Metapneumovírus: o que é, onde surgiu e quais são os riscos
Deseja compreender quando surgiu o metapneumovírus, como ele age no organismo de seus sintomas? Leia este post!

O Metapneumovírus Humano foi identificado em 2001, por pesquisadores holandeses do Erasmus Medical Center, mas já circulava entre as pessoas há pelo menos 50 a 100 anos. Esse vírus pertence à família Paramyxoviridae, assim como o sarampo e a caxumba, e está relacionado ao vírus aviário, tendo provavelmente passado para os humanos ao longo do tempo.
A infecção se espalha por gotículas respiratórias e contato direto, causando surtos sazonais no fim do inverno e na primavera. Durante décadas, o vírus foi confundido com a gripe e só pôde ser identificado com o avanço das técnicas moleculares, como o PCR. Hoje, o metapneumovírus é reconhecido como um importante causador de infecções respiratórias em crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas.
Quer saber mais sobre o metapneumovírus, sua origem e impacto? Continue a leitura:
O que é o metapneumovírus?
O Metapneumovírus Humano é um vírus que afeta principalmente o trato respiratório, causando doenças que podem variar de sintomas leves, semelhantes aos de um resfriado, até infecções respiratórias graves. Sua transmissão ocorre por gotículas respiratórias, contato direto ou superfícies contaminadas, com maior incidência no final do inverno e na primavera.
Como e quando surgiu o metapneumovírus?
O vírus provavelmente circulou silenciosamente por décadas, sendo frequentemente confundido com outros, pois causa sintomas semelhantes. Desde sua descoberta, o Metapneumovírus Humano foi detectado em diversas partes do mundo. Seus sintomas costumam ser leves e se sobrepõem aos de outras infecções respiratórias comuns, o que dificultou sua identificação antes do avanço dos métodos de diagnóstico.
Embora tenha se tornado conhecido apenas após os anos 2000, o vírus já afetava pessoas há pelo menos 50 a 100 anos antes de sua identificação oficial. Acredita-se que tenha sido transmitido das aves para os humanos em algum momento da história, assim como outros vírus zoonóticos. Análises de amostras respiratórias arquivadas desde os anos 1950 confirmaram sua presença antes de sua descoberta.
O avanço das práticas médicas e dos estudos de virologia molecular no início dos anos 2000 permitiu que os cientistas finalmente identificassem e classificassem o vírus. Embora ainda não seja tão conhecido quanto a gripe, o metapneumovírus é uma causa relevante de infecções respiratórias.
Como o metapneumovírus age no organismo?
O metapneumovírus infecta o sistema respiratório, afeta as vias aéreas superiores e inferiores. Ele pode causar sintomas leves e doenças respiratórias graves, dependendo da imunidade e das condições de saúde do paciente. Veja a seguir como ele atua no corpo humano!
Entrada e infecção inicial
O vírus entra no corpo pelo nariz, boca ou olhos, por meio de partículas respiratórias de uma pessoa infectada. Uma vez no organismo, ele ataca as células epiteliais do trato respiratório, afetando principalmente a garganta e os pulmões.
Replicação e resposta imunológica
Esse vírus se multiplica dentro das células epiteliais, desencadeando uma resposta do sistema imunológico. O corpo libera citocinas inflamatórias, causa inchaço, produção de muco e irritação nas vias aéreas. Isso resulta em sintomas como congestão nasal, tosse, dor de garganta e febre.
Propagação para o trato respiratório inferior
Em alguns casos, o vírus se espalha para os brônquios e alvéolos pulmonares. Em virtude disso, causa bronquiolite ou pneumonia com sintomas que podem incluir chiado no peito, dificuldade para respirar e queda nos níveis de oxigênio.


Quais são os sintomas do metapneumovírus?
A maioria das pessoas se recupera em 1 a 2 semanas, mas a reinfecção é comum, já que a imunidade não é duradoura. A resposta imunológica não oferece proteção completa, o que possibilita novas infecções ao longo da vida. A gravidade dos sintomas varia de acordo com a idade, o sistema imunológico e as condições de saúde do paciente.
