Estágio e carreira

Empreender ou ser empregado? Descubra qual é o seu perfil

Saiba quais são as características ideais para quem quer empreender e para quem deseja crescer no meio corporativo!

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O desejo de abrir o próprio negócio é mais comum no Brasil do que se imagina. Apesar de ser considerado um processo custoso e moroso quando comparado a países como Estados Unidos e Suécia, em 2022, uma pesquisa revelou que 60% da população brasileira buscava empreender.

Ser empregado, porém, também não é uma opção que fica muito atrás, visto que a busca por concursos públicos cresce 40% ao ano no país. Os direitos adquiridos por ser celetista e a estabilidade da carreira fora do setor privado são, muitas vezes, a garantia de um sono tranquilo à noite.

Outra opção é atuar em empresas privadas, que costumam oferecer maior flexibilidade para ascensão ou mesmo de trabalho, com modelos híbridos ou totalmente remotos. Hoje, as pessoas têm valorizado essas condições muito mais do que o próprio salário na hora de procurar um emprego.

No fim das contas, as possibilidades são muitas, mas a verdade é que nem todo mundo tem o perfil necessário para cada uma delas. Além disso, engana-se quem acha que entre as três alternativas que listamos acima existem apenas três perfis profissionais.

A seguir, você vai entender exatamente sobre o que estamos falando. E, claro, encontrar o seu lugar ideal para construir uma carreira de sucesso.

Empreendedor sem sócios

Em geral, a pessoa com perfil para empreender possui duas características muito específicas: querer ser o próprio chefe e o dono do seu próprio tempo. Entram nessa esfera não apenas aqueles que querem abrir uma empresa e ter vários funcionários, mas também os profissionais autônomos, como advogados e psicólogos.

Para este modelo de trabalho funcionar, é preciso ser extremamente organizado, pois a renda não é a mesma ou sequer certa todo mês. Recebe-se por serviço prestado ou produto vendido, e ambos os casos dependem diretamente de haver uma demanda para o que é ofertado.

Isso nos leva a outra estância importante: o saber encantar e ouvir críticas. Não, empreender não é sinônimo de não precisar lidar com pessoas. Muito pelo contrário, pois o seu bom atendimento que atrairá mais clientes ou pacientes para o seu negócio.

Portanto, pode avaliar se sua soft skill da empatia está bem desenvolvida antes de abrir um CNPJ. Outras características igualmente relevantes são:

  • Proatividade;
  • Ser voltado para metas;
  • Habilidade para planejar;
  • Comprometimento;
  • Persistência;
  • Autoconfiança.

Empreendedor com sócio

Empreender com alguém pode ser mais fácil ou mais difícil – tudo vai depender da sua capacidade de dividir tarefas e de escolher uma pessoa de confiança para estar ao seu lado. Quando há mais pessoas pensando à frente de um negócio, saber respeitar a opinião do outro é extremamente importante.

Em suma, você vai precisar de todas as características que mencionamos no item anterior somadas à habilidade de trabalhar em equipe. Por outro lado, é como diz o provérbio africano: “Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá em grupo.”

Dividir os fardos de abrir um negócio pode torná-los mais leves. De forma inversamente proporcional, a felicidade de cada conquista também será mais farta. Há, porém, que existir uma boa sintonia entre os envolvidos e uma comunicação não violenta.

Ter um sócio não significa ter menos responsabilidades individuais. Se tem uma coisa que gera desgaste e pode causar a dissolução de uma sociedade é o ato de colocar a culpa no outro do que fez ou deixou de fazer.

Corporativo funcionário

Desde 2014, tem sido percebida uma nova tendência entre os norte-americanos: a quiet ambition. O termo foi cunhado por Austin Kleon, autor do livro “Roube Como Um Artista”, e resta aos pesquisadores brasileiros descobrirem se os trabalhadores daqui também estão enveredando para esse lado.

O quiet ambition é o posicionamento dos funcionários que não querem se tornar líderes de equipe. Normalmente, os melhores indivíduos de um time são promovidos a gerentes, posição onde passam a ser responsáveis pelo seu trabalho e pelo dos outros.

Isso acontece porque há uma percepção de que aquele profissional é capaz de ensinar aos outros a serem como ele era. Cria-se também a ideia de que a partir do próprio esforço é possível alçar cargos mais elevados. Só que, hoje, apenas 34% dos trabalhadores estão “presos” a isso nos Estados Unidos.

Logo, existem pelo menos dois perfis entre aqueles que não desejam empreender: o corporativo funcionário e o corporativo chefe. Vamos começar falando do primeiro. Aqui estão as características ideais para seguir uma carreira Y, isto é, para subir de nível como especialista:

  • Foco em resultado com base em pesquisas;
  • Criatividade;
  • Conhecimento específico e não generalista;
  • Automotivação;
  • Gosto por estudar e manter-se atualizado;
  • Pensamento analítico;
  • Apreço por questões de alta complexidade.

Corporativo chefe

Vamos retomar o que foi dito no item anterior, pois um bom líder precisa ter todas as características de um funcionário especialista. Há, porém, uma exceção: o perfil corporativo chefe requer amplitude de conhecimentos.

Por exemplo, um Chief Marketing Executive (CMO) deve ser um profissional generalista, com conhecimento em Growth, Mídia, Planejamento, Arte e Conteúdo para executar suas funções com sabedoria.

Abaixo dele, o Head de cada setor será também generalista, mas com ênfase em sua área de atuação. Assim, eles serão capazes de interconectar suas ações, tocando projetos com maior eficiência, sem perder o “tcham” de saber orientar seus liderados em suas áreas de expertise.

Faz sentido, certo? Pois bem. Para além de suas hard skills apuradas, esses profissionais devem ser justos, bons em dar feedbacks com respeito e em incentivar, assim como de representar sua equipe dentro da empresa.

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