Como o verão e o calor impactam seu raciocínio e aprendizado
Saiba como amenizar os efeitos negativos do calor sobre o seu aprendizado neste artigo e guarde as dicas até março!
Janeiro começou, e isso significa que estamos no auge do verão no Hemisfério Sul, quando as temperaturas costumam ultrapassar a casa dos 30ºC em todas as regiões do Brasil. Embora seja muito bom para o período de férias, com diversas opções de lazer para descontrair, a estação mais quente do ano não é nada boa para quem precisa focar nos estudos.
“Ah, mas eu odeio frio”. Bom, nós temos uma má notícia. Nem quem gosta de sentir calor está isento de sofrer com seus impactos negativos sobre o raciocínio e, consequentemente, no aprendizado.
Saiba como amenizar esses efeitos com o nosso artigo. Mesmo que você não vá estudar em janeiro, será bom usar essas dicas pelo menos até o início do outono.
Impactos do calor sobre o aprendizado
Menor capacidade cognitiva
Nesta época, o fluxo de sangue que chega ao cérebro é menor do que quando as temperaturas estão mais amenas. A capacidade cognitiva é uma função cerebral com a qual conseguimos absorver informações e gerar conhecimento.
Portanto, um mau desempenho do órgão afeta diretamente a nossa aprendizagem. Também é o principal motivo para a indisposição que muitos sentem durante o verão. Sem falar que a diminuição da pressão arterial pode ocasionar desmaios e tonturas.
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Erros de julgamento
Quando está mais quente, precisamos beber um volume maior de água para o nosso corpo funcionar direito. Mas nem sempre nos lembramos disso, e a desidratação tem vários efeitos negativos para os estudos, sendo um deles a confusão mental. Então, como estudar assim?
Existe também uma teoria de que o frio, quando leve ou moderado, possibilita um melhor desempenho acadêmico, pois nos deixa mais alertas, com a atenção mais aguçada, o que nos previne de cometer erros bobos, porque a atividade elétrica cerebral fica mais intensa na ausência do calor intenso.
Sonolência
Outro efeito causado pela falta de hidratação em dias muito quentes. A sonolência afeta a nossa atenção, impede que prossigamos uma leitura com fluidez e nos deixa mais cansados, mesmo após uma boa noite de repouso.
Quem sofre de insônia sabe o que é tentar estudar quando não é capaz sequer de manter os olhos abertos durante o dia. Então, não deixe que o período de calor seja mais intenso por falta de disciplina para beber água.
Saiba mais: Como equilibrar o sono com os estudos?
Irritabilidade
Recebeu um resultado ruim de simulado ou errou uma questão aberta de matemática após horas de cálculos e ficou com vontade de jogar o caderno pela janela? Durante o verão, tal ímpeto disfuncional pode, sim, acontecer com mais frequência. Fique tranquilo, não é culpa sua.
A irritação é uma consequência natural do estresse térmico que o nosso organismo sofre quando colocado sob temperaturas muito elevadas. Assim, para manter o corpo a 36ºC, nossos vasos se dilatam, e o suor corre livre, a fim de dissipar o calor em excesso.
Quando os recursos tornam-se insuficientes é que o problema começa. Além da irritabilidade, um sintoma bastante comum é o cansaço, que faz do ato de estudar uma missão muito mais pesada.
Distração
Cientistas de três universidades dos Estados Unidos conduziram uma pesquisa que revelou ser mais difícil se concentrar em períodos de calor. Foram analisados os desempenhos acadêmicos de 10 milhões de estudantes durante 13 anos.
A amostragem possibilitou até quantificar o problema: para cada 0,55°C de elevação no termômetro, as notas médias dos alunos caíram 1%.
A distração acontece tanto pelo incômodo com o clima quanto pelo seu efeito sobre a cognição. A partir daí, retemos menos conteúdo e, portanto, aprendemos menos do que é passado pelos professores.
Como contornar o calor para estudar melhor
O ideal mesmo era que todo mundo morasse em uma residência fresca e bem ventilada ou tivesse condições de resfriar pelo menos um cômodo com ar condicionado. Porém, sabemos que esta está longe de ser a realidade da maior parte da população brasileira.
Então, vamos a alguns truques mais simples aos quais você pode recorrer durante o verão:
- Ingerir no mínimo dois litros de água por dia;
- Hidratar os olhos, as narinas e os lábios;
- Evitar banhos muito quentes;
- Evitar o uso excessivo de sabonetes e buchas, que removem a oleosidade natural da pele;
- Colocar uma toalha úmida sobre as costas para trocar calor com objeto;
- Deixar os pés de molho em uma bacia embaixo da mesa enquanto estuda sentado;
- Manter as janelas de casa abertas durante o dia.
Vale ressaltar que café, refrigerante, bebidas alcoólicas e energéticos não são substitutos para uma boa hidratação, pois todos têm efeito diurético. Isto é, fazem você ir mais ao banheiro para eliminar o líquido filtrado pelos rins do seu corpo.
No mais, não ande debaixo do sol entre 10h e 16h, e faça refeições mais leves, com preferência para hortaliças e frutas frescas.
Tudo isso vai encher seu organismo de eletrólitos, cuja função é transportar água para dentro das células e provocar impulsos elétricos. Em suma, eles são fundamentais para o funcionamento do sistema nervoso e dos músculos.
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