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Lúpus: entenda mais sobre a doença

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Você já ouviu falar em lúpus? Sabe a importância de conhecer mais sobre o tema para se preparar melhor para o vestibular de Medicina? Pensando nisso, selecionamos valiosas informações que visam esclarecer as principais dúvidas de quem vai fazer o Enem e outros vestibulares.

E mesmo se você já passou pelo vestibular, é essencial conhecer mais sobre essa condição. Você certamente vai passar pelo tema nas provas da faculdade ou na sua atuação médica!

Neste material, você vai saber o que é a doença, quais são seus principais sintomas, como ela se manifesta no início e como pode ser diagnosticada. Ainda, confira as possíveis causas, as formas de prevenção e tratamento e os fatores de risco associados à doença. Boa leitura!

Afinal, o que é lúpus?

Conhecido simplesmente pela sigla LES, o Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença autoimune e que pode ser classificada em 4 subtipos. A doença surge porque ocorre um ataque das próprias células de defesa do sistema imunológico. O lúpus pode se espalhar para todo o organismo, caso não seja adequadamente tratado.

O ataque consiste na reprodução desenfreada das células responsáveis pela proteção contra elementos estranhos: os anticorpos. Porém, os anticorpos começam a atacar órgãos e tecidos sem motivo, o que provoca diversas manifestações no organismo.

Assim como as doenças da tireoide, o lúpus é desenvolvido de maneira espontânea. Porém, a herança genética e o grau de comprometimento do sistema imune influenciam o quadro. Além disso, questões emocionais — como crises frequentes de ansiedade — também aumentam a vulnerabilidade para a doença.

Como reconhecer os sintomas do lúpus?

Ainda não se sabe exatamente as causas do LES. Porém, há hipóteses que associam a doença a questões genéticas ou à herança familiar. Na verdade, nem sempre esse problema se manifesta por meio de sinais ou sintomas.

No entanto, destacamos os sintomas mais comuns do LES, que são:

  • dores de cabeça;
  • desconforto para respirar ou falta de ar;
  • dores no corpo e nas articulações;
  • febre baixa ou moderada;
  • queda de cabelo;
  • unhas fracas e quebradiças;
  • vermelhidão nas unhas;
  • feridas nas mucosas da boca;
  • manchas avermelhadas na face e no tórax.

Quais são os tipos de lúpus?

Existem quatro tipos de lúpus, que podem apresentar características gerais ou específicas. Confira quais são!

Lúpus neonatal

Quando a mãe já apresenta a doença, a criança pode nascer com o problema. A explicação mais plausível é que os anticorpos da gestante são passados para o bebê ainda no útero. Em geral, os sintomas do lúpus neonatal são erupções na pele e problemas no fígado e nas células do sangue.

Lúpus discoide

As principais características desse tipo de lúpus são as marcas vermelhas existentes na pele dos pacientes. São várias manchas que afetam áreas como face, pescoço, cotovelos e mãos. Às vezes, esses sinais se confundem com sintomas de outras doenças. Por isso, a investigação diagnóstica da enfermidade deve ser criteriosa.

No lúpus discoide, a tendência é que as marcas se transformem em lesões. Com o desenvolvimento dos sintomas, essas marcas apresentam um formato de borboleta, principalmente na região das bochechas e do nariz. Outra característica importante é que pessoas com lúpus não podem se expor ao sol, pois o calor agrava o quadro.

Lúpus medicamentoso

É possível desenvolver o lúpus em decorrência do uso de alguns tipos de medicamentos. Isso acontece devido ao efeito colateral do remédio — uma espécie de alergia medicamentosa —, enquanto usado para o tratamento de outra enfermidade.

Os sintomas do lúpus medicamentoso são bem semelhantes aos do lúpus sistêmico. A vantagem é que os sinais cessam assim que o remédio é interrompido. Nem sempre é possível prever o desenvolvimento desse tipo de lúpus, exceto quando há casos na família. Nessas situações, o risco é maior.

Lúpus sistêmico

Esse é o tipo de lúpus que afeta todo o organismo. À medida que a doença progride, vários órgãos são comprometidos. Os mais comuns são cérebro, fígado, baço, rim e coração. Os sintomas podem ser localizados ou acometer diferentes partes do corpo.

Quais são os fatores de risco?

Os principais fatores de risco para o lúpus são:

  • ser do sexo feminino;
  • ter entre 20 e 40 anos de idade;
  • ter casos entre os familiares;
  • ser uma mulher afrodescendente, hispânica ou asiática.

No entanto, é importante ressaltar que o lúpus ocorre por uma combinação de fatores hormonais, infecciosos, genéticos e ambientais.

Como funciona o diagnóstico e o tratamento?

Como os sinais e os sintomas do LES são comuns a outras enfermidades, isso dificulta um pouco o diagnóstico. Os médicos mais indicados para a investigação da doença são os dermatologistas — principalmente quando os principais sinais do lúpus são cutâneos.

Também é importante buscar ajuda com um reumatologista, profissional que pode orientar melhor o paciente se a doença se apresenta com sinais sistêmicos. Para ter a confirmação do diagnóstico, é necessário analisar tanto os sinais visíveis quanto as alterações clínicas mostradas nos resultados laboratoriais.

Nesse ponto, é necessário orientar o paciente sobre a relevância de manter os exames em dia. Consultas regulares ao médico ajudam a descobrir, precocemente, algumas "doenças silenciosas". Antecipar o diagnóstico pode ampliar as chances de sucesso no tratamento e, assim, reduzir a evolução do quadro.

Além disso, é necessário estar atento ao uso contínuo de certos fármacos, já que eles podem causar obesidade e elevar o risco para o diabetes. Tais efeitos negativos de alguns remédios reduzem a atividade do sistema imunológico e tornam o organismo mais suscetível a infecções.

Existe prevenção para a doença?

Infelizmente, ainda não existe nenhum meio seguro de se prevenir contra os distúrbios autoimunes. Contudo, há a possibilidade de reduzir seus sintomas por meio de uma observação mais atenta do estado de saúde.

Assim como ocorre com qualquer doença, o lúpus pode ser bem controlado se for descoberto mais cedo. As respostas aos tratamentos são bem melhores, e isso traz mais qualidade de vida a quem convive com o problema, mesmo que essa seja uma doença incurável.

Devido ao caráter interdisciplinar do Enem, estudar sobre o lúpus aumenta as chances de aprovação na prova. Lembre-se de que manter o foco nos estudos é o caminho para melhorar a produtividade durante a preparação. Não existe fórmula mágica: para ingressar no curso de Medicina, é necessário empenho, dedicação e esforço.


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