Quais os riscos das gestações seguidas?
Você sabe quais são os riscos de ter uma gestação logo após a outra? Entenda quais são os prejuízos para a mãe e a criança.

Quem deseja ingressar na Medicina deve estar atento aos temas que costumam ser cobrados nos processos seletivos e vestibulares. Considerando a interdisciplinaridade da prova de Ciências da Natureza do ENEM, questões relacionadas à saúde da mulher — como os riscos de gestações seguidas — merecem atenção especial.
Agora, vamos entender os riscos de ter uma gestação logo após a outra. É fundamental respeitar o intervalo recomendado entre as gestações para garantir a saúde tanto da gestante quanto do bebê.
Além disso, confira as práticas e cuidados que ajudam a reduzir esses riscos e contribuem para uma gestação mais segura, tranquila e saudável. Boa leitura!
Quais são os riscos mais comuns em uma gestação normal?
Primeiramente, é muito importante conhecer os riscos associados à gravidez normal. Do ponto de vista de prevenção da saúde, o ideal é que ela seja muito bem planejada pela família.
Sob essa ótica, listamos alguns dos problemas que podem surgir mesmo numa gestação normal. Veja quais são:
- hipertensão: devido à fisiologia desse processo, muitas mulheres percebem o aumento da pressão arterial após o parto;
- infecção urinária: a região uterina e urinária sofrem alterações, o que deixa a mulher mais propensa esse quadro;
- depressão pós-parto: pode ocorrer em decorrência das mudanças hormonais que surgem no corpo da mulher;
- problemas emocionais e de sono: a própria sensibilidade do evento gravídico pode causar insônia e ansiedade;
- diabetes: pode surgir em mulheres diagnosticadas com diabetes gestacional, o que requer o acompanhamento no pós-parto.
- hipertireoidismo transitório: a tireoidite pós-parto pode ocorrer nos primeiros 12 meses após a gestação;
- trombose: após a gestação, aumentam as chances de trombose venosa e do desenvolvimento de coágulos sanguíneos.
Por que é importante respeitar o intervalo entre gestações?
O planejamento da gravidez e o acompanhamento regular do pré-natal são fundamentais para evitar muitos problemas para a saúde da mulher e da criança. Esse é um tema amplamente discutido na Medicina, sobretudo em Ginecologia e Obstetrícia.
Embora nossos ancestrais tenham tido muitos filhos em intervalos curtos, uma gravidez sem intervalo adequado pode representar riscos, além de gerar dúvidas e incertezas. É importante lembrar que a gravidez, por si só, exige atenção e cuidados especiais.
Outro ponto relevante no planejamento da gestação é a crescente participação da mulher no mercado de trabalho. Na sociedade contemporânea, o estilo de vida muitas vezes leva as mulheres a decidirem ter filhos mais tarde.
Quando algumas mulheres escolhem gestar mais tarde e planejam ter dois filhos, muitas optam por tê-los em sequência. No entanto, isso não é recomendado, seja em gestações naturais ou em reprodução assistida. Vale ressaltar que a história da reprodução assistida indica que esse processo aumenta as chances de gravidezes gemelares e de parto prematuro.
Durante a gestação, o corpo da mulher passa por mudanças significativas e necessita de um tempo para recuperar suas funções, especialmente no útero. O intervalo adequado entre as gestações visa reduzir os riscos associados e garantir a saúde tanto da mãe quanto do bebê.
Com base em evidências científicas, é essencial dar atenção especial aos riscos de uma gestação seguida da outra. Portanto, é importante respeitar o tempo necessário para que o organismo feminino se recupere adequadamente.
Intervalo “ideal” entre gestações
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e as orientações da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), recomenda-se que a mulher aguarde, pelo menos, dezoito meses entre uma gestação e outra.
Durante a gestação, é fundamental adotar os cuidados necessários, levando em consideração todos os aspectos envolvidos no processo. Fatores como a qualidade da alimentação e a saúde geral da mãe devem ser priorizados.
Igualmente importante é dar atenção aos aspectos emocionais da mulher. Assim como o corpo, a mente também precisa de tempo para recuperar o equilíbrio. Afinal, o puerpério demanda cuidados especiais com o bebê, além das particularidades da saúde feminina.


Em geral, quais os riscos de gestações seguidas?
Por questões individuais, o corpo da mulher reage de maneira única aos processos de gravidez e parto. Fatores como idade, herança genética e familiar, além do peso e do estado geral de saúde anterior, também têm impacto nessa resposta.
No entanto, à medida que o número de partos aumenta, os riscos potenciais para a saúde da mãe e da criança também se tornam maiores. Do ponto de vista fisiológico, o afastamento repetido dos músculos abdominais enfraquece a pelve, o que pode resultar na necessidade de uma cirurgia de reparação.
Outras questões relevantes, e que devem ser consideradas para prevenção dos risco de uma gestação após a outra, são:
- tendência a perdas urinárias e alterações sexuais devido ao relaxamento muscular da pelve;
- maior probabilidade de baixo crescimento fetal;
- risco elevado de parto prematuro;
- hemorragia pós-parto em decorrência do risco de uma gestação após a outra;
- deficiências nutricionais maternas e fetais.
Como contornar esses riscos e garantir uma gestação mais saudável?
Existem formas de prevenção dos riscos de gestações seguidas para as mulheres que engravidaram em períodos inferiores a 12 meses após o parto. Nesse caso, a recomendação é seguir as orientações da FEBRASGO e da OMS. Veja quais são!
Dieta
A atenção aos aspectos alimentares é fundamental antes, durante e após a gestação. Nesse período, a mulher deve priorizar uma dieta rica em ácido fólico e seguir a recomendação médica quanto à suplementação.
Entre os nutrientes essenciais para a gravidez, o ácido fólico é particularmente importante, pois ajuda a prevenir malformações congênitas do feto, especialmente aquelas de origem neurológica. Por esse motivo, o ideal é que a mulher comece a tomar essa vitamina — integrante do complexo B — alguns meses antes de engravidar.
Atividade física
Ao contrário do que muitos pensam, não há contraindicação de exercícios físicos na gestação. Exceto em casos de doenças ou limitações físicas que impossibilitem essa prática, a gestante deve, sim, praticar atividades leves, saudáveis e com monitoração profissional.
Atenção à saúde mental
Sem dúvida, a gestação é um período que exige cuidados especiais, pois pode impactar tanto a saúde física quanto a mental da mulher. Em casos de gestações sequenciais não planejadas, é altamente recomendável que a mulher receba acompanhamento psicológico para lidar melhor com os desafios emocionais.
Por fim, é essencial estar atento aos riscos de gestações consecutivas. Para minimizar esses impactos, a orientação médica é priorizar o planejamento familiar e adotar um estilo de vida saudável antes, durante e após a gravidez.
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