O que explica o aumento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) no Brasil?

Nos últimos anos, registrou-se um aumento generalizado no número de casos de IST no Brasil– que são as Infecções Sexualmente Transmissíveis, podendo acontecer por via oral, vaginal ou anal. Também é possível que uma gestante infectada transmita para o filho no ventre ou pela amamentação.

Outra possibilidade é a de se contaminar pelo contato com objetos, mucosas e/ou pele com secreções corporais que contenham um vírus ou uma bactéria. É o caso do herpes genital, mas nem todas as infecções podem ser transmitidas assim.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um milhão de novos diagnósticos em 2019. Em 2021, a sífilis passou de uma taxa de 59,1 para 78,5 casos a cada 100 mil pessoas.

A contaminação por HIV também voltou a crescer nesse período. De modo geral, mais de 52 mil jovens soropositivos desenvolveram Aids na última década.

Esses dados revelam que, além de uma negligência com a prevenção, também está acontecendo um descuido em relação aos tratamentos disponíveis. Hoje, porém, falaremos sobre a primeira parte desse problema, com importantes dicas para você não virar estatística também.

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Infecções silenciosas  

Mais de 30 vírus e bactérias estão englobados na categoria de IST, causando lesões nos órgãos genitais, entre outros problemas mais graves. Alguns deles são:

• Câncer;
• Complicações na gravidez e no parto;
• Aborto;
• Infertilidade;
• Problemas neurológicos;
• Problemas cardiovasculares;
• Morte.

Tudo isso, porém, pode não vir do dia para a noite. Muitas vezes, as IST são silenciosas, podendo ficar assintomáticas por meses ou até anos.

Esse aumento do nível de fatalidade na lista acima se deve muito à falta de sintomas claros e de tratamento precoce que isso requer. É por isso que um check-up pós-situação de risco é aconselhado para descartar qualquer dúvida.

Todavia, há de se considerar que algumas infecções demoram para aparecer até mesmo em exames. Portanto, o ideal é ir ao médico a fim de descobrir quando, com qual frequência e por quanto tempo essa precaução deve ser tomada.

Uma das IST silenciosas é a clamídia. Cerca de 90% das mulheres e 74% dos homens que têm a doença são assintomáticos. Logo, não sabem que estão infectados e podem passar para seus parceiros.

Nesse contexto, há ainda um problema maior. Uma pessoa infectada, independentemente da bateria ou do vírus presente em seu organismo, tem maiores chances de contrair outra devido ao fato de sua resistência estar debilitada.

O que define comportamento de risco?

Segundo dados do Ministério da Saúde, o uso de preservativos entre jovens de 15 a 24 anos caiu de 47%, em 2017, para 22%, em 2019. Isso é um comportamento de risco, que está por trás do aumento das IST no Brasil por facilitar a transmissão de vírus e bactérias.

Há, porém, uma lista atitudes que se enquadram nesse escopo. Por exemplo:

• Usar de drogas injetáveis;
• Manter relações sexuais após o consumo de álcool;
• Manter 10 ou mais parceiros;
• Compartilhar objetos de uso pessoal, como toalhas e alicates de unha;
• Fazer piercings e tatuagens em locais suspeitos;
• Não buscar ter uma educação sexual;
• Reutilizar seringas descartáveis.

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Como se prevenir em meio ao aumento de IST no Brasil

Bom, podemos começar com “evitando todos os comportamentos de risco citados anteriormente”.  Mas isso está no espectro da passividade, do evitar e não do agir.

Assim, trouxemos a ‘Mandala da Prevenção Combinada’, que ilustra todas as ações que você pode tomar para prevenir-se ativamente contra as IST. Se estiver em um relacionamento estável, foque nas outras áreas para além do uso de preservativo.
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Por exemplo, poucas pessoas conhecem o lado preventivo de passar lubrificante durante uma relação sexual, usando-os somente por gosto. Mas este material é importante por evitar que o atrito entre as partes íntimas acabe gerando uma escoriação com vazamento de sangue.

Se você está em vias de entrar em um relacionamento fechado, os check-ups são um ponto de atenção. Os outros pontos da mandala servem para todos os públicos, dentro das suas respectivas restrições.

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