Carreira e Mercado

Alta médica e alta hospitalar: conheça as diferenças

5
minutos de leitura

Muitas pessoas, inclusive profissionais de saúde, acreditam que os termos “alta médica” e “alta hospitalar” são sinônimos. Se você é uma dessas pessoas, vamos atualizá-lo quanto a isso, já que existem muitas diferenças entre os termos.

Nas linhas a seguir, você verá as diferenças entre estes dois conceitos, quando são usados, em que cada alta implica, a importância da opinião do paciente, além dos cuidados após a alta. Confira!

O que é a alta médica e a alta hospitalar?

Veja a definição de cada termo!

Alta médica

A alta médica é a conclusão do tratamento do paciente, presumindo a cura. Em outras palavras, uma vez que o paciente tenha se curado de sua lesão ou doença, ele recebe alta do atendimento. Isso pode significar ser liberado de medicamentos e/ou dispositivos, como um gesso, e retornar às suas atividades habituais.

Alta hospitalar

A alta hospitalar é o processo em que um paciente é liberado do hospital, mesmo que o tratamento não tenha terminado ou que a pessoa esteja curada da doença. Isso geralmente acontece depois que o médico decide que o paciente se estabilizou e está pronto para sair e continuar seu tratamento fora do ambiente hospitalar.

Quais são os critérios utilizados por cada tipo de alta?

Quando o paciente recebe alta do hospital, é importante entender o processo e os critérios usados para a equipe médica tomar essa decisão.

Existem vários fatores que são considerados ao tomar a decisão de dar alta a um paciente e garantir que ele esteja pronto para sair. Isso inclui:

  • sua condição médica atual
  • a gravidade da sua doença
  • sua resposta ao tratamento
  • sua capacidade de cuidar de si mesmo em casa
  • a disponibilidade de suporte em casa

O médico ou um membro da equipe do hospital explicarão ao paciente sobre todo o processo de alta e o que esperar. Dependendo do tipo de medicamento que está sendo utilizado, por exemplo, pode ser necessário um tempo maior até que ele seja totalmente administrado — como é o caso de um frasco de soro.

Em quais situações cada uma é utilizada?

Como explicamos anteriormente, a alta médica ocorre quando o paciente está curado de sua doença. Já a alta hospitalar, se dá quando o paciente está internado e recebe alta para continuar o tratamento em casa ou ser transferido para outro hospital.

Quanto à alta hospitalar, há subdivisões como:

Planejada (ou por objetivos atingidos)

Acontece quando tudo corre conforme o esperado e o paciente recebe alta em uma data definida.

Por objetivos atingidos parcialmente

Esta alta hospitalar destina-se aos pacientes suficientes em seu desenvolvimento funcional, mesmo sem alcançar a cura ou o objetivo do tratamento, ou ainda, por outros motivos com relação ao paciente, aos responsáveis ou cuidadores.

Por objetivos não atingidos

Esse tipo de alta é concedida aos pacientes que não atingiram as metas determinadas no início do tratamento, ao seu acesso à instituição por vários motivos.

Não planejada (ou por intercorrência)

Se dá por vários motivos, como se a condição do paciente piorar — e os cuidados paliativos forem realizados em casa — ou para ser transferido aos leitos disponíveis em outra unidade que seriam mais adequadas às necessidades do paciente.

Precoce (ou alta a pedido)

Esse tipo de alta ocorre quando o paciente sai antes da alta indicada pelo médico. Isso pode acontecer porque o paciente está se sentindo melhor ou porque precisa voltar à vida (por exemplo, trabalho, escola).

Quais as implicações da alta do paciente?

Com relação às consequências éticas e legais da alta do paciente, elas podem ser significativas. Os médicos responsáveis pelo tratamento devem garantir que os pacientes recebam alta com segurança e apenas se for o melhor para a pessoa. Em alguns casos, isso pode significar hospitalização contínua, mesmo contra a vontade do paciente ou de sua família.

Assim, as altas médicas ou hospitalares devem sempre ser anotadas no prontuário médico do paciente, e quaisquer formulários de consentimento ou isenção de responsabilidade relevantes devem ser assinados pelo paciente ou seu responsável. Esses documentos podem proteger tanto o médico quanto o paciente em caso de complicações após a alta.

Qual a importância do desejo do paciente?

Os pacientes que decidem deixar o hospital antes da data de alta dada pela equipe multidisciplinar têm "alta precoce ou não planejada". Isso pode acontecer por vários motivos, incluindo pacientes que se sentem bem o suficiente para sair, restrições financeiras ou dificuldade em cumprir as recomendações de tratamento.

A alta hospitalar precoce ou não planejada pode levar a resultados negativos, incluindo chances de nova hospitalização, piora dos sintomas e da saúde geral. Os pacientes e cuidadores devem discutir todos os riscos e benefícios potenciais com sua equipe de saúde antes de tomar qualquer decisão sobre a alta antecipada.

No entanto, se o desejo do paciente condizer com a melhora do quadro, o médico pode autorizar a alta e recomendar que o paciente tome os devidos cuidados pós-hospitalares e que volte a procurar atendimento se sentir necessidade.

Vale mencionar que o médico apenas pode se recusar a conceder o pedido de término da internação em caso de risco de perigo a vida dos pacientes, segundo o artigo 31 do Código de Ética Médica:

"Art. 31. Desrespeitar o direito do paciente (...) de decidir sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em iminente risco de morte."

Quais os cuidados após a alta hospitalar?

Em geral, após uma alta hospitalar, o paciente ainda não recebeu a alta médica, a qual poderá ser feita em uma próxima ida ao consultório para avaliação (ou retirada dos pontos, por exemplo, no caso de cirurgias) ou somente após a conclusão do tratamento.

Nesses casos, o médico recomenda determinados cuidados, os quais são descritos em uma receita, que os pacientes precisam tomar após receberem alta hospitalar. No caso de alta médica, o paciente pode ser curado e terá o tratamento interrompido.

Ou então, ocorrerá o acompanhamento médico periódico, como nos casos em que o paciente precisa usar uma medicação por longo tempo ou em situações de doenças acompanhadas por cardiologista ou endocrinologista.

Gostou de conhecer estes conceitos?

Neste artigo você viu a diferença entre a alta médica e a alta hospitalar, as características dos vários tipos de alta do hospital, as implicações da alta, dos desejos do paciente e, por fim, os cuidados após a alta do hospital e da alta médica em geral.

Agora, nos siga em nossas redes sociais e tenha acesso aos nossos conteúdos assim que forem publicados! Estamos no Instagram, LinkedIn, Facebook e YouTube.