Resistência a antibióticos: como pode ser evitada e quais são as consequências a longo prazo

O aumento da resistência a antibióticos no mundo inteiro representa uma ameaça significativa. A razão é que ela diminui a eficácia desse tipo de medicamento, que normalmente são eficientes contra infecções bacterianas. Isso está dificultando o tratamento eficaz de doenças comuns, como as causadas por bactérias intestinais, que, ao resistir às medicações, faz com que os médicos precisem aumentar as doses consideravelmente.

No entanto, o aumento do uso de remédios deveria ser o último recurso dos médicos. À medida que a eficácia das composições fica comprometida e novas administrações são necessárias, aumentam os riscos de infecções que não são curadas com facilidade. A resistência a antibióticos está gerando uma necessidade urgente de práticas robustas de gestão antimicrobiana.

Deseja compreender o que pode ser feito para combater a resistência a antibióticos nos pacientes? Continue lendo este artigo!

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Saiba o que é a resistência a antibióticos

Resistência a antibióticos é um processo que ocorre quando as bactérias se modificam e esses medicamentos potentes não conseguem impedir o seu crescimento ou matá-las. Consequentemente, as infecções tornam-se extremamente difíceis de tratar, pois as bacterianas e os vírus, parasitas ou fungos ficam resistentes aos tratamentos médicos.

Portanto, não é o corpo que desenvolve resistência a antibióticos e sim os microorganismos nocivos que são capazes de causar enfermidades graves. Quando as bactérias resistem às medicações, menos as formulações farão efeitos, tornando necessário incluir outras opções de tratamentos disponíveis. Determinadas composições ajudam, mas se os médicos não forem ágeis, as condições de saúde do paciente se agravam.

Se os profissionais de Medicina demorarem demais para encontrar um medicamento que trate a infecção resistente a antibióticos, os resultados podem ser muito ruins. A resistência dos microorganismos prejudiciais é perigosa, tendo em vista que ela reduz as opções de tratamento para pessoas doentes. Esse é um problema mundial porque a resistência antimicrobiana se espalha, podendo chegar em qualquer país, aumentando o risco de doenças prolongadas, desenvolvimento de doenças graves e óbito.  

Entenda como acontece a resistência aos antibióticos

Diversos profissionais que atuam na saúde pública e decisores políticos estão em busca de soluções para diminuir a resistência a antibióticos. Contudo, não encontraram ainda uma solução fácil, pois precisam também da colaboração de um grande número de pessoas – inclusive nós mesmos – para efetuar mudanças essenciais. Os microorganismos tornam-se naturalmente resistentes aos fármacos com o tempo. Observe abaixo como isso acontece!

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Uso indevido de medicamentos

As bactérias e outros microorganismos aproveitam o uso incorreto de remédios e qualquer oportunidade de se multiplicar. Se o paciente interromper o tratamento muito cedo ou esquecer de tomar uma ou mais doses de antibióticos, ele estará dando a chance dos micróbios ainda presentes no organismo, diante de uma baixa quantidade do remédio, tornarem-se resistentes e se multiplicarem.

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Administração excessiva de antibióticos

Os antibióticos deixam os microorganismos resistentes vivas e podem matar somente aquelas que não passaram por mutação para resistir ao tratamento. Desse modo, ingerir antibióticos quando não é preciso contribui na elevação da resistência às suas fórmulas. Por exemplo, as composições administradas para atacar vírus que causam dores de garganta não farão mais efeitos se forem constantes.

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Resistência transmitida

Ocorre quando um paciente transmite uma infecção bacteriana contagiosa e resistente a antibióticos a outra pessoa. Esta passará a ter em seu organismo bactérias que não respondem ao tratamento antibiótico. Normalmente, são feitos exames para encontrar um tratamento que funcione nesses casos. Com o passar do tempo, os microorganismos ficam mais difíceis de eliminar.

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Resistência espontânea

É indispensável somente receitar antibióticos se eles forem realmente necessários. Às vezes, a composição genética ou o DNA de uma bactéria ou vírus sofrem mutação por conta própria, causando a resistência espontânea. Essa mudança ajuda as bactérias a combater os efeitos do medicamento. Em virtude disso, o antibiótico não reconhece o microorganismo recentemente modificado, e não consegue atacá-lo como deveria.

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Descubra como pode ser diagnosticada a resistência aos antibióticos

Existem várias estratégias novas sendo implementadas na hora de diagnosticar a resistência a antibióticos. Os atendimentos ambulatoriais realizados em decorrência de infecções respiratórias são o cenário em que mais são prescritos medicamentos desnecessários. Os testes feitos com o paciente ajudam a descartar infecção bacteriana ou confirmar a etiologia viral. Observe abaixo de que forma são feitos esses diagnósticos!

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Coleta da amostra

Por meio de exames como urina e sangue, é possível saber se as bactérias do organismo da pessoa são resistentes ou não. Também existe o teste de sensibilidade, que consiste em isolar os microrganismos, de modo a expor cada um deles a vários antibióticos. A ideia aqui é indicar quais remédios serão mais adequados no tratamento da infecção.

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Confira os malefícios da resistência bacteriana

A resistência a antibióticos é um problema porque retira a possibilidade de uso de vários recursos necessários para tratar pacientes doentes. Se os microorganismos resistem aos fármacos administrados, os médicos infectologistas precisam procurar outras composições que ajudem o paciente a melhorar, e isso pode ser complicado.

Os vírus mutantes são capazes de causar problemas globais de saúde pública, em função da sua capacidade de se adaptar aos antibióticos. Ao resistir aos medicamentos, algumas bactérias têm o potencial de causar infecções mortais, como:

• Pseudomonas Aeruginosa;
• Acinetobacter Baumannii;
• Pneumonia por streptococcus;
• Klebsiella Pneumoniae;
• Staphylococcus Aureus;
• Escherichia Coli.

A administração indiscriminada de antibióticos dá origem às superbactérias, vírus e germes. Estes, ao invés de desaparecerem, prosseguem se modificando e causando infecções. É provável que nenhum antibiótico funcione nessas condições, especialmente em condições causadas por enterococos resistentes à Vancomicina, Mycobacterium Tberculosis multirresistente, Staphylococcus Aureus resistente à meticilina, gonorreia e clostridioses difficile.

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Entenda como evitar a resistência a antibióticos

Na hora de combater a resistência antimicrobiana, os médicos e as equipes de saúde podem orientar os seus pacientes para terem uma boa higiene e evitem o uso desnecessário de antibióticos. As infecções bacterianas e virais podem apresentar sintomas semelhantes, mas, em caso de atuação de vírus, não é preciso ingerir esse tipo de medicamento.

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Entendeu como a resistência a antibióticos pode ser evitada e quais são as consequências a longo prazo?

Instrua os seus pacientes para evitarem utilizar esses medicamentos sem receita médica. Sempre que alguém estiver doente, o ideal é marcar uma consulta, para que o médico solicite exames, visando saber a causa das infecções, e receite a medicação correta na obtenção da cura.

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