Doenças da tireoide: conheça as mais comuns
Saiba os sintomas que indicam as doenças da tireoide mais comuns e como tratar cada uma delas para uma glândula saudável!
A glândula tireoide está localizada na parte anterior do pescoço, mas só é visível se estiver alterada. Coordenada pela hipófise, ela libera hormônios essenciais para o bom funcionamento do metabolismo humano. Por isso, conhecer as doenças da tireoide é importante, pois elas também influenciam a estabilidade do humor e o estado emocional.
Em vista disso, vamos apresentar as doenças tireoidianas mais comuns, suas características, sintomas e as melhores formas de prevenir tais problemas. Ainda, saiba como essas doenças impactam a vida das pessoas e a importância de enfatizar esse tema entre os vestibulandos de Medicina. Aproveite a leitura!
Qual a função da tireoide?
A função tireoidiana é coordenada pela hipófise, uma outra glândula que se localiza no cérebro e que também é chamada de pituitária. A hipófise é controlada pelo hipotálamo, uma região que compõe o núcleo hipotalâmico, responsável por diversas atividades cerebrais.
Devido a essa interação, se surgirem problemas nessas áreas há o risco de prejudicar o funcionamento dessa glândula e, por conseguinte, afetar a tireoide. Em tese, a função da tireoide é a produção de dois hormônios importantíssimos para o equilíbrio do metabolismo: o tri-iodotironina — ou T3 — e o tiroxina, também conhecido como T4.
Quais são as principais doenças tireoidiana?
Nesse sentido, convém saber o que faz um endocrinologista, o especialista que atua nessa área. Quando a tireoide apresenta quaisquer anormalidades funcionais, ela começa a funcionar de forma inapropriada. Ou seja, há duas situações antagônicas: ou a glândula produz hormônios em excesso, doença conhecida como hipertireoidismo, ou reduz a produção hormonal, o que leva ao hipotireoidismo.
Para quem está se preparando para o vestibular, o ideal é entender quais são as condições mais comuns relacionadas às doenças tireoidianas. Didaticamente, convém classificá-las da seguinte forma:
- disfunções que provocam hipotireoidismo;
- disfunções que provocam hipertireoidismo;
- nódulos da tireoide;
- bócio;
- tumores da tireoide.
Destacamos o que é preciso saber sobre cada um deles. Confira!
Hipotireoidismo
A alteração tireoidiana que leva ao desenvolvimento do hipotireoidismo pode estar relacionada a diferentes causas. Contudo, a principal delas é a Tireoidite de Hashimoto, doença que também tem influência autoimune.
Nesse quadro, porém, os anticorpos da pessoa atacam o tecido da própria tireoide. Por conseguinte, ocorre uma progressiva destruição da glândula e os hormônios são produzidos em menor quantidade.
Os principais sintomas do hipotireoidismo são:
- anemia;
- pele seca;
- aumento de peso;
- intolerância ao frio;
- aumento do colesterol;
- alterações no ciclo menstrual;
- fraqueza, desânimo e cansaço;
- coração acelerado (taquicardia);
- ansiedade e alteração do humor;
- dores no corpo e nas articulações;
- perda de cabelo e enfraquecimento das unhas;
- prisão de ventre e formação de gases intestinais.
Hipertireoidismo
Quando os hormônios são produzidos em excesso, a principal razão é a Doença de Graves, que também tem origem autoimune. Nesse caso, a glândula fica muito estimulada e passa a liberar mais hormônios que o necessário.
Mesmo que seja incomum na atualidade, o hipertireoidismo também pode surgir pela deficiência de iodo na alimentação. Nas últimas décadas, foram feitas correções na concentração do iodo a fim de evitar tais distúrbios.
Em geral, o excesso de hormônios tireoidianos pode provocar os seguintes sinais:
- bócio, que é o aumento da glândula na região anterior do pescoço;
- pele úmida, principalmente nas extremidades;
- intolerância ao calor;
- unhas e cabelos enfraquecidos;
- coceira generalizada;
- fraqueza muscular;
- olhos esbugalhados;
- arritmias cardíacas, principalmente fibrilação atrial.
- desequilíbrio nas taxas de colesterol baixo, principalmente no HDL;
- aumento da glicose no sangue;
- irregularidades menstruais;
- emagrecimento, mesmo sem alterar o apetite;
- aumento da sede e da fome;
- fraqueza óssea e osteoporose;
- irritabilidade;
- depressão e ansiedade;
- amnésia e dificuldade de concentração;
- alterações no sono.
Nódulos da tireoide
Os nódulos são pequenos tumores, geralmente benignos, com formato ovalado que podem surgir no tecido da glândula. Em termos de complicações, vale destacar que a maioria dos nódulos tireoidianos são causados por uma doença benigna. Ou seja, não são cânceres.
Porém, grande parte dos nódulos da tireoide não provoca sintomas. Por isso, é importante maior vigilância quanto à realização de check-up médico periodicamente. Para quem integra os grupos de risco ou tem histórico de casos de doenças tireoidianas na família deve ter mais cuidado.
Bócio
O bócio pode ser definido como um aumento de tamanho da tireoide, condição que leva ao abaulamento que pode ser notado na porção anterior do pescoço. O bócio pode surgir tanto nos casos de hipotireoidismo como de hipertireoidismo, sendo mais comum no segundo caso. Isso torna a qualidade da anamnese médica essencial para identificar cada caso.
Vale destacar que até o início do século XX, o bócio surgia devido à deficiência de iodo na alimentação. A doença apresenta essa característica porque o iodo é um dos principais elementos utilizados para a formação dos hormônios tireoidianos. Portanto, uma solução para a redução do bócio foi a adição de iodo no sal de cozinha.
Tumor de tireoide
Epidemiologicamente, o câncer de tireoide é bem raro. Muito embora, essa neoplasia seja mais comum nas mulheres, sobretudo entre os 30 e 60 anos de idade. Com os avanços nas ciências médicas e o desenvolvimento de novas tecnologias assistivas em Oncologia, o câncer de tireoide é tratável, desde que diagnosticado precocemente.
Como diagnosticar as doenças tireoidianas?
Os exames disponíveis para avaliação diagnóstica são:
- dosagem de hormônios: serve para avaliar a função tireoidiana e verificar se as taxas de T4 livre e TSH geralmente estão dentro na normalidade;
- dosagem de anticorpos: mais indicado para identificar tireoidite de Hashimoto e Doença de Graves.
- biópsia ou punção: é importante quando há suspeita de nódulo tireoidiano maligno;
- ultrassom (US) da tireoide: mais empregado para avaliar o tamanho e as características do nódulo da tireoide;
- cintilografia da tireoide: indicado quando há dúvida quanto ao diagnóstico de hipertireoidismo.
Como tratar as doenças da tireoide?
O tratamento depende de cada caso. Em geral, quando a glândula produz hormônios insuficientes, o tratamento é feito com reposição hormonal. Mas se houver produção excessiva de hormônios, as terapias mais utilizadas são as drogas antitireoidiana, terapia com iodo ou cirurgia.
O uso de tecnologia na sala de aula e na área médica revolucionou o ensino médico e favoreceu a aprendizagem dos alunos, tanto que querem ingressar na Medicina, como os já formados. Na Endocrinologia, por exemplo, essa familiaridade com tais ferramentas ajuda a compreender os pontos mais relevantes da prática clínica no manejo das doenças da tireoide.
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