10 mitos médicos que você precisa saber a verdade
Será que a informação médica que você recebeu é verdadeira? Confira alguns mitos e verdades sobre saúde!

Estamos em uma era na qual as informações chegam muito rápido até nós, na velocidade de apenas alguns cliques. Ao mesmo tempo que isso é positivo, pode ser algo extremamente perigoso, já que elas nem sempre têm uma base científica sólida.
Por isso, muitas dessas informações são mitos — crenças que se espalham rapidamente e que podem impactar a nossa saúde negativamente. Eles podem surgir de fontes diversas: ideias populares que foram transmitidas por gerações, desinformação por parte de figuras públicas e até mesmo fake news propagadas nas redes sociais.
Dessa forma, a compreensão e o esclarecimento desses mitos médicos são cruciais para que possamos tomar decisões informadas e seguras sobre a nossa saúde! E então, que tal conhecer mais sobre eles? Continue para tirar as suas dúvidas e desvendar o que é real e o que é falso. Vamos lá?
1. MITO: Vacinas causam autismo
Um dos mitos mais persistentes na Medicina moderna é a crença de que vacinas, especialmente a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), podem causar autismo. Essa ideia surgiu após um estudo fraudulento na década de 1990, que posteriormente foi desmentido e retirado das publicações científicas.
E o pior: essa notícia foi utilizada como trampolim para o movimento antivacina, que fez com que as taxas de vacinação caíssem em diversos pontos do mundo, inclusive no Brasil.
Na verdade, diversos estudos realizados ao longo dos anos comprovaram que não há nenhuma relação entre vacinas e autismo. Na verdade, as vacinas são essenciais para prevenir doenças graves, algumas delas com potencial de causar epidemias. Ignorar essa proteção por conta de um mito coloca não só a pessoa em risco, mas também toda a comunidade!
2. MITO: Comer à noite engorda mais
Existe a crença de que comer antes de dormir faz com que o corpo armazene mais gordura, contribuindo para o ganho de peso. Essa ideia se popularizou e gerou uma percepção de que as calorias consumidas à noite são mais prejudiciais.
Se você acredita nisso, não precisa se preocupar: o seu corpo não sabe em qual momento do dia estamos. O ganho de peso é, na verdade, resultado de um desequilíbrio calórico — ou seja, o ato de consumir mais calorias do que o corpo gasta.
Comer à noite em si não provoca ganho de peso, desde que a quantidade de calorias ingeridas esteja de acordo com as necessidades diárias. No entanto, comer comidas mais “pesadas” antes de dormir pode prejudicar a digestão e causar mal-estar. Então, fique de olho!
3. MITO: Antibióticos são a solução para qualquer infecção
Muitas pessoas acreditam que os antibióticos são medicamentos milagrosos que curam qualquer tipo de infecção.
No entanto, esses medicamentos são eficazes apenas contra infecções bacterianas, sendo ineficazes contra infecções virais, como gripes e resfriados comuns. Assim, estamos frente a outro importante mito médico.
E mais: o uso indiscriminado de antibióticos pode levar ao desenvolvimento de bactérias resistentes, que são mais difíceis de tratar e podem levar a infecções mais graves. Por isso, é fundamental usar antibióticos apenas sob orientação médica e completar o ciclo recomendado, para evitar a resistência bacteriana.


4. Estalar os dedos causa artrite
Você é do tipo de pessoa que adora estalar os dedos? Esse é um hábito comum e que muitas vezes preocupa, pois muitos acreditam que esse movimento repetido pode levar à artrite.
Mas pode estalar à vontade! Não há nenhuma evidência científica de que estalar os dedos cause essa doença. O som que ouvimos ao estalar os dedos é resultado do deslocamento de bolhas de gás no fluido sinovial, que lubrifica as articulações.
Portanto, embora estalar os dedos repetidamente possa causar um leve inchaço nas articulações no longo prazo, isso não está relacionado ao desenvolvimento de artrite.
