Conheça a Teoria de Resposta ao Item (TRI) e saiba como ela molda sua nota no Enem
A TRI é um algoritmo utilizado pelo Enem para determinar o nível das questões do exame e pode ser uma grande aliada sua. Entenda! Palavra-chave: teoria de resposta ao item.
A Teoria da Resposta ao Item (TRI) soa intimidadora para muitos vestibulandos, mas não deveria ser assim. Quando se conhece a metodologia, pode-se também descobrir como usá-la a seu favor.
Entenda de vez o que é a TRI, porquê ela é utilizada e como ela molda sua nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O que é a Teoria da Resposta ao Item?
Calcular a nota do Enem não é tão simples quanto em outros vestibulares. Em vez de se basear apenas no número total de acertos e erros, a Teoria da Resposta ao Item é um algoritmo utilizado para legitimar o conhecimento dos alunos e reprimir os “chutes” de alternativas.
Para tanto, as 180 questões do exame são divididas em três níveis: fácil, médio e difícil. A partir do padrão de erros e acertos do candidato, o algoritmo consegue determinar se ele acertou porque de fato sabia (o que lhe garante o ponto inteiro da questão) ou se chutou (recebendo uma pontuação menor).
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Por isso, a nota final do Enem não é determinada só pelo número de acertos, mas também pelo nível de dificuldade das respostas corretas e erradas.
A coerência dos acertos também é levada em consideração. Uma pessoa que acertou mais questões do tipo fácil e médio pode pontuar mais que uma pessoa que acertou questões difíceis aleatoriamente, com prováveis “chutes”. Pela inconsistência no padrão de respostas, a nota se torna menor.
É possível descobrir o nível de dificuldade das questões?
Não, não é possível descobrir com certeza, já que o nível é definido pela banca do exame apenas durante a correção dos cartões-resposta, após as provas já terem sido realizadas.
A dificuldade de cada questão não segue um critério subjetivo da banca, mas se baseia em estatística. As questões mais acertadas pelos candidatos vão para o grupo das mais fáceis e, portanto, possuem pontuação menor.
O mesmo acontece com os outros dois níveis: as questões com uma média aproximada de 50% de acerto se tornam médias, enquanto as mais difíceis entram no seleto grupo das questões que valem mais pontos.
A escolha do Enem pela TRI
Optar por um método de avaliação tão complexo não ocorre sem motivos. A escolha da TRI se dá pelo mesmo motivo dela ser utilizada no SAT (Scholastic Aptitude Test) nos Estados Unidos: o tamanho e o alcance da prova.
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O Scholastic Aptitude Test é um exame semelhante ao Enem e também estabelece um algoritmo para definir as notas. Ao garantir uma avaliação mais apurada, que vai além de certo e errado, evita-se que milhões de candidatos tenham notas iguais e dependam de critérios de desempate para definir suas colocações. Imagine quanto tempo levaria para fazer tudo isso?
Já mencionamos que a Teoria da Resposta ao Item também tem o objetivo de evitar os “chutes”. Em outras palavras, a escolha deste método reforça a importância de realmente adquirir o conhecimento exigido pela prova, fazendo com que quem se preparou pontue mais que alguém que apenas teve “sorte”.
Como a TRI pode ser uma aliada no Enem
Não existe fórmula mágica para se dar bem na prova - preparar-se para o exame é fundamental.
No entanto, ao conhecer como a Teoria de Resposta ao Item funciona, é possível se planejar melhor para suas especificidades. Naturalmente, o essencial é acertar o maior número de questões possíveis, mas procurando acertar as mais complexas sem deixar de lado as mais fáceis.
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Além disso, fuja dos dois maiores mitos sobre a TRI na hora de fazer a prova:
- Não perca tempo e atenção tentando deduzir o nível de dificuldade das questões. Nem o próprio Enem terá isso definido enquanto você realizar a prova.
- Não deixe nenhuma alternativa em branco, sem resposta. Receber uma pontuação menor, em caso do algoritmo entender que você chutou a resposta, ainda é melhor do que não receber nenhum ponto.
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