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Quais são os princípios mais importantes para um médico?

A atuação de um médico é norteada por princípios que regem sua relação com a sociedade, pacientes e legislação. Conheça a seguir alguns dos princípios mais importantes!

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Assim como em todas as profissões, a Medicina possui normas de ética e conduta próprias. Elas têm o importante papel de orientar os médicos em sua jornada profissional, de modo a agir segundo o que a sociedade e a legislação esperam de sua função.

Na Medicina existe o Código de Ética Médica, documento que norteia a profissão. No entanto, por diferentes motivos, nem sempre as premissas deste código são lembradas e seguidas todos os dias. Por isso mesmo, existe a discussão sobre os princípios mais importantes para um médico seguir em sua carreira.

Você vai conhecer a seguir alguns desses princípios – norteados pelo Código de Ética Médica –, com o objetivo de promover a conscientização e o debate da atuação profissional na área. 

1. Titulação acadêmica

Quando se fala em princípios importantes para um médico, a divulgação da titulação acadêmica desponta como o primeiro tópico a ser levado em consideração. 

Divulgar a especialidade de atuação é algo permitido e incentivado na publicidade médica – inclusive, é fundamental para que os pacientes possam buscar a ajuda específica para suas necessidades, como um oncologista ou dermatologista. Informar as especialidades, portanto, ajuda o público a compreender melhor como atua cada profissional e quem pode ajudá-lo em determinadas situações.

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Porém, é importante notar que existem regras para esse tipo de divulgação. Só é permitido divulgar até duas titulações, que devem, naturalmente, ser reconhecidas, autorizadas e registradas no Conselho Regional de Medicina (CRM).

2. Autonomia médica

O Conselho de Ética Médica reforça a necessidade e importância da autonomia médica para a atuação profissional. Ainda assim, esse conceito nem sempre é compreendido por médicos e pacientes. 

Autonomia, aqui, é uma via de mão dupla, com delimitações. O paciente tem o direito de expressar sua opinião sobre a forma com que deseja lidar com sua saúde – ou seja, o paciente pode discutir e declarar a forma com a qual gostaria de ser tratado, aceitando ou não as recomendações médicas. 

Da mesma forma, o médico tem o direito de opinar sobre essas decisões, acatando-as ou não. Afinal, autonomia não é um cheque em branco para decidir qualquer situação da forma que quiser: o desejo do paciente e a decisão do médico devem estar sempre fundamentadas em comprovações científicas, tendo sua eficácia no tratamento da patologia em questão confirmada.

3. Equidade no exercício da profissão

Este princípio contém uma premissa indispensável à Medicina. A equidade faz menção à forma com que os atendimentos devem ser realizados, com igualdade e máxima dedicação para todos os pacientes – sem que haja distinção de cor, classe social, visão política ou outras condições.

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Da mesma forma, nenhum atendimento deve ser feito com base em interesses ou preconceitos que venham interferir na qualidade do tratamento e conduta do médico.

4. Sigilo Médico

O compartilhamento de informações sensíveis e dados pessoais pode causar situações de constrangimento aos pacientes. Por essa razão, o Código de Ética Médica defende o sigilo médico como uma forma de preservar a individualidade de cada pessoa.

Cabe salientar que há situações nas quais é exigida do Médico o compartilhamento de informações, que devem ser feitas de maneira legal, com o consentimento do paciente por escrito. A quebra de sigilo é garantida em situações que apresentem risco de vida para o paciente ou terceiros.

5. Beneficência e não maleficência

O princípio da beneficência refere-se à garantia da identidade, integridade e dignidade dos pacientes. Em linhas gerais, tudo o que o Médico faz, como consultas, exames e demais procedimentos, deve ser realizado visando o benefício da pessoa atendida. 

A não maleficência, por sua vez, reforça a ideia de que as atitudes médicas devem ter o máximo de cuidado para não causar nenhum tipo de dano ao paciente. Aqui estão implícitos outros princípios e valores, como o sigilo, equidade, autonomia e a constante atualização técnica para garantir os melhores procedimentos e resultados. 

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