Vestibular

Como estudar Matemática e outras matérias de exatas

Que tal entender como estudar matemática e outras matérias de exatas? Confira este artigo que preparamos para você. Boa leitura!

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Este artigo é para quem não é muito fã de Matemática e de exatas em geral, mas precisa estudar para o vestibular. Se identificou? Então, boa leitura!

Um erro muito comum dos pré-vestibulandos para Medicina é focar somente nas apostilas das disciplinas de biológicas, resolver listas e mais listas das matérias que amam e se esquecer completamente dos outros conteúdos.

É bastante compreensível buscar o refúgio em acertar vários exercícios em sequência, dependendo do seu dia de estudo. Apenas seja cauteloso para que isso não se torne um hábito, pois questões de matemática e física caem em todos os vestibulares. Sem falar que estas disciplinas vão te ajudar no decorrer da graduação, já que fazem parte da rotina de todo universitário.

Embora qualquer estudante possa se beneficiar das dicas que elencamos abaixo, este artigo foi escrito para quem não é muito fã das disciplinas de exatas e deseja conhecer as melhores práticas e estratégias de como estudar matemática e outros conteúdos. Se você se identificou, comece já a sua leitura e bons estudos!

Quais as principais dificuldades enfrentadas pelos estudantes com a Matemática?

Podemos dizer, de modo geral, que a metodologia empregada no ensino da matemática é um dos principais entraves no processo de aprendizagem, que promove uma educação linear, fragmentada e mecanizada aos estudantes.

Infelizmente, na maioria das escolas, o ensino da matemática ainda está direcionado para a teoria pura, ou seja, sem uma uniformização com a aplicação prática.

Se esse for o seu caso, será necessário lidar com o desafio e o primeiro passo é modificar a maneira de como você encara essas matérias.

O ideal é ter a mentalidade de que, apesar de desafiadoras, elas são possíveis de compreender. Lembre-se de que estudar exatas não precisa ser pesado e difícil, desde que você aposte em metodologias adequadas.

Como montar um cronograma de estudos para essas matérias?

Parte do sucesso de estudar matemática e outras matérias de exatas está em seguir uma rotina de estudos e um cronograma organizado. Isso é uma forma de tornar o estudo um hábito, facilitando a assimilação de conteúdos, já que o cérebro entende que isso é importante.

Antes de montar o seu plano de estudos, é necessário entender um detalhe fundamental: a matemática, assim como as outras ciências exatas, exige um método próprio de estudo, que inclui colocar o aprendizado em prática repetidamente. Mas assim como qualquer disciplina, é preciso comprometimento, organização e dedicação.

Portanto, siga algumas dicas ao montar o seu cronograma, como:

  • seja realista com os horários;
  • organize o seu tempo disponível para cada matéria;
  • intercale com outros tipos de matérias, por exemplo, humanas;
  • estabeleça metas e uma carga horária de estudos adequada;
  • utilize determinados tipos de ferramentas e apps para ajudar a reforçar o que foi estudado e otimizar a absorção do conhecimento.

Vale destacar que existem sites e aplicativos que buscam ensinar matérias de exatas. Além de serem educativos, eles têm o objetivo de contribuir com o aprendizado nesta área do conhecimento.

Obviamente, eles não substituem a educação formal, são apenas um complemento para a fixação de conteúdos e a diversificação da metodologia de aprendizagem. Em geral, esses recursos são mais interativos e apresentam um apelo para a gamificação, por exemplo, com recursos de pontuação, recompensas e fases para avançar.

Qual a melhor forma de estudar matemática e outras matérias de exatas?

Para facilitar o seu aprendizado, separamos algumas dicas práticas para não ter dificuldades — ou pelo menos ter menos dificuldades — para estudar qualquer matéria de exatas a seguir. Confira!

Comece pelo básico

A frustração pode nos levar à procrastinação e à desistência. Isso porque, de acordo com a terapia cognitivo-comportamental, nossos pensamentos influenciam nossos sentimentos que, por sua vez, sugestionam ações.

Ou seja, ao errar uma questão difícil, talvez você pense que é incapaz de compreender tal assunto, o que poderá lhe causar medo. Desse modo, para não passar por isso novamente, você passará a evitar os estudos, mesmo que inconscientemente.

Nesse sentido, o ideal para progredir em seus estudos de exatas, principalmente quando esta é a área pela qual você tem menos afinidade, é começar pelos exercícios mais fáceis. Assim, à medida que você for acertando as questões e encontrando por conta própria a mesma solução que o professor mostrou em sala de aula, sua mente estará mais motivada a continuar e até a tentar exercícios mais difíceis.

Não desista na 1ª tentativa

Um estudo do publicado em 2005 descreveu a importância da “batalha produtiva” que, em termos gerais, refere-se à busca insistente pela solução de um exercício matemático. À época, os pesquisadores descobriram que, mesmo quando não encontravam a resposta, os raciocínios desenvolvidos auxiliavam o cérebro a criar novas estratégias de abordagem.

