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Financiamento estudantil vale a pena? Entenda aqui!

Descubra as várias as opções de financiamento estudantil disponíveis, com certeza uma delas será a mais adequada ao seu caso.

6
minutos de leitura

Você quer fazer uma graduação, mas percebe que as mensalidades do curso não cabem no seu orçamento? Você pode recorrer a um financiamento estudantil! Esse tipo de empréstimo permite financiar as mensalidades da faculdade e pagar o saldo devedor somente depois de formado.

São várias as opções disponíveis, com certeza uma delas será a mais adequada ao seu caso, ao curso que você deseja fazer e, claro, aos planos financeiros que você tem para o futuro e para o presente.

Mas, diante de tudo isso, será que contratar um financiamento estudantil vale a pena? Continue lendo e confira!

financiamento estudantil

 

Quais são as opções de financiamento estudantil?

Chega de dúvidas! Continue a leitura para entender, de uma vez por todas, quais são as opções disponíveis para o seu financiamento estudantil.

Fies

O Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) é um programa do Governo Federal que oferece financiamento parcial ou integral das mensalidades de cursos de graduação em instituições privadas de ensino superior. Seu objetivo é facilitar o acesso à educação superior para estudantes de baixa renda. Confira as regras!

Quem pode participar do Fies?

Para se candidatar ao FIES, o estudante deve cumprir os seguintes requisitos:

  • ter realizado alguma edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010;
  • ter obtido nota mínima de 450 pontos na média das provas do Enem e nota diferente de zero na redação;
  • ter renda familiar per capita de até 3 salários mínimos (Fies tradicional) ou até 5 salários mínimos (P-Fies, via bancos);
  • estar matriculado em curso de graduação presencial, com avaliação positiva pelo MEC, e em uma instituição participante do programa.

Importante: nem todas as instituições e cursos participam do Fies. As áreas com mais opções de financiamento costumam ser Saúde, Engenharias e Licenciaturas. É necessário verificar previamente se o curso desejado está entre os habilitados para financiamento naquele semestre.

Modalidades do FIies em 2025

O Fies atualmente se divide em duas modalidades principais. Confira!

Fies

Aqui, você tem:

  • financiamento com juros zero;
  • destinado a estudantes com renda familiar per capita de até 3 salários mínimos;
  • os encargos cobrados durante o curso são simbólicos (parcelas trimestrais de até R$ 150,00);
  • o pagamento da dívida começa após a conclusão do curso, com valor mensal limitado a até 10% da renda do ex-estudante;
  • pode exigir fiador, dependendo da análise de risco e da renda familiar

2. P-Fies (modalidade via bancos privados):

  • financiamento realizado por instituições financeiras parceiras;
  • destinado a estudantes com renda familiar per capita de até 5 salários mínimos;
  • taxas de juros variáveis, definidas pelo banco escolhido (em média, em torno de 6,5% ao ano);
  • a contratação está sujeita à análise de crédito, podendo exigir fiador e comprovação de renda formal;
  • as condições de carência e amortização variam conforme o contrato com o banco.

Fies social

E não é só isso! Ainda há uma terceira opção: o Fies social. Lançado oficialmente em 2024 e ampliado em 2025, ele é uma linha de prioridade dentro do Fies tradicional. Ele garante até 100% de financiamento com juros zero para estudantes que:

  • estão inscritos no Cadastro Único (CadÚnico);
  • têm renda familiar per capita de até meio salário mínimo;
  • estão matriculados em cursos prioritários, como os da área da Saúde.

Cerca de 50% das vagas do Fies são reservadas para esse público. A validação das informações é feita automaticamente pelo sistema com base no CPF do candidato, sem necessidade de entregar documentação presencial para comprovação da renda.

Condições de pagamento e amortização

As condições de pagamento variam conforme a modalidade do financiamento.

Por exemplo, durante o curso no caso do Fies tradicional:

  • o estudante paga apenas uma taxa simbólica trimestral (até R$ 150);
  • não há cobrança das mensalidades financiadas nesse período.

Após a formatura:

  • o pagamento da dívida começa até 18 meses depois da conclusão do curso;
  • o valor da parcela não pode ultrapassar 10% da renda mensal do beneficiário;
  • o prazo para quitação pode ser de até 3 vezes o tempo de duração regular do curso, mais 12 meses adicionais, dependendo do contrato.

No caso do P-Fies, os valores, prazos e início dos pagamentos variam conforme o banco escolhido, e o pagamento pode começar já durante o curso, dependendo do contrato.

Financiamento estudantil de bancos

Para contratar um financiamento estudantil privado em uma instituição bancária é preciso ser correntista do banco em questão. As condições gerais, como taxas de juros e prazos para pagamento da dívida, variam de acordo com a instituição financeira.

Os juros desse tipo de financiamento costumam ser menores que os de outros empréstimos, mas ainda são bem mais altos do que os juros do Fies. Uma vantagem: para contratar um financiamento estudantil privado não é preciso se encaixar nos critérios do Fies, como participação no Enem e comprovação de renda familiar.

