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Terapia medicamentosa para HAS: conheça as classes de anti-hipertensivos

Conhecer as classes de anti-hipertensivos e suas ações é fundamental na eleição da melhor terapia medicamentosa para HAS. Entenda

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a hipertensão arterial sistêmica (HAS) afete cerca de 30% da população mundial. Categorizada como doença crônica, a HAS não tem cura e se caracteriza por ser uma doença silenciosa, de difícil diagnóstico nos casos em que o indivíduo não faz um acompanhamento médico de rotina. Contudo, uma vez que ela é detectada, caberá ao médico orientar o paciente a seguir o tratamento para administração dos sintomas e evitar de complicações da maneira correta, o que inclui terapia medicamentosa por toda a vida, em grande parte dos casos.

Nesse sentido, conhecer a classe de anti-hipertensivos disponíveis no mercado, como eles funcionam, os efeitos colaterais associados ao uso e outras informações relevantes é de suma importância, principalmente quando se considera que o paciente com HAS tem, na maioria das vezes, outras comorbidades. É sobre isso, portanto, que trataremos neste artigo.

HAS: principais causas e fatores de risco

Acredita- se que 90% dos casos de desenvolvimento de hipertensão arterial sistêmica estejam ligados a fatores genéticos, segundo o Ministério da Saúde. Entretanto, o estilo de vida não saudável também tem influência no desenvolvimento da doença, o que inclui: 

  • Consumo elevado de sal.
  • Obesidade e sobrepeso.
  • Sedentarismo.
  • Tabagismo.
  • Consumo elevado de bebidas alcóolicas
  • Exposição frequente a situações de estresse.
  • Níveis elevados de colesterol ruim (LDL) no sangue.

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Diagnóstico e terapia medicamentosa para HAS

É considerado um paciente com hipertensão arterial sistêmica aquele que tem a pressão arterial elevada, sistematicamente, com valores iguais ou superiores a 14 por 9. Em situações em que o diagnóstico é feito em consultas de rotina ou por observação do paciente, a conduta médica deverá ser a de tratamento não medicamentoso (TNM), o que consiste na orientação para mudança do estilo de vida.

Entre as recomendações para início da TNM estão:

  • Prática regular de atividades físicas;
  • Controle o peso corporal por meio de alimentação adequada e exercícios;
  • Redução do consumo de álcool;
  • Abandono do tabagismo;
  • Evitação do estresse e inclusão de atividades prazerosas na rotina.

Entretanto, uma das grandes dificuldades do diagnóstico da doença está no fato de que dificilmente ela provoca sintomas. Por outro lado, quando eles surgem, é sinal do agravamento da doença por falta de tratamento, o que pode incluir: dores de cabeça, vômito, dispneia, visão borrada e agitação.

Nesses casos, muitas vezes, será necessário iniciar a terapia medicamentosa para controle da pressão arterial (PA). Essa deverá ser a abordagem também quando o paciente não apresentar a resposta esperada ao TNM dentro do prazo de 90 dias cumprindo todas as recomendações que foram dadas. Nesse sentido, vale lembrar que o suporte à mudança de estilo de vida é fundamental.

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Como deve ser a terapia medicamentosa para HAS?

Primeiramente, é necessário enfatizar que o objetivo do tratamento de HAS, segundo o Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia é reduzir a morbidade e mortalidade cardiovascular do paciente com hipertensão. Sequencialmente, ao dar início à terapia medicamentosa para controle da PA é fundamental reforçar com o paciente que os cuidados com o estilo de vida serão fundamentais para o sucesso do tratamento, mesmo diante da administração de medicamentos.

A terapia em si, por sua vez, deverá ser iniciada com as doses mínimas indicadas do medicamento escolhido, que deverão ser elevadas, gradativamente, em caso de necessidade, com associação de outras drogas a fim da obtenção de melhor resposta do organismo. É recomendado, ainda, que a mudança da conduta seja feita após a observação do paciente por cerca de 4 semanas. É importante lembrar, no entanto, que algumas situações exigirão que mais de um medicamento seja administrado desde o início do tratamento. Por isso é tão importante conhecer a classe de anti-hipertensivos. Saiba mais sobre eles no quadro a seguir.

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Além de conhecer bem as classes de anti-hipertensivos, é sempre importante observar alguns princípios gerais antes de iniciar o tratamento medicamentoso. 

  • Eficácia do medicamento via oral
  • Tolerância do medicamento pelo paciente
  • Administração pelo menor número de vezes durante o dia
  • Início do tratamento com preconização de doses mínimas
  • Consideração das condições socioeconômicas do paciente para fins de continuidade do tratamento

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