Assim, uma forma de estudar com isso em mente é separar os problemas por níveis de dificuldade. Após resolver os básicos, que rotularemos de nível 1, você deve escolher exercícios um pouco mais complexos, denominados nível 2, para resolver em seguida. Na prática, enquanto as questões de nível 1 são representadas por aquelas cujas matérias já foi bastante revista em classe, as de nível 2 exigem um questionamento lógico mais profundo do tema.

Em um terceiro grupo, ainda estarão guardados os problemas mais difíceis, ou de nível 3, frequentemente, representados por questões do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Afinal, à medida que os exercícios selecionados como nível 2 forem se tornando mais simples de solucionar, você pode elevar o seu aprendizado realocando o nível 3 dentro do segundo grupo.

Intercale quebra-cabeças e descanso

Albert Einstein bem disse certa vez, “você não consegue resolver um problema com a mesma mentalidade que o criou”. Em seu livro ‘Aprendendo a Aprender’, a PhD Bárbara Oakley explica que o cérebro humano funciona de dois jeitos: difuso e focado, sendo ambos essenciais para o aprendizado.

Quando você está tentando resolver um problema bem específico de exatas, o seu cérebro está em modo focado. Para acionar o modo difuso, você precisa descansar, pois é neste momento que ele estará trabalhando aquela questão em segundo plano enquanto se distrai com outras coisas.

Nesse caso, descansar não significa dormir, mas fazer algum hobby artístico, praticar um esporte ou até tomar um banho, contanto que você se mantenha acordado. É com este revezamento que se aprende de verdade, estando inclusive vinculado à nossa percepção de genialidade. Afinal, quando as respostas surgem de momentos ou atividades aleatórias, elas são muito mais criativas.

De muitas formas, este fato científico dá respaldo ao que Einstein afirmou de forma aparentemente despropositada décadas antes. Afinal, após uma epifania gerada a partir do trabalho cerebral difuso, o seu cérebro já não é mais o mesmo, pois você está pensando de um modo diferente.

Questione suas limitações

Às vezes, uma única questão de matemática, física e química pode envolver diversos assuntos diferentes. Nesses casos, se você de fato não encontrar a solução depois de algumas tentativas, o ideal é não buscar logo a resposta pronta, mas questionar exatamente o que você não está conseguindo resolver ali. Pois entender a resolução feita por alguém na internet não é o mesmo que saber fazer sozinho.

A partir desta pergunta, algumas possibilidades de estudo aparecerão como alternativa para que você faça uma pausa nas atividades e estude o que ainda tem dúvida. Mais tarde ou de preferência depois de dois a três dias, você poderá voltar à questão com mais recursos para resolvê-la.

Em suma, refazer tais exercícios que uma vez lhe causaram dor de cabeça também será uma excelente forma de sedimentar o conhecimento adquirido. Afinal, quando algo não nos é mais útil, a tendência é de que o esqueçamos.

Aposte no aprendizado de longo prazo

No fim das contas, há uma regra para qualquer tipo de aprendizado: ele só dá resultados com o tempo. Não adianta virar a noite, beber litros de energético e acreditar que você conseguirá aprender tudo do que precisa num piscar de olhos. Nós sabemos que quem quer passar no vestibular não pode deixar nada para a última hora. Mas este conselho serve também para quem fica maluco tentando terminar vários módulos das apostilas do pré-vestibular por mês.

Aprender é um processo biológico, em que novas sinapses e relações mentais vão sendo criadas aos poucos. Para garantir um melhor desempenho, existem vários modelos de estudo, como o famoso Pomodoro. No entanto, o melhor será sempre o que faz você sentir que estudar é algo agradável e não um martírio. Então, se você precisar de mais do que 5 minutos de descanso entre um capítulo e outro, que assim seja!

Faça exercícios para treinar

Diferentemente da área de humanas, é improvável que você consiga boas notas em exatas apenas com leituras. A melhor forma de aprender esses conteúdos é treinando e resolvendo diversos exercícios sobre o tema.

Pense no aprendizado de exatas como o desenvolvimento de uma nova habilidade. Logo, quanto mais você treinar as suas técnicas, melhor ficará em executá-las. Com o tempo, não apenas você acelera a resolução das questões, como também aumenta os acertos.

Além disso, não tenha medo de pedir uma força para quem tem mais facilidade em entender a matéria. Fazer um grupo de estudos com os colegas de classe, por exemplo, é uma ótima maneira para que todos consigam superar os desafios.

Nossas últimas dicas deste artigo são para que você valorize o seu progresso diário, pratique o autocuidado e busque melhorar 1% a cada dia. Ao fim de 2022, esta melhoria paulatina é o que lhe garantirá uma boa nota no Enem e nos demais vestibulares.

Para mais dicas, continue acompanhando o nosso blog!