Surto de Febre Maculosa: tudo o que você precisa saber sobre a doença

Em 2023, vários casos de febre maculosa foram noticiados, com quadros graves e até óbitos nas cidades de Campinas no estado de São Paulo e Manhuaçu em Minas Gerais, entre outras. Diante disso, achamos válido trazer este assunto para o nosso blog. 

Afinal, a informação é a melhor arma contra o adoecimento. E, além disso, assuntos atuais sempre são pauta para questões do Enem e demais vestibulares. Então, confira nosso conteúdo até o fim!

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O que é a Febre Maculosa?

A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria do gênero Rickettsia. Ela foi reconhecida pela primeira vez em 1929, sendo detectada primeiramente em áreas rurais dos estados de São Paulo e de Minas Gerais. Depois, casos da doença também começaram a aparecer no Rio de Janeiro, no Espírito Santo e na Bahia.

Uma pessoa infectada pode sofrer com a inflamação de seus vasos sanguíneos com pouca ou muita gravidade. A piora do caso acontece muitas vezes devido à semelhança que seus sintomas têm com o de outras enfermidades, o que causa o atraso do diagnóstico certo.

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Sinais e sintomas da doença 

Como dissemos anteriormente, os sintomas da febre maculosa são fáceis de confundir, por exemplo, com arboviroses como dengue, chikungunya e zika. De início, a pessoa infectada sente dores de cabeça intensa, dores musculares, falta de apetite e cansaço acompanhados de febre alta.

Com o avanço da doença, o quadro fica mais complexo e surgem manchas avermelhadas na pele e náuseas. Tais lesões dérmicas no início se parecem com as picadas de carrapato que, às vezes, podem apresentar hemorragias. Depois, quando o quadro já está mais grave, as complicações evoluem para insuficiência renal e problemas respiratórios.

Uma particularidade da febre maculosa é que essas manchas hemorrágicas aparecem na palma da mão e na planta dos pés, sendo seu sinal mais evidente. Isso não é muito comum em outras enfermidades, como o sarampo e a rubéola, por exemplo.

No momento da anamnese, o melhor auxiliar do médico será perguntar o histórico do paciente, se ele esteve em áreas rurais ou locais onde foram registrados casos da doença. Em geral, os sintomas demoram de sete a dez dias para aparecer. 

Áreas de risco e como se prevenir da febre maculosa

Apesar de ser a cidade com maior registro de casos no Brasil, Campinas não é a única região onde a febre maculosa é endêmica. Todo o Sudeste brasileiro possui uma habitual e constante incidência da doença, com taxas de letalidade que passam de 50% de acordo com o Ministério da Saúde.

No campo, a presença de carrapatos é comum e isso faz com que o risco de ser infectado pela doença seja maior. Isso se deve ao fato de este animal ser o vetor da bactéria Rickettsia. No entanto, qualquer área com vegetação alta nos centros urbanos também deve ser evitada ou frequentada com cuidado.

Não quer dizer que você deva parar de fazer suas caminhadas e piqueniques nos parques ecológicos da sua cidade, viu? Mas, quando for, utilize roupas que cubram o corpo todo, priorizando calças e blusas de manga comprida e sapatos fechados.

Caso elas possam ser de cor clara é ainda melhor, pois assim fica mais fácil perceber a presença de um carrapato. Quanto mais rápido você retirá-los das suas vestes, menores serão as chances de ser infectado.

Vale ressaltar que, as capivaras não são os vilões da história. Assim como os carrapatos são os vetores, elas são apenas os reservatórios da doença. É dever da prefeitura garantir que elas não estejam infectadas.

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Outra forma de se prevenir é fazer um check-up no seu animal de estimação quando voltarem do interior. Verifique a pelagem toda para garantir que nenhum carrapato picou seu pet para que ele também não se torne um reservatório da doença.

E o mais importante: não pise ou bata sobre o carrapato para se livrar do parasita. Isso pode fazer com que milhares de ovos se espalhem pelo ambiente da sua casa. O ideal é queimar o inseto.

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Como é o tratamento da doença 

Visto que a doença é causada por uma bactéria, o tratamento é feito por meio de antibióticos. No entanto, a cura somente é possível caso o medicamento seja administrado nos primeiros dois ou três dias de infecção.

Logo no início, os remédios já fazem efeito e o quadro começa a regredir. As recomendações médicas, porém, são para que o tratamento não seja interrompido antes de pelo menos 10 dias, sendo o prazo final 14.

Gostou deste conteúdo? Saiba mais sobre outras condições clínicas enquanto ainda não está na faculdade de Medicina! Além de matar sua curiosidade, você ainda estará se preparando para o Enem.