Câncer de pele: saiba os detalhes da doença e como prevenir de forma eficaz
Buscando informações sobre quais são os tipos e formas de diagnosticar o câncer de pele? Leia o nosso post!

Em diversos países do mundo, especialmente em regiões com maior incidência de sol, o câncer de pele é o tipo de tumor mais comum. A sua alta incidência está diretamente relacionada com a exposição aos raios ultravioleta (UV), o que hoje não é difícil de evitar devido à variedade de recursos e produtos à disposição de todos.
Apesar disso, ao longo dos últimos anos, observou-se um aumento no número de casos diagnosticados, principalmente devido à maior conscientização sobre a importância da detecção precoce. Inclusive, temos o Dezembro Laranja voltado para essa questão — campanha promovida pelo Governo Federal que reforça a prevenção do câncer de pele.*
Neste conteúdo, vamos abordar esse tema de forma detalhada. Acompanhe para conferir!
Qual é o panorama sobre a doença no Brasil?
Segundo o Instituto Nacional de Câncer — INCA, o câncer de pele é:
- o tipo de câncer mais comum entre os demais;
- o responsável, atualmente, por cerca de 30% dos casos de tumores malignos no país;
- o mais frequente no Brasil, com maior incidência na região Sul (tipo não melanoma).
O que é o câncer de pele?
Trata-se de um tipo de câncer que se origina nas células da pele. A doença ocorre quando células começam a se multiplicar de maneira descontrolada, formando tumores que podem ser benignos ou malignos.
O mais comum é o câncer de pele não melanoma, que inclui as categorias basocelular e espinocelular. Ele é menos frequente, contudo, mais agressivo e oferece maior risco de metástase.
Alguns tipos de câncer têm alta chance de cura se forem detectados e tratados precocemente. A maioria dos tumores de pele é benigna, mas é preciso procurar um especialista assim que surgir qualquer suspeita.
Quais são as suas principais causas?
A principal causa do câncer de pele é a exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV). Ela pode ocorrer por meio da luz solar ou de fontes artificiais, como câmaras de bronzeamento. Entre outras causas podemos citar:
- histórico familiar de câncer de pele;
- pele clara e propensa a queimaduras solares;
- presença de múltiplas sardas, pintas ou lesões na pele;
- sistema imunológico debilitado.
Entre os fatores que suprimem a imunidade estão o HIV/AIDS ou o uso de medicamentos imunossupressores. A exposição profissional a substâncias cancerígenas, como produtos químicos usados na indústria, também influencia esse sistema de defesa do organismo.
Como ele se manifesta?
Os sinais mais comuns do câncer de pele geralmente incluem alterações na aparência de uma pintinha ou mancha na pele. Os sintomas podem variar conforme o tipo, mas geralmente são:
- mudanças na cor, formato ou tamanho de uma pinta;
- feridas que não cicatrizam;
- nódulos ou lesões que sangram ou coçam;
- formação de crostas ou escamas em uma área da pele.
Os indícios são facilmente perceptíveis, mas ao ver qualquer anormalidade é preciso procurar um médico. Com ajuda profissional, é possível identificar e tratar o problema antes que ele avance.


Quais são os diferentes estágios?
Os tumores podem ser diagnosticados em diferentes estágios, dependendo do quão profundo atingiram as camadas da pele e se espalharam para outras partes do corpo. Veja abaixo mais detalhes!
Estágio I
O tumor é localizado, não se espalhou para os linfonodos e nem para outras partes do corpo.
Estágio II
A mancha cresceu, mas permanece restrito somente à pele da pessoa.
Estágio III
O câncer se espalhou para os linfonodos próximos.
Estágio IV
A doença se espalhou para os órgãos distantes, como os pulmões, fígado ou ossos. Isso é o mais comum de acontecer no melanoma.
Quais são os tipos de câncer de pele?
Existem três tipos principais de câncer de pele. Confira abaixo quais são eles!
Carcinoma basocelular (CBC)
É bastante comum, porém, geralmente não é metastático e surge em regiões do corpo expostas ao sol, como rosto e pescoço. Esse tipo de câncer costuma ter crescimento lento.
Carcinoma espinocelular (CEC)
Trata-se de um tipo menos frequente, mas pode ser mais agressivo. Também aparece em áreas expostas ao sol e pode se espalhar para os órgãos.
Melanoma
Esse é o mais raro, todavia, é o mais perigoso de todos. Ele pode iniciar de uma pinta existente ou de uma nova mancha com capacidade de se espalhar e de formar metástases.
Quais são as formas de diagnosticar?
O diagnóstico do câncer de pele é feito por meio da análise clínica e, se houver necessidade, são feitos exames complementares. Entre as avaliações mais realizadas pelos médicos, estão:
- exame físico — o médico observa atentamente a pele e suas alterações;
- dermatoscopia — é uma técnica que exige um microscópio especial para examinar mais detalhadamente as lesões na pele;
- exames de imagem — realização de tomografia ou ressonância para verificar se o câncer se espalhou;
- biópsia — uma amostra do tecido do paciente é retirada e enviada para a análise laboratorial.
Quais são os tipos de tratamentos existentes?
Após receber o diagnóstico, é essencial que o paciente seja submetido às opções de tratamento, que serão indicadas pelo médico especialista do caso. Veja as principais alternativas!
Cirurgia
Consiste na remoção do tumor. A excisão pode ser simples ou necessitar do envolvimento de técnicas mais avançadas, como a cirurgia de Mohs, usada para tumores de pele mais complexos.
Radioterapia
É usada em casos em que a cirurgia não é uma opção ou para reduzir os tumores que estão muito grandes.
Imunoterapia e terapias alvo
São tratamentos mais recentes, usados para pacientes acometidos por melanoma em estágios avançados.
Crioterapia
Requer o uso de frio extremo para destruir as células cancerígenas.
Quimioterapia
Pode ser indicada em casos mais agressivos de melanoma, quando os outros tratamentos não se mostram promissores.
Como é possível prevenir a doença?
A prevenção do câncer de pele está principalmente relacionada à redução da exposição aos raios UV. Veja a seguir medidas preventivas importantes!
Use regularmente protetor solar
Com aplicação generosa e frequente de protetor com fator de proteção solar (FPS) adequado, os pacientes estarão protegidos contra os raios solares.
Evite a exposição solar intensa
Procure não se expor ao sol nos períodos em que os raios UV estão mais fortes. Os horários mais indicados são antes das 10h e após às 16h.
Use roupas e acessórios que protegem
Chapéus, óculos escuros e roupas com proteção UV são excelentes aliados para todos que desejam se proteger do sol.
Evite câmaras de bronzeamento
Essas máquinas expõem a pele a radiação UV artificial, o que não faz bem à saúde. Por isso, devem ser evitadas.
Realize exame de pele regularmente
Consulte rotineiramente um dermatologista para detectar qualquer alteração precocemente. O câncer de pele é uma doença que pode ser prevenida, mas a conscientização sobre os devidos cuidados é fundamental para reduzir os riscos.
Como vimos, o câncer de pele é bastante frequente no Brasil e apresenta como principais causas a exposição em excesso ou sem proteção aos raios UV. Além de consultar regularmente um dermatologista e adotar medidas de prevenção, buscar conhecimento e se manter atualizado é essencial.
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* Referência: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/comunicacao/noticias/campanha-do-201cdezembro-laranja201d-reforca-prevencao-ao-cancer-de-pele.

