Graduação

Tecnologia na sala de aula: conheça as soluções que estão revolucionando o ensino em saúde

Descubra o que tem saído do mercado em tecnologia e ido direto às salas de aula para revolucionar o ensino em saúde!

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Seja bem-vindo a um novo momento histórico: a Era da Saúde 4.0, que, para sermos sinceros, já não é tão novidade assim. Há algum tempo, tecnologias digitais têm sido incorporadas à área do cuidado e da atenção ao bem-estar das pessoas. Mas, como a inovação não para, estamos acelerando nesse sentido. Não à toa, existem soluções que estão revolucionando o ensino da Medicina e da saúde, como um todo.

Mas antes de falarmos sobre o que você pode esperar ver em sala de aula durante a sua graduação, que tal nós explicarmos melhor esse conceito?

De acordo com a Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), o termo Saúde 4.0 pode ser usado para destacar a importância de integrar a Tecnologia da Informação (TI) aos setores de manufatura e de serviços. Uma forma fácil de se compreender isso é a seguinte: imagine que uma fábrica produz um determinado equipamento de exame, cujas características não correspondem mais às necessidades atuais dos pacientes. Do mesmo modo, um serviço ofertado pela rede suplementar de saúde está defasado.

Como é possível inovar ambos os setores para que sua eficácia no tratamento das pessoas seja mais próxima da ideal? Por meio de dados e de seu uso em prol da personalização do atendimento.

Visto que a Saúde 4.0 busca, sobretudo, a prevenção de doenças e não apenas o seu diagnóstico, quanto mais informações à disposição sobre as condições do organismo e do estilo de vida de alguém, melhor. Faz sentido, certo?

Este é apenas um dos vários benefícios do emprego de healthtechs no dia a dia médico. Elas também são responsáveis por fortalecer a pesquisa e o desenvolvimento de remédios; aumentar a produtividade de clínicas e hospitais, entre outros.

Atualmente, a Medicina profissional conta com Big Data, Cloud Computing e Sistema Blockchain, para verificação de exames clínicos, etc. Resta saber o que tem saído do mercado e ido direto para a sala de aula. Então, leia este artigo até o fim!

Simulação de auscultação

Aprender a auscultar é aprender a diagnosticar problemas através do som, pois em condições estranhas, os órgãos emitem ruídos diferentes. Assim, a auscultação é um exame físico, que depende majoritariamente do sentido da audição e que é um conhecimento básico da formação médica.

Neste caso, a tecnologia auxilia o aprendizado com a simulação de vários sons, para que o estudante pratique até dominar o reconhecimento do que é um pulmão saudável e do que está doente. O que é imprescindível, pois esta é uma das primeiras matérias, quando ainda não há contato direto do graduando com o público.

Em vez de pousar o estetoscópio sobre as costas ou o peito de um paciente real, o aluno examina um manequim de baixa ou alta fidelidade. Em seu interior, cada um tem um programa ou CD, que emite uma variedade de sons.

Veja também: Como a tecnologia pode ajudar a Medicina

Virtual Patients Encounters (VPE)

Este programa de computador simula cenários clínicos reais, o que permite aos estudantes colher uma história; conduzir e visualizar um exame físico; avaliar os testes diagnósticos e tomar decisões. Sua contribuição para a formação médica já passou inclusive por testes.

Um estudo demonstrou uma melhoria na precisão diagnóstica entre os alunos que haviam recebido oito sessões de 90 minutos com um VPE. Isso em relação a outros, que não receberam instruções adicionais, para formular suas análises.  

Mais tarde, o grupo que havia utilizado a tecnologia foi segmentado. Após 14 meses, aqueles que continuaram estudando a partir dela apresentaram um aumento sustentado na precisão.

E-simulação

Esta é uma inovação tecnológica que ainda não se consolidou, mas vale ser conhecida. Afinal, há possibilidade de que seja uma tendência para o futuro da educação em saúde.

A e-simulação envolve simulações digitais baseadas em metas, que são propostas por meio de uma tela, e serve para ampliar as estratégias de ensino, pois propõe uma aprendizagem experimental. Tudo isso somente tem sido possível graças aos avanços que reduziram custos e permitiram a criação de salas de aula virtuais.

Fique por dentro: Healthtechs: conheça esse mercado em ascensão

Simulação baseada em e-learning

É uma combinação entre a pedagogia da simulação cara a cara com o que há de opções em multimídia, para formular atividades interativas. Também é um instrumento tecnológico valioso para propor tarefas que incentivem uma mediação por parte do estudante.

Algumas atividades de aprendizagem incluem a resolução de problemas, o recebimento e a entrega de feedback e a reflexão sobre casos clínicos, que exigem pensamento crítico. No entanto, há também uma vertente com objetivos mais técnicos como, por exemplo, a forma correta de inserir uma linha intravenosa.  

O e-learning pode ser implementado via programas hospedados em servidores de internet, o que os torna acessíveis em qualquer localidade. E o mais interessante é a oportunidade de permitir a imersão do estudante em contextos realistas, porém, diferentes das que ele convive rotineiramente.

A utilização do e-learning se expandiu muito durante a pandemia, quando a necessidade do isolamento social forçou a adaptação do ensino ao modelo remoto. Um ganho desta nova abordagem é a maior autonomia dos alunos no próprio processo de aprendizagem.  

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