Estágio e carreira

3 Rs da Aprendizagem: você precisa adotar estes pilares na sua carreira

Conhecer os 3 Rs da Aprendizagem também vai te ajudar a descobrir a graduação ideal para você se não sabe ainda. Confira!

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Quem acha que algum dia vai se livrar do papel de aprendiz no mercado de trabalho provavelmente não terá uma carreira bem-sucedida. Mesmo o CEO de uma empresa tem o que aprender e, muitas vezes, aprende fazendo, aplicando a teoria que “estuda” na vida real e observando os resultados, sejam eles positivos ou negativos.  

Trata-se de um processo infindável que precisa ser minimamente prazeroso para ser levado adiante por décadas de trabalho. Assim, para colocar os 3 Rs da Aprendizagem em prática, você precisará primeiro encontrar a área em que é melhor para que trabalhar não custe sua saúde mental.

A boa notícia é que, antes da prática, vem a teoria. E, no fim das contas, saber do que se tratam os 3 Rs da Aprendizagem pode ser a peça que falta para você terminar o quebra-cabeça que é escolher uma graduação para cursar. Então, continue a leitura!

O que são os 3 Rs da Aprendizagem?

De acordo com os profissionais que surgiram com esta tese, a aprendizagem acontece por meio de uma interação dinâmica entre aquisição de Repertório, Reflexão individual ou coletiva e Realização experimental. Definimos cada um destes três pilares abaixo.

Repertório: sabe quando alguém diz “fulano tem bagagem”? Esta expressão se refere às experiências que você adquire ao longo da vida simplesmente por fazer coisas novas. Um filme que você assiste despretensiosamente, uma viagem em família, uma aula de música ou até mesmo um projeto executado no seu emprego. Tudo vira repertório, e isso é maravilhoso.

Reflexão: enquanto o repertório é uma “caixa cheia de legos”, a reflexão é o ato de projetar mentalmente o que é possível construir com elas. Você pode conhecer 35 países, tocar 10 instrumentos e estar em dia com todas as suas séries preferidas. Mas se você não refletir sobre toda essa bagagem cultural, seu repertório estará inutilizado.  

Realização: depois de coletar peças de várias cores e imaginar o que pode fazer com elas, chega a hora de, de fato, construir algo. Talvez dê errado, mas talvez saia melhor do que você pretendia inicialmente. O único jeito de descobrir é tentando.

Em suma, os 3 Rs são engrenagens que, quando em movimento, tecem o aprendizado sobre qualquer assunto fio a fio com maestria. Mas, então, onde entra o prazer em aprender sendo bom no que faz?

Amar o que faz ou fazer o que ama?

O combustível necessário para colocar os 3Rs em ação é o afeto. Essa paixão pelo que se faz cria um ambiente positivo, aumentando a motivação e a satisfação no trabalho.  

Quando gostamos do que fazemos, somos mais engajados e dedicados, o que facilita a aprendizagem e a retenção de conhecimento. Esse entusiasmo impulsiona a criatividade e a inovação, não apenas melhorando a produtividade, mas também acelerando o desenvolvimento de novas habilidades.

Mas essa paixão não necessariamente é pelo que faz em si. Como dissemos anteriormente, executar o que lhe é demandado com facilidade pode ser o que faz do seu trabalho prazeroso. Assim, você não perde muito tempo e disposição para trabalhar, e ainda tem o retorno financeiro que deseja para fazer o que gosta.  

Com dinheiro, você vai viajar, comprar presentes para quem ama, bancar os custos de ter um cachorro, entre outras várias coisas que trazem satisfação. Dessa forma, um trabalho fácil pelo qual você não é apaixonado também pode ser uma fonte de realização profissional, o que é um pilar da felicidade.  

No fim das contas, esse prazer será muito alimentado pela gratidão de ter um emprego que lhe possibilita viver do jeito que gostaria. Sem falar que, ser grato também está associado a uma vida mais longa e feliz.  

A verdade é que dificilmente você vai iniciar sua carreira sabendo exatamente do que gosta ou no que é melhor. Então, seja paciente até encontrar completamente o afeto que vai movimentar os seus 3 Rs da Aprendizagem.

Os 3Rs da Aprendizagem na prática

Vamos a um exemplo: você é um estudante de Sistemas da Informação que atua como Engenheiro de Cibersegurança e acabou de assistir a um documentário sobre vazamento de dados (repertório). Preocupado com o ocorrido, você questiona as ações dos envolvidos e tem uma ideia para a empresa onde trabalha (reflexão).

Em seguida, discute com um colega, avaliando o potencial da sua ideia, quais são as suas falhas e quais seriam os seus benefícios (reflexão coletiva). Nesse momento, talvez vocês sintam a necessidade de buscar novas referências, seja por meio de conteúdos ou conversando com outras pessoas.

Finalmente, com a aprovação do líder do seu setor, vocês decidem experimentar o que imaginaram para avaliar se funciona na prática (realização). No melhor da cultura “construa rápido e quebre coisas” do Vale do Silício, essa realização traz à tona a necessidade de novos repertórios e reflexões até funcionar perfeitamente como esperado desde o início.  

Assim, o aprendizado se torna parte integrante do dia a dia profissional. Ele deixa de ser uma atividade isolada e desconectada, transformando-se em uma orientação intencional que envolve o afeto: pelo que faz em si ou pela facilidade que vai lhe proporcionar, seja financeira ou na própria execução do trabalho.  

E aí, gostou deste conteúdo? Encontre outras dicas para potencializar a sua vida profissional ainda durante a graduação na seção Estágio e carreira do nosso blog!