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Soft skills: o que são e como desenvolvê-las

Neste artigo, nós sugerimos três ferramentas ou caminhos que podem te auxiliar no desenvolvimento de determinadas soft skills. Aprenda agora!

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A Quarta Revolução Industrial já completou uma década de existência e, uma das principais mudanças que esta trouxe ao mercado de trabalho foi a descoberta de um obstáculo (pelo menos até agora) instransponível entre humanidade e tecnologia. Caracterizada pela automação inteligente e pela informatização das fábricas, a Indústria 4.0 deu continuidade à substituição da mão de obra pelas máquinas até colidir com o vazio ao precisar de capacidades puramente humanas.

A impossibilidade de replicar empatia por meio de inteligência artificial é um bom exemplo em um mercado que precisa cada vez mais se aprofundar na mente das pessoas para manter a roda do consumo girando. Com uma variedade maior de opções, os consumidores tornaram-se mais críticos e, em sua maioria, não estão interessados a comprar “o que” está na vitrine, mas “por que” uma marca produz certa coisa.

Neste contexto, outra inteligência ganhou os holofotes: a inteligência emocional. De acordo com a psicologia, ela se refere à capacidade que as pessoas têm de lidar com suas emoções nas mais diversas situações, incluindo aquelas que são apresentadas no ambiente de trabalho. Em 2017, uma pesquisa da Deloitte informou que "as ocupações intensivas em soft skills serão responsáveis ​​por dois terços de todos os empregos até 2030".

Outro dado interessante é do Fórum Econômico Mundial (FEM), que publicou o relatório “The Future of Jobs Report – O Futuro do Trabalho” no final de 2020. Nesta publicação, foram apontadas as 15 habilidades que vão estar em alta até 2025.

Mas “o que são exatamente estas chamadas softs skills e como posso desenvolvê-las?”, você deve estar se perguntando. E está mesmo na hora de darmos uma pausa na contextualização histórica para respondê-lo. Vamos lá?

O que são soft skills?

São habilidades que estão diretamente relacionadas à inteligência emocional do profissional e à forma como ele cria e mantém suas relações interpessoais. Ou seja, em vez de serem técnicas que podem ser dominadas por meio de estudos, as soft skills estão radicadas no comportamento humano, sendo desenvolvidas ao longo da vida e de acordo com o as vivências de cada um.

Isso significa que esse tipo de habilidade também é bastante individual, pois toda experiência de cunho emocional é única. Duas pessoas parecidas podem estar em uma mesma palestra, ouvir às mesmas informações, mas suas memórias e o que cada uma delas levará desse momento consigo serão inevitavelmente diferentes e particulares.

Na prática, desde as microempresas às holdings multinacionais, a interação e os relacionamentos criados entre os funcionários internamente precisam ser saudáveis para que a produtividade da equipe como um todo se mantenha alta. Logo, o corpo corporativo deve contar com indivíduos que tenham soft skills complementares, interdependentes e harmônicas.

Alguns exemplos são:

  • Empatia e desenvoltura para comunicação;
  • Proatividade e automotivação;
  • Integridade e ética;
  • Adaptabilidade e resiliência;
  • Mindfulness e criatividade;
  • Organização e pensamento crítico.

Desenvolvendo soft skills

Uma vez que se tratam de habilidades sociais, culturais e emocionais, o melhor jeito de desenvolvê-las é vivendo, por mais estranho que isso pareça. É claro que não estamos falando de apenas acordar, respirar e seguir sua rotina como um robô. Mas de aderir a uma vida de atenção plena às relações humanas ao seu redor; às suas próprias emoções; e ao jeito com que diferentes situações afetam os seus pensamentos e, consequentemente, as suas ações.

Abaixo, nós sugerimos três ferramentas ou caminhos que podem à sua maneira te auxiliar no desenvolvimento de determinadas soft skills. Veja só:

Palestras e livros

Palestras de estudiosos baseadas em pesquisas acadêmicas reais são uma boa forma de aprender habilidades como proatividade, organização e automotivação. Isso porque seu embasamento científico dá suporte a teorias que realmente funcionam e, frequentemente, ensinam técnicas específicas para desenvolvimento pessoal.

Nesse sentido, os livros de autoajuda também têm o mesmo efeito. Inclusive, muitos deles costumam ser transformados em roteiros para apresentações da TEDx Talks, por exemplo, podendo ser facilmente encontrados na internet. Além disso, produções literárias ficcionais que remontem à períodos históricos ou proponham análises sobre futuros diatópicos são ótimas opções para formação de pensamento crítico.

Autoconhecimento

Conhecer a si mesmo é a melhor forma de aprender a lidar com as outras pessoas, entendendo-as dentro de suas individualidades. Afinal, enquanto não sabemos sequer quem nós somos, o que nos afeta como seres humanos e o que realmente almejamos em nossas vidas, fica muito fácil fugir à responsabilidade de nossas próprias ações.

Assim, procurar um psicólogo pode ser uma boa forma de iniciar sua jornada para o autoconhecimento que, no fim das contas, pode te ensinar a ser mais empático, íntegro e ético com o seu trabalho. Por outro lado, a terapia aliada à meditação é um atalho em direção ao mindfulness, ou seja, à atenção plena.

Treinamentos e hobbies

Desenvoltura para comunicar-se de forma eficaz e para falar em público é uma soft skill que requer treinamento. Existem várias formas de aprender a se expressar de forma mais clara, como escrever discursos, buscar acompanhamento com um fonoaudiólogo, estudar sobre linguagem corporal, entre outros.

Adaptabilidade e resiliência também são habilidades que são aprimoradas com o tempo por meio da repetição. Quanto mais você sair da sua zona de conforto, mais fácil será se expor a novas experiências. Por fim, há estudos que defendem que a criatividade pode ser fortalecida como qualquer outro músculo do corpo. Portanto, encontrar tempo para os seus hobbies talvez seja a melhor coisa que você vai fazer pela sua vida profissional.

Integrando a Indústria 4.0

Também segundo dados da Deloitte, 32% dos líderes empresariais acreditam que um dos três principais riscos da implantação de inteligências artificiais em seus empreendimentos é a questão ética. Afinal, sistemas operacionais são programados para avaliar números e oferecer soluções mais lucrativas, sem colocar na equação o custo social da escolha.

Nesse sentido, percebendo o crescimento de marcas sustentáveis e de movimentos voltados ao consumo consciente, as melhores chances estão do lado das empresas que investirem na formação de líderes dotados de soft skills. Ou seja, de pessoas que saibam avaliar o mercado de um ponto de vista verdadeiramente humano.

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