Qual a diferença entre Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2?
Saiba qual a diferença entre Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2 e entenda mais sobre essa doença!

Quem vai prestar vestibular ou ENEM deve estar atento aos temas interdisciplinares, principalmente relacionados a doenças prevalentes na população, como diabetes tipo 1. Contextualmente, entender mais sobre o panorama dessas doenças é importante para incentivar a opção por um estilo de vida saudável.
Com base nisso, vamos esclarecer as principais diferenças entre o diabetes tipo 1 e tipo 2. Além disso, explicaremos o que é o diabetes, como ele afeta o organismo e apresentaremos outras informações essenciais sobre essa doença de grande relevância clínica e epidemiológica.
Continue a leitura e fique por dentro!
Afinal, o que é diabetes?
Essa doença é causada por distúrbios hormonais ligados à liberação do hormônio insulina. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e tem a função de regular a quantidade de glicose que entra nas células.
Se houver o descontrole na produção ou na função da insulina, a glicose não passa para as células e tecidos e se acumula no sangue. Essa condição caracteriza o diabetes.
Os sintomas do diabetes surgem devido à produção insuficiente de insulina ou a má absorção desse hormônio. Assim, os primeiros sintomas da doença resultam do aumento da glicemia.
Por fim, as altas taxas de glicose no sangue podem causar complicações em vários órgãos e sistemas. Os mais prejudicados são o coração, os vasos sanguíneos, os olhos e os rins. Nos casos mais graves, há o risco de evolução para neuropatias diabéticas, cegueira e amputação de membros inferiores distais.
Como é o panorama do diabetes no Brasil?
Segundo a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde (BVSMS), os casos de diabetes no Brasil aumentaram muito nos últimos anos. Confira um fragmento, extraído do site da BVSMS, que revela os números no país em comparação à escala global da doença:
O Brasil ocupa o 5º lugar mundial em incidência de diabetes, com 16,8 milhões de adultos diagnosticados (entre 20 e 79 anos). O país fica atrás apenas de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão no ranking global. Além disso, as projeções indicam que, até 2030, o número de casos pode atingir 21,5 milhões de pessoas, evidenciando a necessidade de atenção e estratégias de prevenção.
O diabetes é hoje um grave problema de saúde pública em escala global, com números que superam as projeções a cada nova análise. Para se ter uma ideia, em 2000, estimava-se que 151 milhões de adultos viviam com a doença. Apenas nove anos depois, em 2009, esse número saltou para 285 milhões, um aumento impressionante de 88%.
Em 2020, estimou-se que 9,3% dos adultos entre 20 e 79 anos, o equivalente a impressionantes 463 milhões de pessoas, conviviam com diabetes. Além disso, cerca de 1,1 milhão de crianças e adolescentes com menos de 20 anos foram diagnosticados com diabetes tipo 1, evidenciando a ampla disseminação da doença em diferentes faixas etárias.


Quais as diferenças entre o diabetes tipo 1 e tipo 2?
Para facilitar a compreensão da diferença do diabetes tipo 1 para o diabetes tipo 2, listamos os principais aspectos que distinguem os dois quadros. Observe e compare!
Diabetes tipo 1
Também conhecido por diabetes juvenil, o diabetes tipo 1 está associado a perda da função imune. Nesse quadro, as células de defesa do organismo atacam as células do pâncreas, responsáveis pela produção do hormônio insulina.
Dessa forma, o pâncreas não produz insulina, o que resulta no aumento dos níveis de açúcar no sangue nesse tipo de diabetes. Essa condição se torna permanente e exige a reposição diária desse hormônio, sendo por isso chamada de diabetes insulinodependente.
Por ter relação com herança genética, o diabetes tipo 1 acomete crianças e adolescentes, sendo mais raro em adultos. Devido às características da doença, que surge pela alteração dos genes, ela se desenvolve mesmo com hábitos de vida saudáveis.
Sintomas
O diabetes tipo 1 apresenta sintomas bem característicos, que são:
- poliúria;
- polidipsia;
- fome excessiva;
- cansaço e indisposição física;
- perda da acuidade visual;
- perda de peso involuntária.
Fatores de risco
Devido à relação com herança genética, o diabetes tipo 1 não apresenta fatores de risco possíveis de prevenção. Apesar disso, há hipóteses de que a doença tenha ligação com existam fatores, tais como infecções virais.
Tratamento
Em vias gerais, o tratamento do diabetes tipo 1 é por meio de injeções diárias de insulina. No entanto, as intervenções medicamentosas são mais efetivas quando associadas a mudanças nos hábitos alimentares.
Diabetes tipo 2
Esse é o tipo de diabetes mais comum. Ou seja, essa doença é mais prevalente que o diabetes tipo 1 e se caracteriza pela resistência à ação da insulina. Mesmo que esse hormônio seja produzido pelo pâncreas, ele não funciona de maneira adequada.
Outro diferencial é em relação à idade dos pacientes: o diabetes tipo 1 afeta mais adultos, porém, ele pode se desenvolver em pessoas mais jovens, principalmente se houver influência de fatores de risco expressivos.
Sintomas
Nesse quadro, boa parte dos pacientes podem ser assintomáticos. Por isso, é importante estar atento às medidas de prevenção, já que os sinais de alerta se manifestam apenas quando as taxas de açúcar no sangue estão muito altas.
Geralmente, os sintoma mais presentes são:
- poliúria;
- polidipsia;
- muita fome;
- parestesias nos membros superiores e inferiores;
- feridas de difícil cicatrização.
Fatores de risco
Em geral, os fatores de risco são semelhantes aos de outras doenças crônicas. Confira, então, os determinantes mais associados a essa doença na população.
- sobrepeso e obesidade;
- sedentarismo;
- hipertensão;
- dislipidemia;
- histórico familiar de diabetes;
- idade maior que 40 anos.
Tratamento
As intervenções para controle do diabetes é um dos temas mais discutidos em Medicina. Medicações via oral são as mais utilizadas para amenizar os impactos da resistência à insulina e o aumento do açúcar no sangue.
Semelhantemente ao diabetes tipo 1, as terapias medicamentosas devem ser associadas à adoção de mudanças do estilo de vida. Logo, a manutenção de cuidados com a alimentação, prática de exercícios físicos regulares e o controle do peso são importantes aliados ao tratamento.
Diagnóstico do diabetes
Ambas as doenças são diagnosticadas por meio de exames de sangue. Tanto o diabetes tipo 1 como o diabetes tipo 2 devem ser avaliados pelos níveis de açúcar no sangue e também pela manifestação dos sintomas.
Vale destacar, por fim, que é preciso redobrar os cuidados com o diabetes 1, principalmente, já que ele pode ser assintomático no início. Mesmo que a doença se desenvolva de forma lenta, os prejuízos para outros órgãos podem gerar complicações graves.
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