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7 doenças sazonais para ficar atento durante o verão e as chuvas

Confira 7 doenças sazonais bastante comuns durante a estação mais quente do ano, seus tratamentos e como evitá-las!

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O verão nos remete a muitas coisas positivas: praias, clubes, férias e descanso. No entanto, não é uma época na qual se pode marcar bobeira com relação aos riscos que surgem devido às doenças sazonais. Algumas aparecem por conta do calor e outras pelas chuvas, mas os métodos de prevenção para todas devem ser levados a sério. Afinal, ninguém quer ficar doente logo na época em que os estudos dão uma folga, certo?

Confira abaixo 7 doenças sazonais bastante comuns durante a estação mais quente do ano. Além de dicas para evitá-las, também selecionamos os tratamentos direcionados a cada uma para você aprender um pouco mais. Boa leitura!

Dengue

Doença que chegou a ser erradicada em 1955, mas que, por falta de medidas preventivas, voltou e tornou-se endêmica no Brasil. Seu agente etiológico é um vírus que causa manchas avermelhadas pelo corpo a partir do 5º dia, febre alta (acima de 38 graus), dores musculares e nas articulações, podendo desencadear também hemorragias graves.

Zika

Somente cerca de 20% das pessoas infectadas pelo vírus Zika desenvolvem manifestações clínicas. Seus principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele e vermelhidão nos olhos. Outros podem ser inchaço, tosse e vômito. Em gestantes, a infecção pode prejudicar o desenvolvimento cerebral do feto.

Chikungunya

Outra arbovirose que desencadeia dores intensas no corpo, dor de cabeça, febre alta e manchas vermelhas na pele é a Chikungunya. Porém, uma boa diferença a destaca das duas anteriores: não é possível contrair a doença duas vezes. Aproximadamente 30% dos infectados não apresentam sintomas, sendo mais comum a detecção do vírus e, portanto, maior o número de casos registrados.

Tratamento

Ainda não existe um tratamento específico para nenhuma das três doenças. Mas temos algumas recomendações importantes, como evitar a automedicação, pois certas fórmulas reagem de forma negativa em contato com os vírus. No mais, os doentes devem beber bastante água e repousar durante o período infeccioso.

Como evitar?

Dengue, Zika e Chikungunya são todas transmitidas pelo mesmo vetor: o Aedes Aegypti. Ou seja, a forma mais simples e eficaz de evitar a infecção por uma destas doenças é eliminar focos de proliferação do mosquito, que são os locais e recipientes onde pode haver o acúmulo de água parada. Usar repelente durante o dia também é uma boa forma de se prevenir. 

Leia também: O que é a Atenção Primária à Saúde e quais médicos atuam na área?

Conjuntivite

Existem outros dois tipos de conjuntivite, a tóxica, causada pela contaminação com substâncias químicas; e a alérgica, que acontece em corpos sensíveis a ácaro e pólen, por exemplo. No entanto, a mais comum, devido ao calor, é a infecciosa, que pode ser bacteriana ou viral.

Seus sintomas são vermelhidão nos olhos, coceira, secreção, inchaço, fotofobia e pálpebras coladas ao acordar. Ambas são transmitidas pelo contato com superfícies contaminadas e pelo ar.

Tratamento

Quando causada por vírus, não há um tratamento específico para a doença, somente recomendações de manter os olhos higienizados e fazer compressas de água fria para amenizar os sintomas. Já nos casos desencadeados por bactéria, o médico prescreverá um antibiótico, sendo as sugestões paliativas também benéficas.

Como evitar?

A principal forma de prevenção é evitar o compartilhamento de objetos para uso facial, como pincéis e maquiagem, ou que tenham contato com o rosto, como toalhas de banho. Se durante sua viagem de férias você for se hospedar em um hotel, procure verificar a limpeza das fronhas e não utilize a piscina caso saiba que alguém está doente. Além disso, mantenha suas mãos higienizadas com álcool em gel.

Micose

Praias e clubes, entre outros locais públicos muito frequentados durante o verão, são locais com enorme potencial para contaminação por bactérias e fungos que causam doenças dermatológicas. Isso porque a umidade favorece a proliferação de fungos que causam micose, cuja detecção é feita pelo surgimento de manchas brancas ou vermelhas no corpo, rachaduras entre os dedos, unhas deformadas e coceira.

Bicho geográfico

É o nome popular para a doença cutânea causada pela larva migrans, que habita o intestino de cães e gatos. Seus principais sintomas são coceira e o surgimento de linhas tortas na superfície da pele, que se assemelham às representações das bacias hidrográficas nos mapas, daí o seu nome.

Tratamento

Após análise feita por um dermatologista, lhe serão prescritos medicamentos de ação antifúngica. Estes podem ser para uso interno via oral ou para uso externo, pela aplicação de pomadas nos casos de tratamento da micose.

Já o bicho geográfico pode desaparecer espontaneamente, não demandando tratamento específico. Mas, na maior parte dos casos, quando a dermatite serpiginosa está ativa, deve-se aplicar gelo sobre a lesão para aliviar a coceira e diminuir o edema. 

Em outros estágios, o tratamento da infecção pela larva migrans exige medicamentos anti-helmínticos e antiparasitários sob a forma de pomadas ou comprimidos. Anti-inflamatórios e antibióticos também podem ser necessários.

Como evitar?

Para evitar a micose, recomenda-se usar chinelos nas bordas de piscinas, vestiários e chuveiros públicos. Também é importante secar bem os pés e as dobras do corpo, como axilas e virilha, depois de nadar e tomar banho, e não compartilhar roupas e acessórios.

Já a ocorrência do bicho geográfico acontece muito durante o período de calor, pois mais pessoas vão à praia, onde ficam descalças, expondo seus pés à contaminação, ou quando se deitam para “pegar sol”. O ideal para evitar a doença é não manter contato direto da pele com a areia.

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Leptospirose

É a doença provocada pela bactéria Leptospira, que está presente na urina de ratos contaminados. Seus sintomas são muito genéricos, como febre e dor muscular, o que dificulta o diagnóstico. Também acontecem muitas variações entre os doentes, que podem apresentar quadros clínicos leves ou graves e fulminantes, que podem ser fatais.

Tratamento

Após a detecção da bactéria em exame, o médico prescreverá o uso de antibióticos e outros medicamentos para amenizar os sintomas. Também é recomendado ficar em repouso e caprichar na hidratação.

Como evitar?

É principalmente por meio das enxurradas e dos alagamentos que a Leptospirose passa dos ratos para as pessoas. Evitar o contato com qualquer poça de água que se forme na rua é uma forma de prevenção, assim como colocar o lixo para fora de casa somente em horário próximo da coleta para não atrair roedores às proximidades da sua casa. Outra dica é usar sapatos impermeáveis, como as galochas.

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