Câncer colorretal: sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção
O câncer colorretal é um problema inicialmente silencioso. Saiba como identificar a doença e como ela é tratada!

O câncer colorretal é uma das principais causas de morte por câncer no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ele é o terceiro mais comum globalmente, com cerca de 1,9 milhão de novos casos diagnosticados a cada ano.
No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que o número de novos casos chegue a mais de 40 mil por ano. Embora seja uma doença com alta incidência, as chances de cura são consideráveis quando detectada precocemente.
Assim, o conhecimento sobre os sintomas, diagnóstico, tratamento e, principalmente, prevenção, é fundamental para o controle e redução dos impactos desse tipo de câncer. Continue a leitura para saber mais sobre o tema!
O que é o câncer colorretal?
O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, acomete o cólon (a maior parte do intestino grosso) e o reto (os últimos centímetros do intestino antes do ânus). Ele geralmente começa com o crescimento de pólipos, que são pequenas formações benignas na parede interna do intestino.
Com o tempo, alguns tipos de pólipos podem sofrer alterações e se tornarem malignos, resultando em câncer. É importante ressaltar que nem todos os pólipos se transformam em câncer, mas a detecção precoce desses crescimentos é essencial para prevenir a evolução da doença.
De modo geral, o desenvolvimento do câncer colorretal ocorre em um processo lento e progressivo, o que oferece uma janela de oportunidade para diagnóstico precoce e tratamento eficaz, especialmente quando os exames de rastreamento regulares são realizados. Ou seja: foco na prevenção!
Quais são as causas e fatores de risco?
As causas exatas do câncer colorretal ainda não estão totalmente claras, mas vários fatores aumentam o risco de desenvolver essa doença oncológica. Veja os mais comuns a seguir!
Idade avançada
A maioria dos casos ocorre em pessoas com mais de 50 anos, embora indivíduos mais jovens possam ser diagnosticados. O risco aumenta progressivamente com a idade.
Histórico familiar
Ter parentes próximos que já tiveram câncer colorretal ou pólipos adenomatosos (que são pólipos com maior probabilidade de se tornarem malignos) aumenta significativamente o risco.
Além disso, síndromes genéticas, como a polipose adenomatosa familiar (PAF) e a síndrome de Lynch, são fatores que podem predispor ao desenvolvimento do câncer.
Doenças inflamatórias intestinais
Condições como a doença de Crohn e a colite ulcerativa são fatores de risco, pois causam inflamação crônica no intestino, o que pode facilitar o surgimento de células malignas ao longo do tempo.
Alimentação inadequada
Dietas ricas em carnes processadas e vermelhas, além de alimentos gordurosos e pobres em fibras, têm sido associadas a um risco maior de câncer colorretal. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas também pode ser um fator agravante.
Obesidade e sedentarismo
O excesso de peso, principalmente o acúmulo de gordura abdominal, é considerado um fator de risco. A falta de atividade física regular também está ligada ao aumento do risco de câncer colorretal.
Tabagismo
Fumantes de longa data têm mais chances de desenvolver pólipos e câncer colorretal. O tabagismo contribui para várias mutações celulares que podem levar ao surgimento de tumores malignos.


Quais são os sintomas?
Nos estágios iniciais, o câncer colorretal pode não apresentar sintomas evidentes, o que torna o diagnóstico precoce difícil sem exames de rastreamento. No entanto, conforme a doença avança, alguns sinais e sintomas podem começar a aparecer. Confira a seguir!
Sangue nas fezes
O aparecimento de sangue nas fezes é um dos sinais mais comuns, embora nem sempre seja visível a olho nu. Pode ser detectado em exames de fezes, mesmo que em pequena quantidade.
Mudanças no hábito intestinal
Alterações persistentes como diarreia, constipação ou sensação de evacuação incompleta podem indicar problemas no cólon ou no reto.
Dor ou desconforto abdominal
Sensação de inchaço, cólicas ou dor abdominal podem ocorrer à medida que o tumor cresce e começa a afetar o funcionamento normal do intestino.
