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Transplante de rins: quais são as indicações e riscos?

Transplante de rins: você sabe quando e como é necessário fazer este procedimento? Leia e descubra agora!

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Os rins desempenham um papel crucial na manutenção das funções vitais, garantindo o equilíbrio adequado na excreção de fluidos e eletrólitos do corpo. No entanto, quando a função renal está comprometida e afeta o bem-estar geral, o transplante de rins pode ser a solução.

Se você está se preparando para o vestibular de Medicina, confira as principais informações sobre o transplante renal. Descubra como funciona o processo de doação de órgãos no país, quais são os critérios para ser doador ou receptor de órgãos, e entenda o funcionamento desse sistema vital.

Saiba mais sobre as doenças que podem comprometer a saúde renal, os riscos associados ao transplante, as condições que podem levar à falência renal e a importância de uma intervenção imediata. Aproveite a leitura!

Como funciona o processo de doação de órgãos no Brasil?

Muitas vezes, o transplante de órgãos — e a doação de medula óssea — pode ser a solução para situações graves ou até mesmo a única esperança de vida. A doação de órgãos deve ser vista como uma causa nobre, oferecendo uma nova chance para aqueles que necessitam de um transplante.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o maior programa público de transplante do mundo. Confira o fragmento do texto extraído do site do Governo Federal:

Pelo SUS, cerca de 87% dos transplantes de órgãos são feitos com recursos públicos, permitindo que cada vez mais pessoas tenham uma vida melhor.
Mas para continuar assim, é preciso que a população se conscientize da importância do ato de doar um órgão. Por isso, se você quer ser doador de órgãos, avise à sua família.
O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido normal de um doador, vivo ou morto.
Para efetivar a doação existem vários critérios determinados pelo Conselho Federal de Medicina. A conduta varia conforme o tipo de doador. Dois médicos diferentes examinam o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar, que é interpretado por um terceiro médico.

Tipo de doadores

Todas as pessoas que desejam ser doadoras devem, primeiramente, conversar com sua família sobre a decisão. No Brasil, a doação para transplante de órgãos só será feita mediante autorização familiar.

Existem dois tipos de doadores: vivos e falecidos. No caso do doador vivo, qualquer pessoa pode doar, desde que concorde com a doação e esteja em boas condições de saúde, sem condições que possam prejudicar sua própria saúde. No transplante de rins, o doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão.

Conforme a legislação, parentes até o quarto grau e cônjuges também podem ser doadores. Já pessoas que não são parentes só podem doar mediante comprovação de sua vontade e autorização judicial.

Órgãos também podem ser extraídos de doadores falecidos, que são pacientes com diagnóstico de morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou de derrame cerebral.

Após a retirada, os órgãos são destinados a pacientes na lista única de espera para transplantes. A alocação é feita pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes, que é subordinado ao SUS.

Como é o funcionamento dos rins?

Os rins são órgãos pares e essenciais do sistema urinário, desempenhando várias funções vitais, incluindo a filtração do sangue e a regulação do equilíbrio de fluidos e eletrólitos no corpo.

Assim, os rins são fundamentais para a manutenção da homeostase do organismo. Em caso de complicações de saúde que comprometam a função renal, o paciente é inicialmente encaminhado para hemodiálise. Se essa solução não for viável, o próximo passo pode ser o transplante de rins.

Aqui estão as funções mais relevantes dos rins:

  • filtração do sangue;
  • formação da urina;
  • regulação do equilíbrio hidroeletrolítico;
  • excreção de resíduos;
  • produção de hormônios.

Quando é indicada a hemodiálise?

A hemodiálise é um tratamento crucial que pode salvar vidas, mas não é uma cura para a doença renal. Ela oferece uma filtração mecânica que simula as funções dos rins.

Em geral, a hemodiálise é indicada em situações específicas, quando os rins não estão desempenhando adequadamente suas funções de filtração e excreção de resíduos.

Aqui estão algumas condições que indicam a necessidade de hemodiálise:

  • insuficiência renal crônica;
  • insuficiência renal aguda;
  • complicações clínicas devido à falência renal;
  • preparação para transplante renal.

Quais doenças levam à falência renal?

Se diagnosticadas precocemente, a maioria das doenças não evolui para complicações graves. No entanto, pacientes com fatores de risco devem ser monitorados constantemente por uma equipe multidisciplinar de saúde.

Algumas doenças mais graves e parasitoses — como a doenças de Chagas — podem agravar e cronificar problemas renais. Por isso, o diagnóstico precoce é crucial para iniciar intervenções adequadas e estabilizar as funções renais.

Entre as doenças que mais podem levar à necessidade de transplante renal, destacam-se:

  • diabetes mellitus;
  • hipertensão arterial;
  • glomerulonefrite;
  • doenças renais policísticas;
  • câncer.

Como é a recuperação pós-cirurgia?

Como vimos, o transplante renal é uma opção de tratamento para pacientes com insuficiência renal crônica avançada. Após o procedimento, o paciente deve manter repouso quase absoluto até receber alta.

Seguindo as orientações médicas, o paciente pode ter uma excelente recuperação pós-cirurgia. Vale lembrar que cada caso possui suas particularidades, que devem ser consideradas no processo de recuperação.

Por fim, é importante destacar que o transplante de rins é uma intervenção que visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Portanto, se você está se preparando para o Enem, essa temática deve ser inserida em seus estudos, tanto para as provas interdisciplinares quanto para a redação.

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