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Nomofobia: o que é e como pode estar afetando a sua produtividade

Você não deixa seu celular nem para ir ao banheiro? Você pode estar sofrendo de "nomofobia". Saiba mais!

4
minutos de leitura

O uso de celulares e redes sociais cresce em todo o mundo, e o Brasil não é exceção. E mesmo que seja possível utilizar os dispositivos eletrônicos e as redes sociais a favor dos estudos, demos tomar cuidado com o excesso.

Esse aumento é tão expressivo que um termo foi criado, a nomofobia (ou vício em celular). Para você ter uma ideia, em 2021, havia mais de 5,27 bilhões de usuários únicos de dispositivos móveis no mundo, equivalendo a aproximadamente 67% da população mundial. Os dados são da We Are Social e Hootsuite.

No Brasil, no mesmo ano, havia cerca de 234,7 milhões de smartphones em operação, equivalendo a mais de um celular por habitante. Um estudo feito pela University College London reuniu mais de 1.000 pessoas entre 18 e 30 anos e apontou que 40% delas não suportavam a sensação de ficar longe dos celulares.

Os números são alarmantes não é mesmo? Por isso, preparamos um texto onde você confere todas as informações importantes sobre o assunto, incluindo o conceito de nomofobia, como ela pode atrapalhar os estudos e, o mais importante, como evitá-la!

O que é nomofobia e origem do nome?

Nomofobia, ou vício em celulares, é um distúrbio manifestado pelo medo de ficar sem smartphone e sem as interações promovidas por ele nas redes sociais. Assim, resumidamente, configura-se como o medo de ficar incomunicável e de perder as sensações de recompensa que ele causa.

A origem da palavra "nomofobia" vem da união de duas palavras inglesas e uma grega no+mobile+phobia, e podemos traduzir como: “medo de ficar sem o celular”.

Normalmente, a pessoa com nomofobia sente a falta de estar engajando, por não conseguir ficar sem as curtidas nas redes sociais, podendo levar até à tristeza.

O número crescente de casos fez os profissionais de saúde mental criarem uma campanha para que a nomofobia seja incluída no DSM-5, o manual dos diagnósticos e estatísticas de transtornos psicológicos, especificamente como um distúrbio relacionado ao uso intensivo da tecnologia.

A Dra. Anny Maciel, psiquiatra do Hospital das Clínicas da USP disse à Veja:

“O uso intensivo do celular libera dopamina, trazendo sensação de bem-estar, fazendo com que pessoas busquem cada vez mais essa recompensa, resultando em dependência emocional”.

Quais são os sinais da nomofobia?

Se você quer saber se pode estar viciado em smartphone e em redes sociais, observe se:

  • olha obsessivamente para as informações do aparelho;
  • confere obsessivamente as redes sociais e o WhatsApp;
  • é incapaz de ir ao banheiro sem levar o telefone;
  • carrega frequentemente a bateria do celular;
  • fica irritado em lugares sem conexão Wi-fi;
  • é incapaz de desligar o telefone.

Como a nomofobia pode atrapalhar seus estudos?

O vício em celular atrapalha os estudos devido aos sintomas (físicos e emocionais) ocasionados. Veja!

Sintomas físicos

Entre os principais sinais estão:

  • dor atrás do pescoço (coluna cervical);
  • falta de ar;
  • manchas na pele;
  • tontura;
  • tremores;
  • falta de apetite;
  • náuseas;
  • dor no peito;
  • suor;
  • palpitação;
  • dor de cabeça;
  • enxaqueca;
  • insônia, etc.

Sintomas emocionais

Já os sinais emocionais mais frequentes são:

Viu quantos sintomas? Com base neles, fica claro que uma pessoa estudando para fazer uma prova ou entrar em uma faculdade e apresenta estes sintomas, não conseguirá aproveitar o tempo estudado, nem tampouco a qualidade do estudo. Logo, não fixará o conteúdo estudado.

Quais os problemas sociais da nomofobia?

Até aqui, você já viu o que é nomofobia, quais os sinais que indicam que uma pessoa está sofrendo com o vício em celular, quais sintomas atrapalham os estudos, o trabalho e a qualidade de vida.

Agora, você verá como a nomofobia afeta seu dia a dia. As principais são:

  • perda de produtividade nos afazeres diários;
  • crises de ansiedade durante o estudo ou trabalho;
  • tendência ao isolamento social;
  • transferência do mau hábito aos filhos;
  • aparente falta de educação;
  • tendência para noites de insônia;
  • diagnóstico de depressão.

Como evitar os sintomas da nomofobia?

Algumas dicas são essenciais para quem acha que está desenvolvendo a nomofobia e quer se livrar dela o mais rápido possível!

Tenha bom senso

Para que o uso do celular não seja abusivo no seu dia a dia, tome consciência do ato de pegar o celular todas as vezes que usá-lo e evite fazê-lo em algumas dessas vezes. Vá aumentando a frequência de "não pegá-lo".

Observe os sintomas

Atente-se às consequências físicas e psicológicas já mencionadas. Prestando atenção nelas, fica mais fácil entender a importância de deixar o celular de lado mais vezes.

Além disso, observe se o seu desempenho (nos estudos, no trabalho e social) está sendo prejudicado.

Dose o uso diário do celular

Não deixe de fazer suas atividades diárias, deixar de ir aos compromissos ou a encontros para ficar conectado ao smartphone.

Valorize a vida real

Priorize sua vida social real à virtual. Assim, escolha as amizades reais ao invés daquelas exclusivamente virtuais.

Faça atividades físicas

Praticar exercícios físicos regularmente traz benefícios para o corpo e mente. Nesses momentos, deixe o celular de lado e procure interagir com quem também está se exercitando.

Além disso, enquanto estiver usando o celular, faça pausas para alongar o pescoço, as costas, os braços e os punhos.

Desconfie das publicações

Não deixe que o seu humor fique alterado com as publicações virtuais. Isso porque, nem tudo o que está lá é verdadeiro. Lembre-se que todas as pessoas têm problemas e dias difíceis, mas poucos publicam coisas negativas.

Atente-se para suas publicações

A última, mas não menos importante dica é: cuidado com o que você posta nas suas redes sociais. Muitas pessoas usam a internet para desabafar, publicando suas dores físicas e emocionais.

Lembre-se de que pessoas com pouca intimidade com você também estarão lendo e, o que é pior, seus professores e até empregadores poderão ler — o que é muito negativo!

E então, o que achou do assunto nomofobia?

Você acha que se identificou com estes sinais? Se a resposta for sim, tente seguir as nossas dicas, mas se os sintomas do vício em celular não diminuírem ou se você não conseguir ficar sem o celular, procure ajuda de um psicólogo e/ou um médico psiquiatra. Estes profissionais são os mais indicados para ajudá-lo nestas situações!

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