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O que faz um médico intensivista?

O médico intensivista é aquele que se dedica a cuidar de pacientes críticos, independentemente da causa da doença. Entenda mais sobre isso e descubra qual é a faixa salarial de um médico intensivista!

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Saber quais são as responsabilidades de um médico intensivista é oportuno para quem pensa em seguir por essa especialidade. Inicialmente, é preciso esclarecer que o médico intensivista é um profissional que trabalha em Pronto Atendimentos (PA) e nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

O médico que atua como intensivista é bastante requisitado devido à sua atuação diferenciada nesses ambientes críticos. Além disso, atende crianças, adultos e idosos que passaram por procedimentos complexos e correm risco de morte.

Também existe uma grande oportunidade para trabalhar nas UTI neonatais, porém, exige uma formação específica além da parte intensivista, devido à complexidade das condições que acometem esse tipo de paciente.

Quer saber mais sobre o que faz um médico intensivista? Então, fique por aqui e descubra!

Afinal, o que faz um médico intensivista?

O intensivista é um médico que estuda, analisa e assiste pacientes que necessitam de cuidados contínuos e diferenciados em um ambiente hospitalar ou domiciliar com infraestrutura adequada.

Para tanto, é preciso conhecer os procedimentos clínicos de monitorização contínua do paciente, entender as consequências de uma cirurgia de grande porte e as complicações de uma doença grave.

O médico intensivista precisa adquirir conhecimentos sobre as principais causas de internação em um hospital, estudar os materiais e medicamentos padronizados e conhecer os equipamentos e as terapêuticas.

A partir de uma análise do paciente que deu entrada na UTI, o médico instituirá as medidas terapêuticas mais adequadas, considerando também as intervenções dos demais profissionais de saúde.

Quais são as doenças tratadas pelo médico intensivista?

O médico intensivista não trata uma doença em específico, mas sim todas que demandam cuidados contínuos e monitorados. Assim, em uma UTI, é possível ter pacientes com problemas neurológicos, cardiovasculares, com infecção generalizada, entre outros.

A responsabilidade do médico intensivista é prover assistência clínica e medicamentosa ao paciente, monitorando continuamente as funções vitais, evitando também sequelas em curto, médio e longo prazo.

O profissional da Medicina Intensiva trabalha para diminuir as complicações do paciente, estabilizar as alterações significativas, aumentando as probabilidades de alta para as clínicas ambulatoriais, ou clínicas de longa permanência.

Como o médico intensivista atua?

Quando se encaminha um paciente à UTI, o médico intensivista fará uma análise global da situação, com base nas informações cirúrgicas ou na fisiopatologia das condições clínicas apresentadas.

Assim, dependendo da situação, será necessária uma intubação endotraqueal, ultrassonografia e hemodiálise à beira do leito, traqueostomia percutânea, inserção de drenos torácicos, ou análise do acesso venoso e periférico.

Em reunião com a equipe multidisciplinar da UTI, pode ser decidido também por administração de nutrição parenteral, avaliação da probabilidade de desenvolvimento de úlceras de decúbito e outras complicações conforme o tempo de internação, além da avaliação do nível de consciência do paciente.

Qual é o panorama desta profissão?

Segundo estudo intitulado Demografia Médica, publicado em 2020, existem atualmente 7.127 médicos intensivistas no Brasil, sendo mais de 68% do sexo masculino e média de idade em torno de 49 anos.

Esse cenário mostra maior prevalência masculina dessa especialidade, além da distribuição desigual desse profissional no Brasil, pois, mais de 55% se encontram na região sudeste, seguida por sul e nordeste.

Considerando o número de UTIs distribuídas pelo Brasil e a carência de profissionais em outras regiões, é crucial fomentar a interiorização dessa especialidade para cidades de pequeno e médio porte.

Quais são as vantagens da profissão?

Atualmente, ser um médico intensivista é bem valorizado nos ambientes de trabalho, uma vez que suas atividades podem evitar sequelas clínicas e financeiras ao paciente, família e instituição hospitalar

Isso porque antigamente, por falta de estrutura em ambientes intensivos, pouco se podia intervir nas complicações do paciente. Porém, com o advento de recursos tecnológicos relacionados à terapêutica e diagnóstico, é possível prever diversos problemas.

Soma-se a isso o conhecimento sobre a evolução das doenças neurológicas, imunológicas, cardiovasculares, entre outras, possibilitando antever as complicações e intervir de forma mais efetiva, segura e conveniente.

A demanda se expandiu, exigindo também profissionais bem treinados, que saibam lidar com muita pressão por resultados e tomar atitudes rapidamente diante de uma situação com risco iminente de morte.

Quanto ganha um médico intensivista?

A média salarial do médico intensivista varia de R$10 a 17 mil, conforme o tipo de vínculo empregatício, o número de plantões realizados, a conciliação com outros serviços e o tempo e experiência na carreira.

Todavia, esse valor é muito variável, principalmente se o profissional da Medicina Intensiva se especializar ainda mais, como no atendimento a pacientes recém-nascidos ou com doenças do sistema cardiovascular, por exemplo.

Outro ponto que conta a favor de melhor remuneração é a experiência adquirida ao longo dos anos e a capacidade de tomar decisões, mesmo que polêmicas, para salvar o paciente, favorecendo a indicação desse profissional em outros ambientes de trabalho.

Portanto, a Medicina Intensiva é considerada uma especialidade complexa, bem remunerada e hoje está no rol das que demandam um conhecimento abrangente das situações que demandam cuidados contínuos e monitorados.

Como se tornar um médico intensivista?

Para se tornar um médico intensivista, é necessário obviamente cursar os 6 anos da faculdade de Medicina, e depois os seis anos da especialização em Medicina Intensiva (Residência ou Pós-graduação). Em seguida, caso a especialização seja feita pela modalidade Pós-graduação, é fundamental obter o título de especialista pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

Esse título reconhece o profissional que tem competências e conhecimentos para lidar com o paciente em condições críticas. Importante mencionar que existe um título diferente para quem deseja trabalhar na pediatria.

Além disso, o profissional que se dedicar à Medicina Intensiva deve se manter sempre atualizado sobre as estratégias em relação ao cuidado de pacientes críticos, as terapias de longa permanência e cuidados paliativos, bem como das estratégias de humanização.

Saber o que faz um médico intensivista é o primeiro passo para conhecer essa especialidade.

Além da abrangência de atuação e da demanda por profissionais nas cidades de pequeno e médio porte, é importante considerar os ganhos salariais, os conhecimentos sobre pacientes críticos, a infraestrutura dos estabelecimentos de saúde que demandam esses profissionais, e as formas de se diferenciar no mercado de trabalho. Um fato é certo: o estudo, dedicação e acolhimento podem tornar o estudante no profissional que ele quiser.

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