5. MITO: Enxaqueca é “apenas” uma dor de cabeça forte
É comum ouvir que a enxaqueca nada mais é do que uma dor de cabeça intensa e que pode ser tratada como qualquer outra dor.
Na verdade, trata-se de uma condição neurológica complexa, que vai além de uma simples dor de cabeça. Ela pode causar sintomas debilitantes, como náuseas e sensibilidade à luz e ao som, além de alterações na visão.
Por isso, a enxaqueca necessita de um tratamento adequado e, em alguns casos, pode exigir medicação específica e acompanhamento médico regular.
6. MITO: A vitamina C previne ou cura resfriados
Quem nunca ouviu essa, não é mesmo? A ideia de que a vitamina C é uma cura milagrosa para resfriados é uma das crenças populares mais disseminadas.
Mas será verdade? Não 100%. Embora a vitamina C tenha seu papel no fortalecimento do sistema imunológico, ela não é capaz de prevenir ou curar um resfriado por si só. Na verdade, a cura se dá a partir do fim do ciclo de vida do vírus, que acontece de forma natural.
De modo geral, a vitamina C pode, no máximo, reduzir a duração e a intensidade dos sintomas em pessoas que já estão resfriadas, mas ela não impede que o vírus atinja o organismo. O que realmente ajuda a evitar resfriados é a boa higiene, como lavar as mãos e evitar contato com pessoas doentes.
7. MITO: Apenas pessoas idosas precisam se preocupar com colesterol
Muitas pessoas acreditam que o colesterol alto é uma preocupação apenas para idosos, ignorando o impacto que ele pode ter nas outras fases da vida.
No entanto, o colesterol elevado pode afetar pessoas de todas as idades e, quando não controlado, representa um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas e AVC.
Nesse contexto, uma dieta balanceada e a prática regular de exercícios físicos ajudam a manter o colesterol em níveis saudáveis. Controlar o colesterol deve ser um cuidado preventivo em qualquer idade!
8. MITO: Beber muita água desintoxica o organismo
A crença de que beber grandes quantidades de água ajuda a “desintoxicar” o corpo e a eliminar impurezas é amplamente difundida.
Apesar disso, ela não é totalmente verdadeira. A água é, sim, essencial para manter a hidratação e o bom funcionamento do organismo, mas os rins já são os responsáveis naturais pela eliminação de toxinas e resíduos.
Por isso, fique atento! Beber quantidades excessivas de água pode até causar um desequilíbrio de eletrólitos, o que, em casos extremos, é prejudicial. A ingestão de água deve ser suficiente para manter o organismo hidratado, mas não precisa ser exagerada.
9. MITO: Celulite é causada por excesso de peso
A celulite é frequentemente associada ao ganho de peso, e muitas pessoas acreditam que ela só ocorre em quem está acima do peso ideal. Outro mito!
A celulite é causada por fatores como predisposição genética, hormônios e estrutura da pele. É por isso que mesmo pessoas magras podem apresentá-la, já que ela está relacionada a fatores internos, e não ao peso corporal.
Embora uma dieta equilibrada e exercícios físicos possam melhorar a aparência da pele, eles não são uma garantia contra a celulite.
10. MITO: Chocolate provoca acne
Outra ideia muito frequente, sendo um mito persistente no mundo da Medicina e da beleza. Na verdade, a relação entre chocolate e acne ainda é tema de estudo, mas até agora não há evidências científicas sólidas de que o consumo de chocolate seja um causador direto de espinhas.
Assim, acredita-se que o que pode contribuir para o surgimento da acne são os altos índices de açúcar e gordura presentes em alimentos ultraprocessados, que podem desregular a produção de óleo da pele.
Esses são apenas alguns exemplos dos inúmeros mitos médicos que circulam por aí! Você conhecia algum deles? Acreditar em informações incorretas pode comprometer seriamente a saúde e o bem-estar. Por isso, é fundamental sempre consultar profissionais de saúde capacitados e recorrer a fontes confiáveis quando surgirem dúvidas sobre temas de saúde.
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