Sintomas comuns em casos leves
- nariz escorrendo ou congestionado;
- tosse (seca ou com catarro);
- dor de garganta;
- espirros;
- febre leve;
- fadiga;
- rouquidão.
Sintomas moderados
- tosse persistente com muco;
- chiado no peito ou sensação de aperto;
- febre mais alta (acima de 38°C);
- falta de ar;
- dor de cabeça;
- dores musculares;
- perda de apetite.
Sintomas graves
- bronquiolite ou pneumonia;
- dificuldade para respirar ou respiração acelerada;
- baixos níveis de oxigênio cianose em lábios ou dedos azulados;
- desidratação grave, boca seca, olhos fundos, pouca urina;
- insuficiência respiratória.
Quais são os fatores de risco do metapneumovírus?
Qualquer pessoa pode ser infectada pelo metapneumovírus, contudo, alguns grupos apresentam um maior risco de desenvolver doenças graves ou complicações. A gravidade da infecção depende da idade, do sistema imunológico e de condições de saúde pré-existentes. Observe abaixo alguns fatores de risco:
Bebês e crianças pequenas
O sistema imunológico ainda imaturo torna os bebês mais vulneráveis a infecções. Sendo assim, esse vírus é uma das principais causas de bronquiolite e pneumonia em crianças pequenas. Bebês prematuros, nascidos antes de 37 semanas, têm um risco ainda maior.
Idosos
O envelhecimento enfraquece o sistema imunológico, tornando os idosos mais propensos a infecções respiratórias graves. Nesta fase da vida, há um risco maior de desenvolver pneumonia ou insuficiência respiratória. Além disso, aqueles que vivem em asilos ou instituições de longa permanência estão em maior risco devido ao contato próximo com outras pessoas desse grupo de risco.
Pessoas com doenças respiratórias crônicas
Indivíduos com doenças pulmonares pré-existentes têm maior chance de apresentar sintomas graves. Algumas condições que aumentam o risco incluem asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística e fibrose pulmonar. O metapneumovírus pode agravar esses quadros, gerando hospitalizações.
Pessoas imunocomprometidas
Pessoas com sistema imunológico enfraquecido têm maior dificuldade em combater infecções. Esse grupo de risco abarca pacientes com câncer em quimioterapia, indivíduos com HIV/AIDS, transplantados que tomam medicamentos imunossupressores e pessoas com doenças autoimunes em tratamento com corticosteroides ou imunossupressores.
Pessoas com doenças cardíacas
A infecção pode sobrecarregar o coração e o sistema circulatório. Pacientes com insuficiência cardíaca ou doença arterial coronariana costumam apresentar piora dos sintomas devido à baixa oxigenação e dificuldade respiratória.
Fumantes e pessoas expostas à poluição
O tabagismo danifica os pulmões e enfraquece a resposta imunológica, tornando o corpo mais vulnerável a infecções virais graves. A exposição prolongada à poluição do ar ou ao fumo passivo também aumenta a inflamação das vias respiratórias e eleva o risco de complicações em função do vírus.
Como prevenir e tratar o metapneumovírus?
Não há vacina ou tratamento antiviral específico para o metapneumovírus. No entanto, medidas preventivas e cuidados de suporte podem ajudar a reduzir o risco de infecção e aliviar os sintomas. As melhores formas de prevenção incluem adotar hábitos semelhantes aos usados para evitar a gripe e o coronavírus.
O tratamento se concentra no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações. Para ajudar na recuperação, o paciente deve repousar e manter-se bem hidratado, o que também ajuda a fluidificar o muco. É recomendado evitar bebidas alcoólicas e cafeína, que podem causar desidratação. Paracetamol ou ibuprofeno podem ser usados para reduzir a febre e aliviar as dores musculares.
Agora que você já sabe o que é, onde surgiu e quais os riscos do metapneumovírus, lembre-se de que, apesar da ausência de cura ou antibióticos para essa infecção, seguir medidas preventivas e tratar adequadamente os sintomas pode ajudar a diminuir o risco de complicações. Caso os sintomas se agravem, é importante procurar o auxílio de um médico médico pneumologista.
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