Estágio e carreira

Conheça 3 abordagens menos conhecidas da Psicologia

Prepare-se para mergulhar em conceitos surpreendentes de abordagens da Psicologia que você desconhece.

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A Psicologia é uma vasta ciência que, não por acaso, possui diversas correntes teóricas e práticas, cada uma com a sua própria abordagem para compreender melhor a psiquê humana. Por serem muitas, algumas  ficam à sombra das que se tornaram famosas por seus expoentes pensadores ao longo da História.

Suas singularidades e originalidades, porém, não são menos importantes do que qualquer outra. Afinal, trazem benefícios a quem encontra em seus tratamentos o aconchego e os desafios que a terapia deve oferecer no despertar do autoconhecimento.

Prepare-se para mergulhar em conceitos surpreendentes e perspectivas inovadoras que romperam com as convenções tradicionais e/ou expandiram os horizontes do conhecimento psicológico. Quem sabe você não encontra aqui o rumo da sua carreira, certo?

1. Existencialista

A busca por liberdade a partir da ressignificação do passado está no cerne dessa abordagem da psicologia, que é tida como menos determinista. Sua base está na teoria existencialista de Jean Paul-Sartre de que o ser humano constrói a sua personalidade por meio de suas relações com os outros, visto que ele é um “ser-no-mundo”.

“Ser- no-mundo" significa que somos seres detentores de um corpo e de uma consciência dentro de um contexto no qual os vínculos que criamos com os outros caracterizam a nossa existência. Ou seja, você não é o que é desde que nasceu e ponto.

Tanto a sua personalidade quanto a sua essência foram modificadas pelas interações estabelecidas com o meio à medida em que você foi crescendo. Portanto, ambas têm características passíveis de novas mudanças, caso o padrão presente esteja lhe fazendo sentir mal consigo mesmo e em sociedade.

A princípio, parece que essa abordagem justifica as questões íntimas de seus pacientes, responsabilizando os outros por quem eles são. Mas é exatamente o contrário. Uma famosa expressão do filósofo é “nós não somos o que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós”.

É nesse ponto que entra o poder da terapia. Com a ajuda do psicólogo, a pessoa é capaz de dar sentido ao que lhe aconteceu durante a vida e que não estava sob seu controle e, a partir daí, escolher o seu próprio caminho de ser, tornando-se assim verdadeiramente livre.

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2.Transpessoal

Abraham Maslow está para a abordagem transpessoal como Freud está para a psicanálise e Jung está para a analítica - duas das correntes mais famosas da psicologia. Inclusive, ele era crítico à teoria freudiana e também ao behaviorismo, que é considerada “a primeira força” da área de estudo.

Ele era contra a ideia de que a terapia deveria tirar conclusões a partir do comportamento, pois recusava-se a entender as pessoas como animais que tão somente respondem a estímulos ambientais. Já no caso da psicanálise, Maslow criticava a sua ênfase na doença e no indivíduo doente.

A abordagem transpessoal, assim, vai além do que “há de pior no ser humano”, resultando em uma perspectiva mais positiva da nossa natureza. Nela, não são observadas apenas desejos e motivações, mas a necessidade humana de atingir e viver na verdade e na beleza.

Essa transcendência, para além do que se é biologicamente e em relação aos outros, traduz-se em metanecessidades e metamotivações, que são exploradas em um estado de consciência ampliada. Assim, a teoria Jungiana seria uma espécie de transição entre o que se tinha como psicologia antes e o que a transpessoal trouxe depois.

Há um apoio à espiritualidade muito forte, o que faz dessa abordagem pouco convencional. Um dos primeiros pontos para esses estudiosos foi criar uma ponte entre ciência e religião, o que a torna muito atraente para pessoas que possuem crenças fortes e gostariam de ajudar seus pacientes a explorar as deles também.

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3.Sistêmica

A abordagem sistêmica também analisa o paciente a partir do seu comportamento em relação a outras pessoas. Então, são avaliados todos os relacionamentos que estão inseridos no convívio da pessoa e como eles influenciam uns aos outros.

Os terapeutas que seguem por essa linha reconhecem o quão complexa é a rede que envolve uma única pessoa não apenas no momento como durante a sua vida inteira. Assim, a trajetória do indivíduo até ali e sua cultura pessoal são levadas em consideração para que o diagnóstico assertivo seja feito.

Cada paciente é levado a aprender comportamentos, atitudes e sentimentos mais saudáveis para lidarem com crises de qualquer tipo. Sejam elas, conjugais, individuais ou familiares.

Para tanto, o profissional deve ter completo domínio sobre quais são as dinâmicas de cada sistema  para ser capaz de identificar fontes de conflito. Depois, entra o trabalho de prescrever intervenções adequadas para cada situação que, quando executadas, devem trazer melhorias à vida do paciente.

Lembrando que, por conflito, também incluímos questões existenciais próprias. Nesse sentido, a abordagem sistêmica é proativa no que tange à resolução, mas também à prevenção de perturbações mentais.

Importância da diversidade de abordagens na Psicologia

Se a humanidade é diversa, por que a ciência que busca aliviar as questões psicológicas de cada um que faz parte dela seria limitada? Não faz o menor sentido, certo?

Pois bem. A importância de existirem várias abordagens na psicologia, das mais famosas às menos conhecidas, é exatamente poder oferecer o máximo de alternativas possíveis para ajudar as pessoas a serem melhores consigo mesmas e com os outros.

Há quem se adapte melhor à terapia-cognitiva-comportamental (TCC), à psicanálise ou à corrente Jungiana analítica. Mas também existem os que vão preferir profissionais que trabalhem com as abordagens transpessoal, existencialista ou sistemática.

A dica que nós damos a você, futuro psicólogo, é não decidir em qual delas escolherá atuar antes de conhecer todas durante a faculdade. Assim, há menos chances de se arrepender no futuro ao seguir por um caminho que não é o seu.

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