Avanços em implantes dentários: conheça novos materiais e métodos
Você sabe como os implantes dentários surgiram e o que devemos esperar deles para o futuro? Confira em nosso post!

A falta de um dente pode afetar de forma negativa a qualidade de vida dos pacientes. Além da preocupação com a aparência, a ausência de dentes pode tornar atividades diárias, como comer e falar corretamente, mais desafiadoras. Para enfrentar essa dificuldade, os implantes dentários surgiram como uma alternativa inovadora e eficaz para a substituição de dentes perdidos.
Esses componentes contam com uma história interessante e têm evoluído desde o seu surgimento. Para ajudar você a entender os avanços nos materiais e métodos dos implantes dentários, preparamos este artigo. Acompanhe até o final!
Como eram feitos os primeiros implantes dentários?
Na sua forma mais primitiva, os primeiros implantes dentários datam de civilizações antigas e eram bem rudimentares comparados aos de hoje. Arqueólogos encontraram evidências de que povos antigos, como os maias, usavam pedaços de conchas esculpidas e fragmentos de ossos ou metais preciosos como implantes para substituir dentes perdidos.
No entanto, os primeiros implantes modernos surgiram com a descoberta da osseointegração por Per-Ingvar Brånemark, na década de 1950.
Esses implantes eram feitos de titânio devido à sua biocompatibilidade e capacidade de se fundir ao osso. Brånemark desenvolveu cilindros de titânio que eram inseridos no osso maxilar ou mandibular, proporcionando uma base estável para coroas dentárias, revolucionando a prática para os dentistas.


Como foi a evolução da história dos implantes dentários?
A evolução da história dos implantes dentários tem sido marcada por vários avanços tecnológicos e científicos desde a sua descoberta inicial. Abaixo, veja uma linha do tempo que resume os principais desenvolvimentos.
Descoberta da osseointegração (1950s-1960s)
Como vimos, o professor sueco Per-Ingvar Brånemark descobriu que o titânio podia se integrar ao osso de forma estável e duradoura. Ele utilizou cilindros de titânio em experimentos e, após a confirmação da osseointegração, iniciou os primeiros implantes dentários em humanos.
Primeiros implantes comerciais (1970s-1980s)
O sucesso inicial dos implantes de titânio levou à sua comercialização e aceitação crescente na comunidade odontológica. Esses primeiros implantes eram predominantemente de titânio puro, contando com a forma cilíndrica.
Melhorias no design e nos materiais (1990s)
Avanços no design dos implantes, como a introdução de superfícies texturizadas e roscas helicoidais, melhoraram a estabilidade inicial e a taxa de sucesso. Também foram explorados novos materiais e ligas de titânio para aumentar a biocompatibilidade e a resistência.
Técnicas cirúrgicas avançadas (2000s)
O desenvolvimento de técnicas cirúrgicas menos invasivas, como a cirurgia guiada por computador, permitiu aos profissionais uma colocação mais precisa dos implantes. Além disso, a regeneração óssea guiada (GBR) e a utilização de enxertos ósseos ajudaram a ampliar as indicações para pacientes com perda óssea significativa.
Implantes imediatos e carga imediata (2000s-2010s)
A técnica de implantes imediatos, na qual o implante é colocado logo após a extração do dente, e da carga imediata, em que a prótese é colocada logo após a inserção do implante, tornaram-se mais comuns. Isso reduziu o tempo de tratamento e melhorou o conforto do paciente.
Inovações recentes (2020s)
A nanotecnologia e as superfícies de implantes bioativas estão sendo pesquisadas para melhorar ainda mais a osseointegração e a cicatrização. Os avanços na impressão 3D permitem a fabricação personalizada de implantes e próteses, adaptando-se melhor à anatomia individual do paciente.
Além disso, a digitalização e a tecnologia CAD/CAM (projeto e fabricação assistidos por computador) tornaram-se padrão na odontologia de implantes, aumentando a precisão e a eficiência do tratamento.
Esses avanços contribuíram para que os implantes dentários se tornassem uma solução altamente previsível, segura e eficaz para a substituição de dentes perdidos, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
O que podemos esperar dos avanços dos implantes dentários para o futuro?
Os avanços futuros nos implantes dentários prometem transformar ainda mais a odontologia, trazendo inovações que melhorarão a eficiência, a eficácia e a acessibilidade dos tratamentos, assim como a experiência do paciente.
Podemos esperar o desenvolvimento de novos materiais bioativos que não apenas suportem a osseointegração, mas também promovam a regeneração óssea e gengival. Esses materiais podem incluir ligas de titânio modificadas, cerâmicas avançadas e polímeros bioabsorvíveis.
A impressão 3D continuará a evoluir, permitindo a criação de implantes personalizados com precisão milimétrica. Isso incluirá implantes adaptados à anatomia específica do paciente e a impressão de estruturas ósseas para enxertos personalizados.
Superfícies de implantes projetadas em escala nanométrica poderão melhorar a interação entre o implante e o osso, acelerando a osseointegração e reduzindo o tempo de cicatrização. A nanotecnologia também poderá ser usada a fim de criar superfícies antibacterianas, reduzindo o risco de infecções.
Além disso, destaca-se que a utilização de células-tronco para promover a regeneração óssea e tecidual ao redor dos implantes é uma área promissora, permitindo a regeneração de estruturas ósseas deficientes e tornando os implantes viáveis para uma gama mais ampla de pacientes.
O desenvolvimento de implantes "inteligentes" equipados com sensores capazes de monitorar a saúde óssea e gengival em tempo real também é esperado. Esses implantes poderão fornecer dados contínuos sobre a estabilidade e a integridade do implante, permitindo uma intervenção precoce em caso de problemas.
A odontologia digital continuará a se expandir, com escaneamentos intraorais, planejamento cirúrgico virtual e fabricação de próteses CAD/CAM. Esses avanços se tornarão ainda mais integrados e acessíveis, reduzindo os tempos de tratamento e aumentando a precisão dos procedimentos.
Ainda, o avanço das técnicas minimamente invasivas continuará a reduzir o desconforto e o tempo de recuperação dos pacientes. Procedimentos guiados por imagem e cirurgia robótica poderão oferecer colocação de implantes mais precisa e menos traumática.
Por fim, com o avanço das tecnologias e a produção em maior escala, os custos dos implantes dentários tendem a diminuir, fazendo com que sejam mais viáveis para uma maior parte da população.
Como vimos, com o progresso contínuo da tecnologia, o horizonte dos implantes dentários se mostra promissor. O aprimoramento de materiais e métodos cirúrgicos tem a perspectiva de tornar os implantes mais acessíveis e eficientes. Estudos em desenvolvimento ainda investigam a engenharia de tecidos e a bioimpressão, abrindo caminho para novas formas de criar estruturas dentárias.
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