Perda de peso inexplicável
O emagrecimento sem motivo aparente pode ser um sinal de alerta, especialmente quando associado a outros sintomas.
Fadiga e fraqueza
A anemia, que pode ser causada por pequenas perdas de sangue ao longo do tempo, pode gerar cansaço extremo e fraqueza.
Fezes finas ou com forma alterada
A presença de um tumor no intestino pode estreitar a passagem das fezes, resultando em mudanças na aparência das evacuações.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico precoce é crucial para aumentar as chances de cura do câncer colorretal. Existem diferentes métodos para identificar a doença, sendo que alguns são recomendados de forma preventiva, especialmente para pessoas com histórico familiar ou outros fatores de risco. Descubra quais são eles:
Colonoscopia
Considerado o principal exame para detecção de pólipos e tumores, a colonoscopia permite a visualização direta do interior do intestino e a remoção de pólipos durante o procedimento. É recomendado para pessoas acima de 50 anos ou mais jovens, em casos de risco aumentado.
Pesquisa de sangue oculto nas fezes
Este exame detecta a presença de pequenas quantidades de sangue nas fezes, que podem ser indicativas de câncer colorretal.
Tomografia computadorizada (colonografia)
Também conhecida como "colonoscopia virtual", esse exame utiliza imagens para detectar anormalidades no cólon e no reto.
Biópsia
Caso sejam encontrados pólipos ou áreas suspeitas durante a colonoscopia, é possível realizar uma biópsia, que consiste na remoção de uma pequena amostra de tecido para análise laboratorial e a confirmação do diagnóstico.
E o tratamento do câncer colorretal?
O tratamento do câncer colorretal varia de acordo com o estágio da doença, a localização do tumor e o estado geral de saúde do paciente. Conheça algumas das abordagens!
Cirurgia
Nos estágios iniciais, a remoção cirúrgica do tumor é o tratamento mais eficaz. Em casos de câncer avançado, pode ser necessário remover parte do cólon ou do reto, e em alguns casos, o paciente pode precisar de uma colostomia temporária ou permanente.
Quimioterapia
Utilizada principalmente em casos onde o câncer se espalhou para outras partes do corpo ou para reduzir o risco de recorrência após a cirurgia. A quimioterapia destrói células cancerosas e impede o seu crescimento.
Radioterapia
Geralmente recomendada para pacientes com câncer de reto, a radioterapia é usada para encolher tumores antes da cirurgia ou para tratar áreas onde o câncer possa ter se espalhado.
Imunoterapia
Essa abordagem, que visa estimular o sistema imunológico para combater o câncer, é uma opção promissora em casos de câncer colorretal metastático, especialmente em pacientes com mutações genéticas específicas.
Há meios de prevenir o câncer colorretal?
Embora o câncer colorretal não possa ser completamente evitado, algumas medidas preventivas podem reduzir significativamente o risco de desenvolver a doença. Acompanhe.
Realizar exames de rastreamento
A colonoscopia regular é uma das formas mais eficazes de prevenir o câncer colorretal, pois permite a detecção e remoção de pólipos antes que se tornem malignos.
Adotar uma dieta saudável
Dietas ricas em fibras, frutas, vegetais e grãos integrais estão associadas a uma menor incidência de câncer colorretal. Reduzir o consumo de carnes vermelhas e processadas também ajuda a diminuir o risco.
Ser ativo e controlar o peso
A prática regular de exercícios físicos e a manutenção de um peso saudável são formas comprovadas de reduzir o risco de câncer.
Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool
Fumar e beber em excesso são hábitos que aumentam as chances de desenvolver câncer colorretal. Moderar o consumo de álcool e, se possível, abandonar o tabagismo são medidas importantes para a prevenção.
O câncer colorretal é uma doença grave, mas que pode ser prevenida e tratada com sucesso se diagnosticada precocemente. Além disso, adotar um estilo de vida saudável e ficar atento aos sinais do corpo são medidas simples que podem fazer toda a diferença. Então, faça a sua parte!
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