquer carreira única, sendo muito positiva para quem não tem medo de recalcular a sua rota no meio do caminho.  

9. Capacidade de trabalhar em equipe

Embora envolva habilidades técnicas, essa profissão também exige habilidades interpessoais fortes, tanto para lidar com outros médicos quanto com enfermeiros, administradores e pacientes. Essa capacidade de se comunicar respeitosamente e com a devida atenção com diferentes tipos de pessoas é característica de quem valoriza o relacionamento humano, sendo um forte indicativo de vocação para a Medicina.

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