O que é a técnica mnemônica e como ela melhora o desempenho nos estudos?
Hoje, você vai aprender sobre a técnica mnemônica, desde sua origem até às suas possíveis contribuições para sua preparação para o vestibular.
Ao longo da evolução, o cérebro humano e sua incrível plasticidade se modificaram, aumentando de tamanho e lapidando suas funções. Isso é um fato reconhecido pela ciência. No entanto, o mistério sobre a nossa capacidade de armazenar e recordar eventos e informações persiste sem ser desvendado.
Ou seja, não podemos dizer por certo se a quantidade de conteúdo ensinada em sala de aula é muita ou pouca. Mas nós não precisamos dessa resposta para saber que utilizar métodos de estudo que facilitam o processo é algo muito positivo.
Hoje, você vai aprender sobre a técnica mnemônica, desde sua origem até às suas possíveis contribuições para sua preparação para o vestibular. Com vários exemplos, claro. Então, continue sua leitura!
O que é e como funciona o estudo mnemônico?
Apesar de seu nome parecer complexo, estudo mnemônico nada mais é do que uma técnica de memorização. Mnemônico é uma palavra cuja origem vem do termo grego “mnemonikós”, que significa “o uso correto da memória”.
A partir da condensação de informações em partes menores e do princípio de associação, o método serve para criar gatilhos mentais úteis para o momento da prova. Tais gatilhos estimulam o cérebro, trazendo à tona informações que, de outro modo, seriam mais difíceis de lembrar.
Se você já fez cursinho pré-vestibular ou para concurso, provavelmente, ouviu falar sobre isso com um nome mais simples: “macete”. Sim, os macetes que os professores ensinam para que seus alunos memorizem fórmulas, processos biológicos e regras gramaticais são estudo mnemônico.
É possível usar a técnica em forma de gráfico, símbolo, palavras, frases e esquemas, a depender do tamanho da informação que precisa ser memorizada. Abaixo, selecionamos algumas para esclarecer o assunto. Mas vale a pena anotá-las desde já, para usar no Enem e outros vestibulares.
Exemplos de estudo mnemônico
1. Acrônimos
São palavras, que existem no dicionário ou não, formadas pelas primeiras letras ou sílabas de outras palavras, que podem conter várias informações importantes escondidas.
REFICOFAGE
Sigla utilizada para a memorização de informações da disciplina de Biologia. Vamos esmiuçá-la para você:
Re = reino
Fi = filo
C = classe
O = ordem
Fa = família
G = gênero
E = espécie
Agora, toda vez que você precisar categorizar um animal na prova aberta ou responder uma questão fechada sobre a taxonomia dos seres vivos, vai ficar muito mais fácil lembrar qual é a ordem correta.
2. Acrósticos
Parecidos com os acrônimos, mas em forma de verso. Para escrever um acróstico, escolhe-se uma palavra-chave, que ficará na vertical e da qual cada letra será utilizada para formar outras palavras na horizontal. É possível até formar uma frase, caso esse seja o seu objetivo.
M = Metal
A = Ametal
C = Carbono
H = Hidrogênio
O = Oxigênio
Entendeu o porquê desta ordem? Não? É para saber por quais elementos você começa a balancear uma equação química até a última etapa.
3. Canções e rimas
Quem aí nunca ficou com uma música agarrada na cabeça, tocando sem parar um mesmo trecho, de novo e de novo? Já imaginou quão útil seria se essa música fosse uma super dica para acertar a resposta de uma questão no vestibular?
Pois isso é possível. Procurar por paródias prontas na internet ou ativar sua criatividade e criar suas próprias versões das suas músicas preferidas são duas boas opções de estudo alternativo.
Vamos a um exemplo sobre um importante conteúdo da disciplina de Literatura.
“Só no modernismo” – paródia de “Só no sapatinho”
Ele chega vai chocando todo mundo
Renegando o formalismo
Não obrigando a rimar
VERSOS BRANCOS
Preocupados com a verdade
Mas com toque de ironia
e humos peculiar
Valorizando a vida cotidiana
A vida que é urbana são VANGUARDAS que vão lá
FUTURISMO, o primeiro da escala
Agressivo, rapidinho, exaltando o militar
Só no MODERNISMO, Ô Ô
O CUBISMO vem chegando com PICASSO
Basta olhar para o seu quadro
não tem nada de real
EXPRESSIONISMO, vem de dentro do sujeito
e o DADAÍSMO vem chegando
Só pra radicalizar
SURREALISMO é a última vanguarda
Muito louca e viajada
Com as figuras de DALI
E é assim que com Lorena ensinando
E essa música cantando
Lá na prova vou passar!
Só no MODERNISMO, Ô Ô
4. Frases
Um pouco mais simples, mas igualmente funcionais, são as frases prontas para memorização de fórmulas, entre outros assuntos. Elas têm o mesmo efeito dos ditados populares, que nos lembramos sem saber por quê.
É como se eles simplesmente morassem adormecidos em nossa mente até que um dia decidimos recitá-los e pronto! Já estão na ponta da língua num piscar de olhos.
Alguma avó certa vez falou para o neto que “Manga, de dia, é ouro. De tarde, é prata. De noite, mata” e isso nunca mais saiu da sua cabeça. Mas você não precisa memorizar isso, a menos que queira.
Sugerimos, porém, que guarde espaço para o que listamos a seguir.
A Lei de Ohm traz a fórmula V = R x i, na qual V corresponde à voltagem; R à resistência elétrica; e i à intensidade da corrente elétrica.
A frase macete que auxilia a memorização disso é: voar rindo intensamente.
Outra aplicação se dá na nomenclatura de ácidos, que exige a troca de ISSO por OSO; ATO por ICO; e ETO por IDRICO.
A frase pronta para tal é: mosquito teimoso, te mato, te pico e te meto no vidrico.
Gostou deste conteúdo? Nosso Blog é recheado de dicas de estudo, que podem acelerar o seu aprendizado até o dia do Enem e de outros vestibulares. Confira!