Financiamento estudantil de empresas de crédito

Empresas de crédito são especializadas em variados tipos de financiamentos, entre eles, o financiamento estudantil. Geralmente, a contratação pode ser feita diretamente pela Internet e não é preciso ter conta em banco nem ter participado do Enem.

O mais conhecido é o Pravaler Crédito Universitário. Com esse tipo de financiamento, você paga seu curso em parcelas mensais, mas cada parcela é composta por metade do valor da mensalidade mais encargos.

Assim, você paga o curso todo em até 2,2 vezes o tempo de duração do curso. No site, é possível fazer uma simulação para saber quanto você irá pagar por mês.

Uma das vantagens é a possibilidade de utilização do crédito para quitar até 2 mensalidades do curso que estejam em atraso.

Financiamento estudantil da universidade

Desde que o Fies diminuiu a sua oferta de vagas, várias faculdades privadas vêm oferecendo financiamento para seus alunos. Procure a sua instituição de ensino e saiba se ela oferece alguma opção para financiar as mensalidades.

A vantagem desse tipo de financiamento é que ele é contratado diretamente com a instituição de ensino, com poucas procedimentos burocráticos. Em alguns casos, com taxas e prazos similares aos do Fies.

E o ProUni?

O estudante que deseja fazer uma faculdade privada e não pode arcar com o valor das mensalidades tem outras opções além do financiamento estudantil. Uma delas é o ProUni.

O ProUni não é um financiamento, mas uma bolsa de estudos, integral ou parcial, oferecida pelo Ministério da Educação e condicionada a necessidades financeiras.

Para conseguir a bolsa integral, é preciso ter renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio. Quem tem renda familiar per capita de até três salários mínimos pode ter bolsa de até 50%.

A participação na seleção do ProUni também está vinculada ao Enem e é bastante concorrida. Assim como no Fies, é preciso ter feito o último Enem e obtido média no exame de, no mínimo, 450 pontos e nota diferente de zero na redação.

As notas obtidas no exame são consideradas como critério para a ordem de distribuição das bolsas. Ou seja, candidatos com melhores notas têm mais opções de cursos disponíveis.

E então, o financiamento estudantil vale a pena?

Contratar um financiamento estudantil pode ser vantajoso, já que você vai pagar as mensalidades em prazos maiores. Porém, é importante fazer algumas considerações e tomar algumas precauções antes de fechar o contrato.

Leve em conta que um financiamento estudantil, mesmo a juros baixos, é um empréstimo. Ainda que só depois de formado, você vai precisar pagar essa dívida e o valor pago será maior.

Se realmente fizer a opção pelo financiamento, pesquise em diversas instituições financeiras e compare as condições oferecidas para escolher o financiamento mais vantajoso antes de fechar o contrato.

A principal vantagem do financiamento estudantil é viabilizar o diploma de curso superior para quem não tem condições, no momento, de arcar com as mensalidades. Alguns cursos, como Medicina, têm mensalidades com valores muito altos. Sendo assim, um financiamento pode ser a solução para não abrir mão do sonho de fazer o curso que você deseja.

E quando é que vale a pena fazer isso?

Optar por um financiamento estudantil, independentemente de qual seja a alternativa escolhida, pode ser uma excelente estratégia para quem deseja cursar o ensino superior em uma instituição privada, mas não tem condições financeiras imediatas para arcar com as mensalidades.

No entanto, essa decisão deve ser tomada com consciência e planejamento. A seguir, veja em quais situações o financiamento pode realmente valer a pena!

Quando o curso desejado tem mensalidade elevada

Cursos como Medicina, Odontologia e Engenharia costumam ter mensalidades altas. Se a instituição for bem avaliada pelo MEC, tiver boa empregabilidade e estiver entre as melhores do país, um financiamento como o Fies pode viabilizar um ensino de qualidade que, sem ele, seria inacessível.

Ou seja: vale muito a pena se o curso oferecer retorno no médio e longo prazo, especialmente em termos de empregabilidade e salário.

Quando não há outra forma de ingressar no ensino superior  

No entanto, é claro que o valor da mensalidade não é o único motivo para fazer um financiamento estudantil. Se o estudante não conseguiu vaga em universidade pública e não tem condições de pagar uma instituição privada, o financiamento pode ser o único caminho viável.

Nesse caso, ele representa uma forma de investir no próprio futuro, desde que haja um plano para quitar a dívida após a formatura.

Quando há acesso a boas condições de pagamento

O financiamento vale ainda mais a pena quando oferece juros baixos (ou zero, como no Fies tradicional), carência estendida e possibilidade de pagamento proporcional à renda. Isso evita o acúmulo de dívidas impagáveis e permite que o ex-aluno inicie sua carreira com segurança.

Quando o estudante tem disciplina financeira

Mesmo com prazos longos e parcelas acessíveis, um financiamento é uma dívida e exige responsabilidade. Se o estudante entende o compromisso, tem um plano de carreira e está disposto a se organizar financeiramente para quitar o que for devido, então o financiamento estudantil é uma decisão estratégica, não um risco.

Como você pôde conferir neste artigo, são muitas as opções para fazer um curso de graduação em uma instituição privada sem comprometer seu orçamento. Se for o seu caso, escolha a melhor opção de financiamento estudantil para você e vá em frente!  

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