Tratamento para o Câncer: conheça os motivos médicos que levaram a cantora Preta Gil aos EUA

O câncer é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de novos casos cresce significativamente a cada ano, o que reforça a importância do diagnóstico precoce e de tratamentos eficazes.

A boa notícia é que os tratamentos para o câncer têm evoluído constantemente, com avanços significativos tanto no Brasil quanto em outros países. Um exemplo recente é o caso da cantora Preta Gil, diagnosticada com câncer colorretal, o terceiro tipo mais comum entre os brasileiros.

Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura!

Qual é o panorama sobre o câncer no Brasil e no mundo?

O câncer representa um dos maiores desafios de saúde pública global e nacional. A enfermidade causa impactos significativos em taxas de mortalidade, qualidade de vida e sistemas de saúde.

Situação do câncer no Brasil no ano de 2023 a 2025

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve registrar cerca de 704 mil novos diagnósticos por ano entre 2023 e o final de 2025. Excluindo os casos de câncer de pele não melanoma, estima-se aproximadamente 483 mil ocorrências anuais.

A situação é preocupante. As regiões Sul e Sudeste concentram cerca de 70% da incidência nacional, com destaque para os seguintes tipos de câncer:

• mama feminina: 73 mil casos/ano;
• próstata: 71 mil casos/ano;
• cólon e reto: 45 mil casos/ano;
• pulmão: 32 mil casos/ano;
• estômago: 21 mil casos/ano;
• colo do útero: 17 mil casos/ano.

Panorama global do câncer

Em 2022, o mundo registrou cerca de 20 milhões de novos casos de câncer e 9,7 milhões de mortes relacionadas à doença. Estima-se que 1 em cada 5 pessoas desenvolverá câncer ao longo da vida.

As projeções indicam um aumento de mais de 75% na incidência global até 2050, com aproximadamente 35 milhões de novos casos por ano. Esse crescimento será impulsionado por fatores como envelhecimento populacional, tabagismo, consumo de álcool, obesidade e poluição.

Quais foram as particularidades do câncer da cantora Preta Gil?

A cantora Preta Gil enfrenta uma batalha pública e corajosa contra o câncer desde janeiro de 2023. Abaixo, separamos um resumo das particularidades do seu caso e os tratamentos realizados. Confira!

Diagnóstico

Em janeiro de 2023, a cantora Preta Gil foi diagnosticada com um adenocarcinoma no reto, um tipo de câncer maligno que afeta a porção final do intestino. O tumor tinha aproximadamente seis centímetros e foi descoberto após a cantora sentir desconfortos e passar por exames no hospital.

Tratamentos realizados

A celebridade realizou alguns procedimentos para a remissão da doença. Veja abaixo quais foram eles:

Quimioterapia e radioterapia

O tratamento inicial incluiu sessões de quimioterapia e radioterapia. Durante o quinto ciclo de quimioterapia, em março de 2023, Preta Gil sofreu um choque séptico (sepse): uma infecção grave que a levou à UTI por 20 dias.

Cirurgias

Em agosto de 2023, a cantora passou por uma cirurgia para retirada do tumor. Posteriormente, em dezembro do mesmo ano, realizou um procedimento de reconstrução do trato intestinal, removendo a bolsa de ileostomia utilizada temporariamente.

Recidiva e tratamento nos EUA

Em agosto de 2024, exames indicaram uma recidiva do câncer, com metástases em dois linfonodos pélvicos, no peritônio e no ureter. Diante disso, Preta Gil decidiu iniciar um novo tratamento nos Estados Unidos e buscou acesso a medicamentos inovadores em fase final de estudo.

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Por que a cantora foi tratar o seu câncer nos EUA?

A cantora Preta Gil optou por continuar seu tratamento contra o câncer nos Estados Unidos por buscar terapias inovadoras que ainda não estão disponíveis no Brasil.

Após enfrentar uma recidiva da doença em 2024, com metástases em diferentes regiões do corpo, ela decidiu explorar alternativas terapêuticas no exterior, inclusive terapias celulares avançadas.

Quais são as diferenças entre os tratamentos de câncer no Brasil e nos EUA?

As diferenças entre os tratamentos de câncer no Brasil e nos Estados Unidos estão relacionadas a diversos aspectos. Abaixo separamos as peculiaridades por país. Confira!

Estados Unidos

Os EUA oferecem acesso mais rápido a novos medicamentos e terapias, como a terapia celular CAR-T, que modifica células do sistema imunológico para atacar tumores. Há uma ampla disponibilidade de ensaios clínicos para tratamentos experimentais.

Isso possibilita que os pacientes tenham acesso a terapias promissoras antes de sua aprovação comercial. Os hospitais e centros de pesquisa nos EUA possuem infraestrutura de ponta e equipes especializadas em tratamentos oncológicos complexos.

Contudo, o tratamento pode ser significativamente mais caro para pacientes estrangeiros sem cobertura de seguro saúde local. Vale ainda lembrar que, nos Estados Unidos, o sistema de saúde é majoritariamente privado, com pacientes utilizando seguros de saúde ou pagando diretamente pelos serviços.

A FDA (Food and Drug Administration) regula a aprovação de medicamentos, permitindo acesso mais rápido a novas terapias.

Brasil

O Brasil oferece opções padrão, como quimioterapia, radioterapia e cirurgias, disponíveis tanto no sistema público (SUS) quanto na rede privada. O sistema único de saúde fornece atendimento gratuito, mas pode haver filas e limitações de recursos.

A aprovação de novos medicamentos no Brasil pode ser mais lenta, pois depende da regulação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o que pode atrasar a disponibilização de novas terapias.

Vale ainda salientar que há disparidades no acesso a tratamentos oncológicos entre diferentes regiões do Brasil, com concentrações de serviços especializados em áreas urbanas.

Agora que você já sabe como está o tratamento para câncer no Brasil e nos Estados Unidos, pode ter uma boa noção dos motivos que levaram a cantora Preta Gil a optar pelo cuidado médico fora do país. A decisão dela reflete a busca por opções terapêuticas mais avançadas, diante da complexidade de seu caso.

Para todas as pessoas, a escolha pelo tratamento no exterior envolve considerações sobre eficácia, disponibilidade e custo, sendo uma alternativa viável para quem busca recursos além dos oferecidos no nosso país e tem condições de arcar com as despesas.

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