Como conciliar a carreira médica com a maternidade?

De certa forma, mães e médicas possuem papéis parecidos, sendo maternidade e medicina áreas bastante próximas. Quer ver só?

Preste atenção às seguintes funções:

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• Assumir riscos e desafios todos os dias;
• Colocar o seus interesses pessoais em segundo plano para entregar-se por inteiro;
• Virar noites em claro, administrando medicamentos e cuidados;
• Executar suas tarefas com resiliência, paciência e empatia.

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A quem você atribuiria cada uma? Às mães ou às médicas? Caso tenha respondido “a ambas”, você com certeza chegou a este conteúdo enquanto procurava por dicas práticas e não por uma resposta de “sim” ou “não”.

Afinal, você sabe tanto quanto nós que é claramente possível conciliar carreira médica e maternidade. A mulher que fez história por tornar-se a primeira médica do mundo, ainda no século XIX, foi mãe.

Elizabeth Blackwell adotou a pequena Kitty Barry, uma garota irlandesa órfã, cinco anos após concluir o curso de Medicina aos 33. Ou seja, você não precisa abrir mão de nenhum dos dois sonhos.

Isso independentemente da gravidez ou da adoção ser um presente inesperado do agora ou um plano futuro. Agora que você descobriu mais esta inspiração, confira a seleção de dicas que fizemos, com base em depoimentos de mulheres que já passaram por este momento em suas vidas.

Boa leitura!

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1) Preparando-se para a maternidade

Este é o primeiro passo, porque  a graduação vai preparar você para ser médica durante seis anos. Agora, para ser mãe, o assunto já é bem diferente. Não tem livro, manual, vídeo aula nem nada disso. Então, o que vamos indicar aqui?

Bom, pode abrir o bloco de notas pois não são poucas coisas. Neste ponto, nós vamos começar pela área da saúde que é tão familiar à você: faça um check-up para descobrir se está saudável para ser mãe.

Isso tanto para encarar uma gestação quanto para cuidar física e emocionalmente da criação de outro ser humano. Depois, converse com outras mães que também fizeram Medicina e que estão vivendo a dupla jornada que você está buscando.

Nenhuma experiência será igual à sua, mas saber tudo que for semelhante com antecedência evitará surpresas a partir destas trocas. Além disso, criar uma rede de apoio também faz parte da preparação para a maternidade e contribuirá muito para a manutenção da sua carreira médica.

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Fique por dentro: O que precisa ser incluído na disciplina de Saúde da Mulher

2) Adaptando a rotina de trabalho

Como médica, a sua rotina de trabalho não acaba quando você chega em casa. Há sempre uma pilha de artigos para ler, estudar e, às vezes, para escrever a fim de se conseguir uma publicação científica.

No entanto, o tempo que você vai ter para se dedicar aos estudos e à lapidação da sua técnica visando sua carreira médica precisará ser dividido com a maternidade. E esta não será uma divisão igualitária - 50% para cada.

Por sorte, nem será da sua vontade que seja assim. E algumas especialidades médicas são capazes de oferecer a você a chance de aproveitar mais e estar mais presente para a sua criança.

São elas: Endocrinologia, Oftalmologia, Alergologia e Imunologia e Psiquiatria. Por que exatamente estas? Segundo uma pesquisa da Medscape, os especialistas destas áreas são os menos propensos a sofrer burnout.

Isso porque, em geral, os ambientes em que trabalham são menos estressores e com horários mais flexíveis. Outra adaptação a ser considerada é: o período de licença-maternidade será suficiente para você ou é melhor você fazer uma reserva para ficar mais tempo fora do mercado?

Coloque tudo isso no papel e a adaptação da sua rotina de trabalho na carreira médica será muito mais fácil quando a maternidade bater à sua porta. Por fim, use a tecnologia a seu favor para conseguir atender seus pacientes à distância.

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Complemente sua leitura: O que é a Telemedicina e como atuar com ela?

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3) Organizando a carreira médica junto à maternidade

Depois de olhar para cada área da sua vida separadamente, chega o momento de combiná-las em um único pacote: o da sua rotina. Você vai querer, por exemplo, descartar algumas tarefas, contratando serviços de apoio, para ter mais tempo livre.

Pode ser alguém para limpar sua casa, para cozinhar e deixar todas as suas refeições e da sua criança preparadas para a semana ou mesmo uma babá. A ideia de que mães precisam dar conta de tudo sozinhas não é apenas sexista, como também é cruel.

Afinal, quando você se torna responsável pelos cuidados e pela educação de outra pessoa, a última coisa de que precisa é de mais pressão. Logo, sinta-se livre para priorizar as tarefas que fazem mais sentido à sua carreira médica e à maternidade que deseja viver.

Por exemplo, se buscar a sua criança na escola é algo que você acha importante, coloque no topo da lista. Tem uma quantidade mínima de horas que gostaria de trabalhar para sentir-se ativa profissionalmente? Destaque isso também e assim por diante.

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4) Praticando autocuidado para ter equilíbrio emocional

Sua criança precisa de você saudável e bem com você mesma para ser feliz e crescer com saúde também. Sabe aquele ditado de que palavras são ótimas, mas o exemplo arrasta? Pois é.

Enquanto cuida do seu bem-estar, você ensina sobre amor próprio, autoestima, como estabelecer limites e levar uma vida equilibrada, entre outros valores muito importantes. Além do que, se você adoecer mental ou fisicamente, isso refletirá em quem estiver no seu entorno, pois a sua disposição não será a mesma.

Então, quer dizer que mães não podem adoecer? Claro que podem! O que não pode é o seu autocuidado antes da maternidade, com foco somente em sua carreira médica, desaparecer quando você se tornar mãe. Entendeu?

Infelizmente, isso é muito comum e é capaz que até exista em sua família. Que tal quebrar este ciclo? Para fazer isso, basta não abandonar sua terapia ou, se você ainda não faz, tenha o contato de um psicólogo de confiança em mãos para caso precise.

Também não deixe de praticar exercícios e manter uma alimentação saudável, dentro e fora de casa. E lance mão da rede de apoio que você criou lá atrás para quando você precisar de um tempo sozinha, sem sentir culpa. Combinado?

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Chegamos ao fim do artigo de hoje. Mas você pode ler muitos outros conteúdos sobre a presença feminina na Medicina em nosso blog. Confira!